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Olá amiga!
Antes de mais, deixa dar-te os parabéns pelo post que publicaste.
Também já fui alvo de muitas descriminações ao longo destes anos, quer por parte de alguns professores, quer por parte de muitos colegas de escola. Ora, o que me revolta ainda hoje, ao recordar-me dessas coisas, é o facto de muitos desses colegas serem, tal como eu, cegos. Lembro-me que, quando andava no Instituto S. Manuel, muitos me punham de parte e não me deixavam participar em jogos que faziam em grupo e aproveitavam a minha deficiência auditiva e pouca autonomia para me prender no próprio quarto e enganar-me em certos caminhos. O mais grave disto tudo é que os professores/monitores nada faziam, e eu, que era tímido e fechado, não me queixava,sofrendo silenciosamente as consequências das coisas.
Mais tarde, quando entrei para o 5º ano, começava uma nova vida para mim. Mas a descriminação continuava, e vi-me num muito muito confuso,, pois nunca tinha estado numa escola dita normal (exceptuando-se o período em que estive no infantário, onde, segundo os meus pais contam, fui muito bem tratado, embora com o tempo tenha perdido o contacto de muitos amigos),e não sabia como reagir . Como não me desenrrascava de uma forma autónoma, comecei a aprender, com a ajuda da professora de ensino especial, os caminhos que achava essenciais na escola e apercebi-me de que as professoras diziam aos meus colegas para não me ajudarem em nada, e estes aproveitavam para me deixar isolado nos intervalos, fazendo tudo sozinho e não me integrando na própria escola. Felizmente tive excepções, mas foram passageiras, embora contribuíssem, confesso, para levantar o astral e ter força para ultrapassar certas barreiras. Mas quem, a juntar à cegueira, tem problemas auditivos, é duro, meus amigos!
Se não fosse a minha força de vontade, se não tivesse alguém lá em cima que me dissesse "vai em frente, vai para Lisboa", isto poderia ficar muito mau para mim. pois foi em Lisboa que recuperei muito a minha auto-estima e ganhei alguns amigos. Hoje, que estou longe, mantenho contacto com muitos deles e, graças às novas tecnlogias, tenho conhecido gente com quem tenho aprendido bastante.
Âs pessoas que sentiram descriminações que relatei acima ou semelhantes, quero deixar aqui uma palavra amiga, e que, através desta história, consigam arranjar forças para lutar pela sua dignidade, e não se deixem abater pelo isolamento. Se precisarem de desabafar, não só têm este espaço, como os meus contactos:
MSN:
tiagoduarte.pt@gmail.com
Skype:
duartecompanhia
Muita força e coragem.
Ana, continua a ser quem és.
Beijinhos.
Tiago Duarte
Olá!
Caramba! Por onde tens andado, rapariga? Bom, acho que foste à noroega, e depois aconteceu algo que te fez permanecer por lá... depois tu contas, né? Loool.
Agora falando a sério, quero dizer-te que já tinha saudades de ler os teus textos, por muto pequenos que este sejam. Revelam simplicidade, afinal, uma das tuas características! eEspero que voltes mesmo em breve, de acordo com o teu tempo, para escreveres mais. Muita força, amiga.
Atensiosamente, o teu leitor assíduo,
Tiago Duarte
Olá!
Entendo perfeitamente a tua revolta, Ana, mas as pessoas quando são ignorantes, não o são por acaso e, tal como diz o Filipe, a melhor maneira de lidar com a situação é tentar o diálogo. O problema é por onde começar. Por mim, costumo nas vezes em que isso acontece, começar por dizer que faço perfeitamente a vida normal, e depois a conversa vai-se desenvolvendo ou não. O que não devemos fazer é magoar as pessoas assim sem mais nem menos, pois quase de certeza que elas não pensavam que nos estavam a magoar. Já reparaste que as pessoas mais ignorantes e que falam assim para nós, na esmagadora maioria dos casos, têm uma certa idade?
Falando na religião, sou católico, e não são essas pequenas cisas que me vão fazer desistir de ir à Igreja, pois não temos culpa do que muitos ainda pensam de nós. Já me senti, inclusive, desciminado pelo pároco da paróquia de Cristelo, minha aldeia até há bem pouco tempo (Concelho de Barcelos), quando lhe disse que queria ler uma leitura, explicando-lhe os procedimentos e ele não aceitou, e não é por isso que me afastei dali, embora a minha simpatia por ele decresceu. Deus é grande, e na hora da verdade a justiça virá.
Bjs.
Tiago Duarte
Olá a todos, mas principalmente ao Filipe, a quem vou responder directamente!
Em primeiro lugar, quero dizer que, apesar da diferença entre estudar e trabalhar, quer numa coisa, quer noutra, cometemos pequenos erros, e a sua correcção e aceitação vai determinar, cada vez mais, o nosso desempenho a nível profissional. Ou seja, apesar da diferença entre trabalho e estudo, eles estão interligados no que concerne a erros, por isso entendo perfeitamente a opinião da Ana.
Respondendo à questão colocada pela Alice, acho que já foi aqui tud dito. Particularmente, gosto que me corrijam dos erros que cometo, pois os mesmos permitem-me desempenhar melhor o meu trabalho. E é claro que corrigir erros não é, no meu ponto de vista, humilhar a pessoa, como ainda se vê por aí, mas sim fazê-lo de forma coerente, não beneneficiando uns e prejudicando outros.
Bom, fico por aqui.
Beijos para elas, e abraços para eles.
Tiago Duarte
Olá Ana!
Mais uma vez, obrigado pelo teu post. Fiquei imóvel a lê-lo até ao fim.
Realmente nos dias de hoje as coisas são assim. Mas como disse o Filipe, já foi tudo muito pior. Mas por favor, apesar de ainda haver muito egoísmo, desrespeito pelos mais frágeis, etc., vamos ser positivos. Não, não falo da sociedade em geral, mas de nós mesmos. Porque amiga, se tu tens esse modo de pensar e agir, se defendes os mais desrespeitados e inofensivos, continua a ser assim; porque se queremos um mundo mais justo, não há nada melhor do que sermosnós a começarmos a tentar fazê-lo, pelos mais diversos meios. Eu sei que há muita gente que depois pode destruir as nossas boas obras, por inveja ou qualquer outro motivo, mas de uma coisa também estou certo: se fizermos o que a nossa consciência diz, a mais não somos obrigados.
Beijos para ti.
Tiago Duarte
Olá Ana e todos!
Eis aqui de passagem pelos blogs deste portal, depois de algumas semanas de ausência por motivos profissionais.
Ana, continua a ser como és, pois as tuas observações são oportunas, sensíveis.
Filipe, deixa-me só dizer-te que o lerparaver foi construído por pessoas cegas e não normovisuais. Não sei se já te disseram isso em privado, mas para não haver dúvidas, resolvi fazê-lo publicamente.
Cumprimentos para todos, e um beijo especial para a criadora deste blog, com quem não falo há algum tempo! lol.
Tiago Duarte
Olá Ana!
Olha, amiga, realmente cada vez me surpreendes mais, pois tens sempre coisas interessantes para falar aqui neste espaço.
São três histórias ligeiramente distintas, mas cujo tema poderia ser muito bem como «a relação entre o cego com o meio Social», e mostram que ainda há muita ignorância neste país em relação à nossa deficiência.
Um destes dias estava eu, calmamente, à espera do autocarro, na Paragem da Feira, na Areosa, e qual não é o meu espanto quando o mesmo não parou!... Então ele não viu a minha bengala, que estava aberta? Nunca me tinha acontecido tal coisa... E repara que estive muito tempo em Lisboa...
Concluindo e respodendo às tuas colocações, claro que um cego pode perfeitamente utilizar a escada rolante, o Metro,..., tudo o que uma pessoa com visão normal faz, mas, claro, também não nos podemos esquecer que muitas vezes há barreiras que nos dificultam essa autonomia, e quando elas são falta de educação e civismo, tudo se torna pior!
Cabe a cada um de nós, de alguma forma, tentar mudar o cenário das coisas, muitas vezes através do diálogo com as pessoas.
Bjs e fica bem.
Tiago Duarte
Eh pá... Grande descrição... a tua escrita é uma coisa... emocionante!Continua!
Comparando o meu percurso com o teu, acho que tiveste a sorte de, nas aulas de Orientação e Mobilidade, fazer exercícios que te ajudaram a entender melhor determinados percursos, pois concerteza que quando te mandavam fazer desenhos de uma maneira ou outra, conseguiste lá chegar mais facilmente do que uma pessoa que não passou por estes processos.
Olha, eu acho que pelo menos uma das Tânias que referes foi do meu tempo. Tinha ela 4/5 anos quando a conheci... Lembro-me que o nome dela era Tânia Raquel Ferreira de Castro. Confirmas?
Se tiveres aí o contacto dela, depois hás-de passar-me pelo skype ou assim; na altura era uma miúda bastante promissora. Lembro-me que há tempos, a professora Deolinda de Formação Musical elogiou-a por ter um bom ouvidinho para a área.
Beijinhos, e fica bem.
Tiago Duarte
Olá Amiga.
Parece que temos coisas em comum, pois também já vivi de muitas ilusões, fui amigo de muita gente que afinal só queria saber de mim para se aproveitar, etc.
Mas continua com os teus objectivos e tenta esquecer o passado, por muitas marcas que ele tenha deixado em ti; eu tento fazer o mesmo. Por vezes não é fácil, mas basta acreditar, acreditar num futuro melhor, e procurar fazer novas conquistas no dia-a-dia, de modo a esquecer o qe passou, de negativo.
Beijinhos.
Já agora, ontem pediste-me o meu contacto do msn. Mais uma vez o deixo.
tiagoduarte.pt@gmail.com
Tiago Duarte
Olá Ana!
Obrigado pela tua resposta.
Não podemos desistir de lutar, amiga!
Olha, já te adicionei no skype. Se ainda tiveres aí o mail no qual tinhas de confirmar o correio electrónico, posso ajudar-te, ou então ajudo-te a criar outro.
Beijos, e fica bem.
Tiago Duarte
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