A "orientação e mobilidade" é, certamente, o componente mais importante no processo de reabilitação e integração do deficiente visual.
A imagem de um indivíduo movimentando-se nas ruas, atravessando-as, passando entre os carros, entrando nos transportes públicos, desviando-se dos obstáculos com destreza usando apenas uma bengala branca, é comum nos dias que correm.
Esta capacidade de mobilidade e de orientação é conseguida recorrendo a uma aprendizagem muito específica que tem como objectivo fazer com que o cego use todos os seus outros sentidos de uma forma coordenada e constante que o levam a saber onde está, por onde deve ir e como reconhecer os vários locais.
Além de aprender a usar convenientemente a audição, o olfacto, o tacto, etc., o cego também aprende a criar pontos de referência que o ajudam a identificar determinados locais.
Um sinal de trânsito, um declive, mudança de piso, saliência numa parede, podem ajudar um cego a identificar um determinado local.
Ouvir de que lado vêm os carros ou sentir de onde vem o vento, pode ajudar um cego a saber se está junto a uma rua e se pode atravessá-la.
Um cheiro a bolos ou a café pode ajudá-lo a identificar uma confeitaria.
Aprendem-se também técnicas que permitem alguma segurança na mobilidade de forma a prevenir alguns incómodos ou até mesmo acidentes.
A introdução em Portugal dos "cães-guia", fruto do trabalho incansável da Escola Beira Aguieira, veio facilitar de forma extraordinária a mobilidade dos cegos.
Como poderão ler em alguns dos artigos colocados neste espaço, a utilização do cão-guia contribui para uma melhoria considerável da segurança, reabilitação e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
Se o cão já era o melhor amigo do Homem, passou a ser também o melhor guia do cego!
Neste espaço poderá ler alguns dos mais interessantes artigos que se foram publicando sobre o assunto.
Esperamos contribuir deste modo para um melhor conhecimento deste assunto que é, para muitos cegos, uma grande batalha a vencer, e, para os normovisuais, quase um mistério...!
Comece por ouvir uma Aula de mobilidade
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E o cão, companheiro fiel, passou a ser também guia insubstituível...
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Meia centena de cegos guiados por quatro patas de confiança
Provavelmente já viu algum na rua, no hipermercado, no restaurante ou no autocarro...
Os cães-guia para cegos em Portugal - Leia este fantástico artigo escrito pela Cátia Lima.
Será que a utilização de um cão-guia altera os comportamentos de mobilidade do deficiente visual?
Maria João Fernandes e João Fernandes dão-lhe a resposta neste artigo.
Mudança de comportamentos motores na utilização do cão-guia
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Para quem duvidava este artigo convence...
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