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Claro que sei que se consegue dar a volta a algumas barreiras, mas só o facto de lhe chamar barreiras já mostra que não é acessível. Além disso, se eu posso fazer uma coisa em meio minuto, e para dar a volta as barreiras demorar 1 ou 2 minutos, pode ser o suficiente para ser ou não ser competitivo no mercado de trabalho. Além de que uma página acessível é aquela que qualquer pessoa, com qualquer deficiência, em qualquer lugar com qualquer equipamento, consegue aceder sem dificuldade. Não necessita de ser um utilizador pró ou de ter o leitor de ecrã mais pró. Se apenas um utilizador pró conseguir aceder, então certamente não é acessível, quando muito, acessável, e nem por todos.
Contudo, há sites/parte de sites que nem o utilizador cego mais pró, com o leitor de ecrã e browser mais pró conseguem aceder. Dos 3 exemplos que dei, sei que um deles é possível aceder através de uma ferramenta adicional, e outro com muita paciência e clicando em links pouco explicativos, mas isto é ser acessível?
Sei que um texto em formato imagem pode ser passado por um OCR, mas isto é ser acessível? Existem muitas páginas em que o essencial do texto da página está em imagens.
Consegue usar todo o potencial de todas as aplicações em flashs que lhe aparecem?
Caro João Nuno,
Creio que esta notícia não se refere propriamente a acessibilidade Web, embora o disign universal também se lhe aplique.
Concordo com o essencial desta notícia, incluindo a nível Web. O facto do João Nuno navegar satisfatoriamente numa página Web não significa que seja acessível. Além disso, experimente por exemplo entregar uma declaração nas finanças ou enviar um e-mail a um deputado a partir do site do parlamento ou registar-se na bolsa de emprego público e depois diga coisas.
À imagem da realidade portuguesa esta notícia não faz muito sentido. Não sei se estamos perante uma lei sem sentido, ou que espero que seja o que acontece, que a realidade brasileira seja diferente.
A notícia refere a obrigatoriedade de farmácias e drogarias do Município de deixar à disposição do deficiente visual, um computador que seja adequado às suas restrições para pesquisa de medicamentos.
Pergunto: No Brasil as farmácias e drogarias possuem computadores para os clientes fazerem pesquisas de medicamentos?
Em caso positivo, então esta notícia faz sentido e pode ser facilmente implementada com software gratuito como o NVDA como leitor de ecrã. Contudo caso a generalidade dos clientes não disponha de computador para pesquisa, então não faz sentido os deficientes visuais terem um computador só para eles. Para além dos custos desta medida, parece-me muito mais natural a pessoa aconselhar-se com o farmacêutico ou técnico de farmácia. Claro que a indicação dos diversos medicamentos deve estar numa página Web de forma acessível para que qualquer pessoa possa pesquisar em qualquer local que tenha um computador.
A notícia ou a lei tem também erros como a referência a teclados braille.
Gostava que algum visitante brasileiro esclarecesse esta minha dúvida.
Obrigado.
Olá Filipe,
Penso que colocaste este texto no Lerparaver porque se tem falado que o flash tem sérios problemas de acessibilidade, e esta seria uma página que tentou evitar o flash. O problema é que esta página é na realidade bastante inacessível, mais do que muitas páginas com flash! Qualquer validador dá nota bem negativa, mas basta dizer que nem todos os leitores de ecrã conseguem tirar algum partido da página e os que conseguem apenas conseguem aceder a parte do conteúdo. Não basta não ter flash para que a página seja acessível. Muitas técnicas de AJAX também o são. Além disso, o texto não refere nunca que houve qualquer preocupação com acessibilidade. O flash deverá ser substituído por técnicas acessíveis, e espera-se que o HTML 5 venha dar alguma ajuda.
Caro João Macedo,
É certo que a RTP tem tido mais iniciativas para com as pessoas com deficiência, contudo nos exemplos que refere acho que são todos iguais.
Quanto à publicidade ela é igual em todos os canais. Aqui a situação é diferente visto que os canais não são autores da publicidade, embora faça sentido que fosse acessível.
Quanto aos telejornais creio que a RTP não é melhor do que as outras, também não dobra as reportagens.
Quanto a novelas/séries, é certo que a RTP já teve algumas iniciativas de audiodescrição. Contudo, para além de ser inapropriado o meio de difusão da mesma, trata-se apenas ainda de excepções.
Em suma, qualquer um dos canais ainda tem poucas preocupações com as pessoas cegas, e não parece que vai melhorar no curto prazo.
Um belo exemplo de desenho universal. A acessibilidade quando é feita logo pelo fabricante, é inclusiva, de baixo custo, e muitas vezes funciona melhor!
Que este exemplo chegue rápido a nós, e que outros lhe sigam, nos televisores e em muitas outras áreas.
Cabe a nós divulgar estas iniciativas, e quando pussível, conprar tais produtos, mostrando que valeu a pena a aposta do fabricante.
Filipe acho que me expresssei mal. Não disse que os filmes portugueses são em inglês. O que disse é que os filmes que estão nas salas de cinema são de origem estrangeira e por esse motivo são falados em inglês. Filmes portugueses são poucos, e alguns de qualidade duvidosa. Em Espanha os filmes estrangeiros são dobrados em Espanhol, e acho que no Brasil são dobrados uma boa percentagem de filmes estrangeiros.
O que disse é que a audio-descrição é importante, já vi uns 2 ou 3 filmes e gostei muito, contudo é muito limitativo e pouco inclusivo apenas podermos utilizar esse recurso nos filmes portugueses, que são uma clara minoria. A dobragem e a audio-descrição são coisas totalmente diferente e ambas são importantes. Mas no panorama actual, se tivesse de escolher entre ter filmes dobrados e filmes audiodescritos, preferia os filmes dobrados, contudo creio que tal é muito difícil de conseguir. Temos que nos contentar em ver filmes no computador com as legendas a serem lidas por voz sintética.
Não menosprezando a importância da áudio-discrição em filmes, nesta temática há um aspecto que considero mais importante e que pode ou não ser mais difícil de conseguir. Em Portugal a grande maioria dos filmes são em língua inglesa, pelo que nestes casos mais importante que a áudio-descrição é a dobragem para língua portuguesa. O problema é que em Portugal tirando os filmes infantis, não há tradição na dobragem, e uma dobragem profissional é bastante cara. Uma possibilidade seria usar vozes sintéticas, mas teria um resultado longe do desejado.
Quanto a filmes em DVD, vi um dvd de um filme com áudio-descrição, creio que é o voando nas nuvens, em que o menu do dvd é falado, pelo que é perfeitamente acessível e inclusivo.
Olá Miguel,
Algo que me deixa triste é o facto da petição pela acessibilidade electrónica ainda não ter tido qualquer resultado prático. Os partidos foram unânimes a reconhecer a sua importância, mas por diversos factores o certo é que nada evoluiu, e algumas das medidas teriam um custo reduzido. Sei que a ACAPO está também a tentar pressionar o parlamento a avançar com medidas resultantes da petição, mas já estive bem mais optimista.
Eu penso que um papel cada vez mais importante que as associações, nomeadamente a ACAPO tem de assumir é o papel reivindicativo e representativo das pessoas com deficiência visual, mas sempre com uma postura ponderada, construtiva e positiva.
De todo o modo, cada um de nós também tem um papel importante a desempenhar. Por um lado pode-se ajudar/pressionar as associações a exercer o seu papel, mas por outro lado também devemos agir directamente, individualmente ou em grupo, fazendo chegar às entidades competentes as nossas revindicações/sugestões.
Por exemplo, não podemos apenas queixar-nos que as páginas da Internet são inacessíveis e que as associações e os governos deviam fazer algo. Nós também podemos agir, contactando directamente as páginas em questão. Claro que este tipo de acções tem uma eficácia baixa, mas se fossemos muitos a fazê-lo e com maior frequência, certamente começava-se a ver resultados. Em muitos casos as inacessibilidades são provocadas apenas por ignorância, por não conhecerem a realidade dos cegos. Cabe-nos também a nós chamar atenção para essa realidade.
No que diz respeito à televisão e ao papel da ACAPO, pelo que vem vindo a público, penso que tem sido positivo.
A ACAPO já alertou para estes problemas como se vê na notícia: http://www.lerparaver.com/node/8874
A questão é que as obrigações existentes resultam de um programa plurianual aprovado pela Entidade Reguladora da Comunicação Social. Para além de não ter força de lei, as televisões privadas conseguiram em tribunal, que deixasse de ser aplicado, pelo que o recurso para tribunal neste caso de pouco valeria.
De todo o modo, concordo que no geral as associações podem e devem ter um papel muito mais importante a estes níveis, mas muitas vezes a questão que me coloco, é que será que todos os cegos querem uma verdadeira inclusão social? Tenho dúvidas disto quando vejo na conjuntura actual alguns a defender não a igualdade no acesso e manutenção do emprego, mas antes a reforma aos 55 anos.
Mais importante do que lutar por medidas de discriminação positiva, algumas demasiado discriminatórias, é lutar pela igualdade de oportunidades e direitos, deixando apenas as medidas de descriminação positiva para os casos verdadeiramente justificáveis, quando não é possível atingir a igualdade de outra forma. Não é possível exigir igualdade de direitos e ao mesmo tempo exigir discriminações positivas pouco justificáveis.
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