Comentários efectuados por Ana Duarte
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Cara Isabel,
Quando se ama alguém, vive-se algo muito significativo nas nossas vidas e não é por causa de diferenças de idade que se deve romper um namoro, nem por imposição familiar ou de amigos, pois os amigos que o são de facto importar-se-ão exclusivamente com a sua felicidade e irão respeitar e apoiar incondicionalmente as suas decisões. Comigo assim tem sucedido. Por outro lado, deve pensar que qualquer família quer o melhor para os seus filhos e, nessa medida, só lhes pode fazer entender, que o melhor para si não tem que ser o melhor para eles e se eles escolheram ter a vida que têm, a Isabel tem todo o direito a fazer o mesmo. Mas nunca se esqueça de dizer, algo importante: "Aos olhos de Deus, todos são iguais e nunca foi preconceituoso". Já agora, se os seus familiares são religiosos (crentes), pergunte o que aprendem na Missão quando lá vão... pois o que se trás de lá e ensinamento para se colocar em prática na vida diária e diante seja de quem for. Não se trata de rezar diante de um altar e debaixo do telhado ou nas costas do vizinho dizer o que quer que lhes venha à cabeça, verdade? Mais.... quem ama cuida, protege e defende de tudo, contra tudo e contra todos. A convicção está lá e não se deixa corromper por nada. Mais, ainda, a felicidade reside dentro de nós e em cada momento em que fazemos alguém feliz. Se os seus pais a querem fazer feliz, demonstrem-no diante de quaisquer adversidades. A Isabel terá sempre o apoio incondicional do alto, que saberá escutar no seu coração sempre que lhe der atenção. Sim, oiça sempre aquela vozinha mais profunda que fala dentro de si, pois ela acerta sempre e não se importe com mais nada. Quem a verá feliz só poderá ficar com inveja mas isso sempre passa.
Seja convicta nesse amor e felicidades para ambos! Em frente...
Caro Jorge,
Casualmente encontro um comentário seu por aqui e, curiosamente, achei piada à forma como abordou a questão... A verdade, é que venho pensando e não comentando com ninguém sobre algo... Sinceramente, para aqueles que mesmo sendo normovisuais têm maior sensibilidade para as dificuldades dos portadores de qualquer tipo de deficiência, por vezes pode-se gerar alguma dúvida sobre o momento de intervir ou de fazer algo, o que quer que seja, por receio de perturbart, de ser inoportuno, ou sabe-se lá... mas nunca por mal. E, obviamente que ao conhecer mais de perto e fazer amizades com algumas pessoas portadoras de deficiência, acabamos por conhecer e ficar agradadados com toda a riqueza que têm no seu íntimo, até a sua alegria e humor contagiante, mas disso "mais ninguém sabe" a menos que se torne próximo de algum "exemplar". Valha-me Deus... se tanto se fala em integração, muito op Estado deve fazer em favor disso, mas no quotidiano, o próprio portador de deficiência, para o caso em questão, um cego/a (personalizando) tem um forte contributo a dar, efectivamente, pela sua postura diante dos demais e pela forma como se relaciona, em que locais e circunstâncias. Os condicionalismos serão diversos, os estímulos serão, obviamente, uma ferramente muito útil, mas há que pensar em ir além das expectativas de um normovisual. Se um normovisual pode ver-se como dono do mundo, por se encontrar em maioria onde quer que passe, o cego também deve marcar o seu "território", isto é, assumir uma postura mais confiante e até faladora com o desconhecido que vai ao lado... porque não, se é tão comum haver gente a falar pelos cotovelos com malta que não conhece, seja no metro, no super mercado, ou sei lá onde mais? Até eu sou receptiva se alguém meter conversa comigo na paragem do autocarro e depois? Ninguém me vai tirar nenhum bocado e se tentar eu saberei defender-me... (sorriso rasgado)
Então, poderei acrescentar no seu número 3, quem sabe, o factor EMPATIA como cartão de visita, capaz de abrir portas ao ávontade para se gerar uma maior abertura entre si e os demais, ou vice-versa, melhor falando!
Num outro ponto acrescentaria, não sei bem como designar a coisa mas... acrescentaria a vontade ou o gosto de se entrosar mais em programas sociais (viagens, passeios, concertos, teatro, cinema, bares, discotecas, actividades desportivas) na companhia de normovisuais, para além de mais algum cego, porque isso contribuiria bastante para quem os visse, a transmitir uma ideia do cego como uma pessoa absolutamente igual às demais normovisuais, além de mostrar aquilo de que é capaz e como o faz tão bem, ainda acaba mostrando o seu sentido de humor escondido e a sua inteligência, quem sabe as suas habilidades, seja como que for, enfim... quero com isto dar um pontapé de saída para ajudar a desmistificar eventuais pensamentos patetas tipicos de quem desconhece de perto o desaconhecido e, de algum modo, contribuir para que os cegos, apesar de minoritários, sempre tenham lugar entre os seus pares normovisuais, de igual para igual, tal qual integrassem a maioria, exactamente por terem a preocupação revelada de se integrarem nela!
Ver um grupo de cegos a ir "em debandada" para algum lugar dará a impressão de estarem a fazer alguma excursão restrita para cegos, podendo suscitar olhares e comentários, mas se misturados com normovisuais estiverem dois cegos aqui e ali, alguma imagem positiva, digo, algum aprendizado daí poderá ser extraído para um normovisual, pois centrará a sua atenção nos normovisuais e na forma como estes lidam com os cegos. Além de, naturalmente, se cederem à curiosidade pateta de "investigar" os movimentos do cego, como os irmãos brasileiros diriam... tentando "cheretar a ave rara".
Assim de repente e sem contar, foi isto que me ocorreu dizer para acrescentar o seu tópico importante. Para quem vê e tem as percepções que temos pelo que o nosso olhar capta no olhar dos outros, acho que isto são aspectos importantes a considerar e moldar da forma que cada um puder, face à sua natureza e sensibilidade!
Como diria alguém que já partiu para outro mundo: "Sejam felizes!"
Um abraço,
Ana
Tenho tido problemas de computador, pelo que não tenho conseguido vir até à Internet como desejaria. Em todo o caso, hoje foi possível e cá estou.
Li a sua mensagem, Patrícia e fiquei naturalmente receptiva, então, para quando for possível, aceder a este filminho e disseminar o que for possível, em favor da causa que procuramos ajudar com gosto!
Um beijinho e obrigada,
Ana Duarte
Como justificar algo que cientificamente não conseguimos justificar? Só na base da crença ou na sabedoria de gente dotada de algum dom especial...
Certa vez ouvi dizer que uma mãe cometeu determinadas atitudes muito más no seu passado e sobre o que muito poucas pessoas ficaram a saber e mais tarde, curiosamente, ela veio a pagar caro esses erros, com o que de mais caro tem na sua vida... o filho, que sem ter culpa de nada acabou tendo um problema de saúde que o marcou para o resto da vida, mas graças a Deus vive feliz! E quando o maior amor da vida de um filho é a própria mãe e essa padece de grandes sofrimentos na velhice, até à morte, depois de uma vida de grandes manifestações de austeridade e algumas maldades com a própria filha e outros familiares directos? Só podemos acreditar que pagou em vida as maldades cometidas ao longo da sua vida, não é? Aparentemente é a hipótese que se afigura mais consistente para quem a conheceu de perto... Não acredito numa figura de um Deus castigador, quando apenas quer que todos sejamos felizes e não materialistas, mas acredito que haja situações que sucitem algum tipo de "reprimenda" capaz de levar ao arrependimento e, portanto, a uma mudança para melhor de carácter, capaz de fazer o próprio feliz e aquele com quem cruza seu caminho, logo o próprio criador se sente realizado, não?!... Acredito mesmo que nada sucede por acaso, tal como o encontro de pessoas com personalidades bem diferentes de nós!
Diante de certas contrariedades da vida, por certo haverá respostas encobertas bem por baixo do nosso nariz... Tudo tem um propósito e se pensarmos bem, geralmente até se diz "mas porque é que Deus levou este homem/ mulher que sempre foi tão bom/ boa?"; "Porque morre à frente da gente ruim tanta gente boa?" Não devia ser assim, mas é um facto que também se diz que a maior parte dos homens bonitos e charmosos até são Padres! E entretanto, volta-se a ouvir outros comentários de que Deus só quer os melhores perto dele e se não os leva para perto de si, tem-nos por aqui bem escolhidos para lhes propor grandes desafios úteis para alguém, por conhecer bem o seu potencial e saber que poderão ser capazes de pequenos grandes feitos para auxílio de outrem, ou servirem de exemplo!...
Com efeito, diz o povo e com razão que há muitas razões que a própria razão desconhece, mas vale a pena acreditar e quem tem Fé aceita o que vem do alto e encontra sempre uma forte luz dentro de si...
Caro Jorge,
Agradeço a mensagem que me enviou em privado e ao ler esta, entretanto, achei que devia dizer algo, apesar de não ser cega, mas uma pessoa com uma grande sensibilidade e voltada para o espírito, tal como o Jorge...
Pegando na sua pergunta "porquê eu?" creio que toda a gente se perguntará isso, diante de um qualquer tipo de problema de saúde, ou seja de que espécie for. O meu caso não é excepção, mas julgo ter encontrado uma parte substancial da resposta, depois de várias introspecções e constatações feitas, também.
Também essa pergunta esteve sempre no meu espírito ao longo da minha vida até perto dos 37 anos, idade com que me encontro, actualmente e devo dizer que encontrei uma agradavel resposta, graças ao Espírito Santo e à minha persistência em encontrar uma resposta a tudo o que se passava de diferente comigo, em relação às pessoas que me rodeavam, de um modo geral. As surpresas têm sido muito especiais, sobretudo de madrugada, fazendo-me sentir uma pessoa altamente querida pelo Pai do Céu, que me tem protegido sempre, afastando perigos de maior e acarinhado o meu coração quando ele mais tem sofrido! Foi Ele que colocou um basta nas minhas lágrias que facilmente rolavam com o que fosse bom ou mesmo mau, tal era a sensibilidade à flôr da pele, aprendi a ultrapassar obstáculos diversos e a tornar-me uma pessoa mais forte e com uma personalidade especial, buscando segurança suficiente em si mesma e confiança cega (total) em quem passou a habitar o meu coração desde que nasci e me baptizei, sentindo que me leva ao seu colo, autenticamente como nas "Pegadas na areia". E porque tudo tem uma razão de ser, foi-me dado a compreender que algum dia terei de abraçar uma grande e importante missão, para a qual me falta, ainda, uma convicção inabalável, mas quem sabe com a ajuda d'Ele, algum dia, serei capaz de lhe seguir as pegadas e o passo rápido que vi surgir à minha frente, certa vez.
Acredite que, mais dia, menos dia, as respostas chegam até nós, mas para isso é preciso ser-se persistente a indagar a coisa! No entanto, há coisas para as quais não vale a pena perder muito tempo a tentar indagar, mas simplesmente começar a dar o passo seguinte e dizer: "Muito bem, dadas as circunstâncias, o que tens destinado para mim, em que te posso ser útil... o que queres que eu faça agora, mostra-me o caminho, o que achas importante que eu veja, ou saiba? Acorda-me a qualquer hora e diz-me o que achas que é importante eu saber ou fazer, por favor e se não for pedir demasiado, aumenta a minha fé, por favor!!!" Caríssimo, não poderá ficar indiferente ao que vier a resultar destas frases, ditas com alma e muita convicção... Sei que acredita que o acaso não existe!
Um abraço,
Ana
Efectivamente, quando se faz um trabalho para apresentar em regime de formação tem sempre de ser de tempo bastante reduzido, o que é pena, mas eu já sei que serei penalizada no meu por ter usado de 15 minutos a mais do que o permitido, mas pouco me importa, pois consegui atingir o meu objectivo muito pessoal e essa era a minha meta principal, claro!!! :)
De facto, através do contacto com amigos cegos pude perceber tanta coisa boa que se notou muito bem, segundo um colega da formação, que havia paixão pelo tema e um grande trabalho e esforço na preparação da apresentação, como aliás só podia ter acontecido para conseguir tocar a cada um e fazer de cada um um potencial sensibilizador em alguma circunstancia da vida, desde que se verifique tal necessidade, verdade? Esse mundo não é tão escuro quanto os normovisuais pensam, mas ainda é uma grande incógnita para muitos e para mim, algo "apaixonante", talvez por eu mesma ser uma pessoa muito voltada para o espírito e para a essência das coisas e não tanto para a matéria. Aliás, não sou nada materialista!...
Achei muito interessante a ideia de partilhar o seu vídeo através de sites e quem sabe até no youtube, para ter maior alcance, por uma maior diversidade de público!!! Eu mesma apareço no youtube num bocadinho de uma reportagem feita em 2006, a um amigo cego. Desde então ele continua a participar em tantas outras reportagens como caso de sucesso, mas sobre isso prefiro não falar, pois é muito pessoal e ele pode não gostar.
Se me puder enviar por e-mail, o filme, eventualmente para o endereço aluisaferreira@yahoo.com.br, com a devida autorização dos participantes nele, eu agradeço e encaminhá-lo-ei para os meus colegas de formação!... a finalidade é a que sabemos - BOA!!!
Ana
Como disse algures, recentemente, é nas alturas de viragem de uma situação que nos era boa para uma outra menos boa, que se fica a conhecer o potencial que se tem, a nobreza do carácter de cada pessoa que nos rodeia e a imensidão de coragem e força que nasce, sabe-se lá de onde... que é capaz de fazer qualquer um surpreender tudo e todos, verdade? Mas Deus não dá com uma mão para tirar com outra, mas como tudo tem um sentido nesta vida, acredito que cada um tem uma missão a cumprir enquanto residir nesta vida e não é para cuidar do seu umbido, mas para lutar em favor da felicidade e essa reside indubitavelmente no alcance do BEM COMUM...
Ana
Olá Tixa,
Eu sou a Ana, sou portuguesa e normovisual, mas tenho tido a mesma preocupação de sensibilizar quem me rodeia, para a importância da melhor integração possível dos cegos na sociedade. Cada vez mais fico grata com a forma como se vêm melhorias neste País, mas já não era sem tempo!
Numa formação que realizei há bem pouco tempo, escolhi como tema para uma apresentação que fiz, exactamente a cegueira. A minha intenção foi bem concretizada e sutiu o efeito esperado, como pude constatar depois. Teve como ponto de partida colocar colegas a experiemntar a ausência de visão para fazer uma série de coisas, incluindo caminhar em locais amplos e estreitos e subir um degrau para o terraço, com o apoio de alguém; reconhecer objectos com recurso a outros sentidos e, por outro lado, com os olhos destapados, conhecer através de imagens diversas em power point, vários objectos que desconheciam e que apoiam o cego no seu dia-a-dia, desde a auto-estima (através de imagens de próteses oculares), passando pelo ensino/ cultura (através de imagens do atlas em alto relevo, regletes para desenho e escrita...; jogos vários; equipamentos úteis para uso diário (fazer etiquetas, medidor de líquidos, relógio falante, telemóvel e gps; peça para preencher cheques, entre outras... o computador, a impressora em braille e o sistema audio para trabalhar com computador ou para leitura). Tentei levar aos seus olhos um mundo que desconheciam e depois desmistificar quaisquer ideias absurdas e préconsebidas, fornecendo-lhes, igualmente, informação alusiva ao cão-guia, à sua formação e cuidados a ter com ele e aos requisitos necessários para os potenciais candidatos a cão-guia. Terminei com imagens diversas de vários amigos cegos em contextos muitos distintos e relatos capazes de fazer os colegas compreenderem o quanto aquelas vidas são exactamente iguais às dos normovisuais e gente de imenso valor, mais até do que nós, que enquanto nós podemos estar "de braço ao peito" durante uma semana e nos vemos aflitos para fazer seja o que for, os cegos estão sempre nessa condição e lidam com esse problema totalmente à vontade e cheios de bom humor, até... além de fazerem tudo quanto os normovisuais fazem e que têm o direito de ser melhor integrados na sociedade e auxiliados de modo correcto (conforme procurei ensinar nessa apresentação de cerca de 30 minutos). Francamente, tenho imenso gosto em ter conhecido vários cegos e outras pessoas portadoras de deficiências motoras, tendo feitos boas amizades entre uns e outros, com as quais aprendi muita coisa!
Voltando atrás, em resultado da apresentação que fiz naquela aula, houve uma colega que se deparou com uma situação na rua, concretamente numa paragem de autocarro e apesar de não ser uma pessoa muito expansiva, lembrou-se da minha aula de sensibilização e achou que devia fazer algo. Então, tomou a liberdade de oferecer ajuda àquela jovem cega que lhe tinha perguntado se tinha passado o autocarro que precisava apanhar e que era exactamente o mesmo que a minha colega tinha de apanhar, também. A moçinha consuzi-la para subir o autocarro e levá-la ao lugar onde se sentar, conforme a preferência daquela jovem cega. Ficou muito contente com esse feito e eu devo dizer que me senti num "sino", numa felicidade sem medida, porque mais do que fazer uma apresentação que ainda desconheço a nota que terei tido na formação, o meu objectivo foi passar mensagens importantíssimas para benefício de gente que vive entre nós com o único andicape da ausência da visão e torná-los capazes e desinibidos para se deixarem envolver e agir, naturalmente com a expressa autorização dos próprios cegos! (afinal, ninguém gosta de ser empurrado sabe-se lá para onde, ou ser mexido sabe-se lá por quem, verdade?) Resultado, surtiu efeito... valeu a pena para ambos os lados, fiquei feliz!
Por tudo quanto procurei transmitir nesta mensagem, Tixa, teria imenso gosto em conhecer esse vídeo de que falou, pois quem sabe eu ainda posso vir a necessitar de mais matéria prima para qualquer outra sensibilização de futuro e aprender algo mais. TUDO quanto puder fazer para colaborar nesta grande causa, eu FAREI como já tenho feito, pode acreditar!
Um abraço,
Ana
Muito obrigada pelas tuas palavras, que foram muito importantes para mim. Efectivamente, uma boa rectaguarda é muito importante para nos ajudar a reforçar as energias de combate, para se sair do "buraco", de qualquer esgotamento nervoso e evitar mergulhar mais fundo numa bela depressão. Não tenho sido pessimista, de modo algum, mas não consigo libertar do meu pensamento, o que o maqueavélico do meu chefe possa estar a preparar na minha ausência, ou para o meu fregresso! Enfim, amanhã terei nova consulta médica e, provavelmente, uma renovação da baixa médica e na semana seguinte uma reunião com advogados, se conseguir ter capacidade psicológica para voltar a mexer em papeis de trabalho e que me ajudem a seleccionar as provas que tenho contra o bandidola do meu chefe. Só de falar nisto o meu corpo volta a tremer de nervoso... Estou saturada daquele velhaco que não queria voltar a ver nem pintado de cor-de-rosa, mas isso será impossível, bem sei e mais dia, menos dia voltarei ao serviço e voltarei a dar de caras com todos quantos me desiludiram de morte. Como senti na pele esta Via Sacra.... senti-me um farraco, um lodo... e sem capacidade para me reerguer de novo (para quê?) mas lá estou a tentar lamber feridas e erguer-me aos poucos, diante das injustiças de que venho sendo alvo e contando apenas comigo mesma e com alguns dos meus familiares, com quem partilhei a situação, pois mantenho esta hsituação em segredo e os segredos são para se guardar, verdade? Entretanto, estou certa de que mais dia, menos dia, os prevaricadores irão pagar caro, se não for nesta vida, numa outra, diante do Criador, certamente!
Conforta-me bastante, sentir que alguém mais possa ter passado por algo que se possa assemelhar, em certa medida, ao que eu possa ter passado e sentido e acredita que me custa falar no assunto e quanto menos gente souber sobre os pormenores, tanto melhor e o meu espírito agradece... Sinto-me fracota o bastante e sem apetite, mas tento comer mesmo sem vontade, como se remédio se tratasse, a ver se fortaleço logo, logo! Torce por mim...
O meu contrato de trabalho termina em Dezembro e o meu chefe não me fará desistir antes da hora, porque terei novo arcaboiço para o continuar a enfrentá-lo, depois de eu regressar e se continuar a fazer por merecer que lhe morda nas canelas, fá-lo-ei e, desta vez, suportada na lei. Se nunca teve ninguém que lhe fizesse frente, pois agora encontrou alguém que nada tem a perder, sobretudo diante da possibilidade de não ver o contrato renovado... pelo menos honro o meu nome e lutarei porque justiça me seja feita, mas também em nome de quem aquele sacana já "despejou" para fora daquela instituição, no passado! Roçando a ironia, para descomprimir um pouco, até parece que ando a adquirir uma queda particular por thrillers e policiais, mais do que para cenas tragico-cómicas, basta que mexam comigo fortemente, com injustiças e me manchem a honra! Eu bem sabia que devia ter enveredado pelo Direito, caramba.... (sorriso rasgado)
Obrigada pela força, rapaz, fica bem e sucessos para ti,
Um abraço,
Ana
Querida flôr... há muito tempo não passava alguns instantes pela internet e resolvi fazê-lo há minutos atrás, antes de me deitar, excepcionalmente mais tarde (quando antigamente diria excepcionalmente mais cedo). Embora reconheça que não irei ler mais e-mails por hoje e se calhar apagarei alguns outros sem os chegar a ler, por pura falta de paciência, perdoem-me (e-mails de vários endereços, é muita fruta!!! risos) não podia deixar de responder a este teu comentário que abri, curiosamente e li, dando de caras com um largo sorriso proporcionado pela tua notícia e, naturalmente, queria muito felicitar-te pela feliz novidade! Muita energia, coragem e as maiores felicidades do mundo é o que te desejo de coração! Se vais trabalhar no local onde estagiaste, sei bem como te sentirás e dir-te-ei... como é bom sentirmo-nos como que em casa, porque nos conhecem e nós conhecemos o local e as pessoas, tudo nos soa a familiar, além dos relacionamentos serem muito acolhedores, também e de confiança, já! Estou certa que te irás sentir muito bem e tudo correrá pelo melhor...
Eu também trabalho na Instituição onde estagiei, embora em área distinta, em local distinto, com gente distinta e agora, até com um maldito chefe quesilento e mau carácter, que mexeu de tal forma com os meus princípios e o meu brio profissional, que me levou a entrar em colapso nervoso e a "rumar às boxes", à força para recuperar o meu equilíbrio físico e psicológico, depois do meu corpo não responder aos comandos da minha própria voz, devido à exaustão a que se viu irremediavelmente a braços e já bem debilitado, com 44kg vestido e calçado e depois de alimentado, o que é obra, quando já pesava 49kg há alguns (poucos) meses atrás!!! Ainda sinto a cama tremer, ao acordar, pensando tratar-se do meu cão, deitado a meu lado, mas não... é o meu corpo a vibrar tal e qual um telemóvel e nem sempre eu me apercebo disso. Enfim... dias melhores virão!
Quanto a ceder a chantagens, o conselho que dou é que nunca haja cedências, pois toda a gente tem telhados de vidro e provas conseguem-se facilmente, basta ter calma para as colher na hora certa e conhecer bem o perfil maquiavélico da pessoa com quem se está a lidar, para nos sabermos defender no momento oportuno. O sacaninha do meu chefe sentiu os calos serem-lhe apertados quando uma nova Ana nasceu... (sorriso rasgado). Nunca faltarei ao respeito a ninguém, nem descerei de nível, contrariamente ao que aquele sacana faz, mas paciência tem limites e enfrentá-lo como a um touro, pelos cornos, obrigá-lo a assumir os seus erros e más prioridades, foi a melhor coisa que me podia ter sucedido na vida. Soube-me a vitória, independentemente da sua falta de carácter ter continuado a imperar depois... Ah! diante de conflitos com chefias, nada de fiar em "acordos de cavalheiros" sem ser por escrito - nunca resulta, aqui fica a nota, também.
Assim, volto a colocar o meu corpo na linha de fogo, em pleno cenário bélico, em prol da justiça e da honra, incapaz de agir contra os meus princípios e sem me deixar corromper, mais uma vez, sejam quais forem as consequências a arcar... Na hora do juízo final, diante da hierarquia máxima, que me rege do outro lado do telhado (Deus), responderei por mais este meu acto, com toda a dignidade e de cabeça erguida, ciente de que o que voltei a fazer, foi novamente o que havia de mais correcto a fazer e no momento oportuno, diante da injustiça de que fui alvo.
Quando a consciência é o nosso melhor guia, podemos sempre cerrar os punhos e nunca erraremos, se soubermos discernir entre o certo e o errado e estivermos cientes de que a verdade poderá causar dano ou dor em alguém e, ainda assim, não nos deixarmos deter por eventuais receios contrários à missão a que nos sentimos impelidos a honrar e, corajosamente, atrevermo-nos a assumir e gerir, da melhor forma possível, as consequências dos nossos actos, com total humildade.
Faço votos de que todos estejam bem, aquela minha amiga que fez um transplante de fígado, sobre quem já falei, regressou a Portugal, embora fraquinha, mas vai recuperando aos poucos e... a mim, pessoalmente, depois deste meu longo comentário, de pós Páscoa, cabe pedir desculpa pelo meu silêncio anterior e, certamente, posterior, de que posso adivinhar, agora justificado pela necessidade enorme de repousar condignamente, sem olhar para o tipo de equipamento com que trabalho diariamente, assim tenha forças para resistir (risos). Voltarei à Internet, sempre que me for possível, se não me levarem a mal, para matar saudades vossas, reavendo gente querida com quem tanto aprecio encontrar-me e sentir-me em casa, grata e acolhida se, naturalmente, continuarem a entender que mereço a vossa companhia (sorriso rasgado).
Lírio Branco, para ti, em especial, os maiores sucessos pessoais e profissionais, agora a iniciar!!!
Um forte abraço a todos e um voto especial de boa sorte para ti... "perfume de Mulher" (vitória) Lol
Ana
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