Comentários efectuados por Marlon
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Oi Ana,
Obrigado pelo comentário. Creio que somos todos do mesmo planeta, e somos todos diferentes. Apesar de isso ser por vezes causa de problemas, já que pensar em todos dá um certo trabalho, essa é também a característica que faz de cada um de nós pessoas interessantes.
Obrigado pelo elogio às minhas descrições, mas elas só seguem a proposta dos textos, que é a de informar e não só "lamentar", já que parte do público é normovisual. Procuro escrever com o bom humor necessário para ajudá-los a entender algumas das situações que um invisual acaba vivendo, quando está sem amigos em algum ambiente ou nas convivências diárias com as outras pessoas.
Dei muitas risadas, por exemplo, quando abri a cerveja e não o suco. Certo, deveria haver uma adaptação melhor, mas isso especificamente não tornou meu dia uma chatisse. Já que eu abri, o que fiz foi beber ... Da mesma forma quando, dessa vez, o mensageiro veio com o carrinho, dei boas gargalhadas comigo mesmo.
Marlon
Olá,
O texto ainda precisa ser postado todo aqui, quando as outras partes estiverem prontas ... mas eu, em momento algum, referi que deficientes visuais levam algum tipo de vantagem em qualquer coisa, posto que isso seria preconceito e que eu teria condições parciais apenas para fazer uma afirmação dessas. Você poderia se explicar melhor?
Marlon
Maq,
Obrigado!
Bom, nem me sentei, afinal o trecho era bem curto. A mulher mostrou um relativo bom senso ao me guiar, mas nada que um moço, como você quer que eu te guie?~não pudesse resolver, se existisse algum problema. No mais, copio aqui uma coisa que disse a ela, dentro da parte real do texto
"O dia em que o primeiro tema de conversa ou assunto de interesse da maioria das relações entre cegos e normovisuais deixar de ser a cegueira e começar a ser o tempo, esportes, cantadas, o que seja ... será possível começar a acreditar que a inclusão está ocorrendo."
Se a gente conseguisse ensinar as pessoas a, como fariam com qualquer outro normovisual, perguntar, debater, descobrir como nos tratar, seria bem melhor do que dar a elas todas as técnicas sobre como hagir conosco e, mesmo assim, fazer com que nos tratem como uma outra classe de seres.
Marlon
Bom, uma parte razoavelmente boa do problema vem exatamente da visão distorsida que os próprios cegos têm sobre o assunto.
Deixa eu explicar como funciona, geralmente:
Tempo é conciderado como dinheiro. Se eu, por exemplo, levo oito dias a mais para lansar o meu serviço, porque estava trabalhando para construí-lo de modo acessível, isso significou que:
a- Tive de direcionar alguns programadores da equipe durante oito dias para realizarem uma tarefa, sendo que eles podiam estar já trabalhando no desenvolvimento de um novo produto.
b- Perdi oito dias de dinheiro com patrocinadores e anunciantes em geral, já que meu serviço demorou oito dias a mais do que poderia ter demorado, se a acessibilidade não fossse implementada.
c- Meus concorrentes poderão ter lançado, nesse período, seus produtos da mesma linha e se meu produto não for o primeiro, as pessoas se acostumarão com os concorrentes, de forma que o esforço de lansamento do meu produto será dobrado, porque terei de convenser as pessoas a testá-lo e a mudar para ele.
É desejável que todos estejam concientes disso: implementar acessibilidade envolve tempo e dinheiro, e no nosso senário atual esses são dois fatores críticos para o sussesso de um produto, principalmente na web.
As empresas geralmente ficam sabendo que seus produtos não estão acessíveis bem rápido, mas não dispõe equipes para corrigir esses problemas principalmente pelas explicações acima. Empresas só irão deixar os produtos acessíveis se forem pressionadas por regulamentos ou leis, se perceberem que o número de pessoas impossibilitadas de usar o serviço é relevante ou se perceber que o fato de ter produtos inacessíveis pode virar uma contra propaganda.
A idéia proposta pelo André ajuda, de forma excelente, nesses três aspectos.Marlon
Bom, há dois aspectos que precisam ser levados em conta. O primeiro deles é que a deficiência visual nunca atinge a todas as pessoas portadoras da mesma forma, o que significa que alguns terão mais facilidades em determinados assuntos do qe outros, e que alguns terão mais sensibilidades em determinados sentidos do que outros. Uns já podem estar acostumados com a deficiência e habilitados a usar todos os outros recursos para se orientarem, outros podem ainda estar descobrindo ou aprendendo o que fazer.
Portanto vá vivenciar com os deficientes, desenvolva métodos de pesquisa, analize o comportamento e peça ajuda ou pergunte ao maior número deles, mas não pela internet onde as coisas são cômodas (fáceis) e o grupo que a acessa representa uma menor parte do seu possível público alvo em qualquer projeto decente nessa área. Procure associações, conviva, observe, aprenda ... mas só faça isso quando tiver idéias bem definidas sobre o que quer fazer (continue lendo para entender de que eu estou falando).
O segundo aspecto é que um bom projeto deveria ser bem especificado e não algo vago como "Arquitetura para deficientes visuais". Isso me lembra aquelas pessoas que entram em fóruns de programação e postam algo como "Preciso de ajuda para desenvolver um programa de computador para matemática, o que eu faço?", e assunto "ajuda!".
Quando o mais correto para quem lê seria algo como "Estou precisando fazer uma implementação de cálculo diferencial em c++ em um programa de linha de comando, mas estou um pouco perdido na implementação do algorítimo X na classe Y. Alguém poderia me ajudar? O código do programa está postado abaixo, note que na função z eu tentei implementar esse algorítimo mas não funciona por alguma razão. Grato" e o assunto "Ajuda com implementação de algorítimo de cálculo em c++". Você há de concordar que com essa segunda mensagem é bem mais fácil para um leitor entender o que a pessoa quer e ajudá-la, já que as dificuldades estão bem apontadas e o projeto está perfeitamente descrito.
Depois disso também me coloco a sua disposição para qualquer ajuda, mas te aviso de que as coisas escritas por poucas pessoas não representam o comportamento vivenciado por muitas e diferentes pessoas.
Marlon
Mesmo a 8, pelo que vi da trial, tem ainda alguns bugs quando navegando por páginas complexas e o problema das quebras de linha não sendo interpretadas corretamente quando a página é carregada no buffer.
Marlon
A, os meus queridos compatriotas ...
Sempre iguais, sempre defendendo com garra e feroz ódio este nosso paiz que, afinal de contas, evidentemente dá a eles tudo de que precisam, desde educação especial de enorme qualidade até toda a tecnologia necessária para a acessibilidade gratuitamente, subsidiada pelo governo, claro.
Um dia irei conversar com alguém, possivelmente um psicólogo ou antropólogo, e ver se conseguem me explicar porque as pessoas amam e defendem aqueles que não lhes dão nada em troca, ao contrário se omitem e os prejudicam ou procuram fazê-lo o mais possível ... e o mais incrível é que isso se verifica tanto nas relações interpessoais como nas relações de povos com seus paizes ... a, mas tenho de responder o comentário de meu nobre leitor. Então analizemos:
Sidarta escreveu:
"É errado quando dizem que não há pessoas interessadas em audio games no Brasil, pois tenho uma grande variedade de amigos com a mesma deficiência que eu,
e todos gostam de, em suas horas vagas, jogar um pouco."
Tenho de dedusir, por pura falta de opção, que esta frase foi escrita em réplica ao seguinte trecho, escrito por mim:
"Essa é uma parte mais complexa da discussão, porque eu não diria que no Brasil, por exemplo, há um mercado suficientemente grande para justificar
a produção de interfaces acessíveis para jogos."
Assumindo-se que essas prerrogativas estejam corretas, tenho a dizer duas coisas.
A primeira é que eu lamento muito que as pessoas leiam somente trechos do que outras escrevem e saiam comentando e rebatendo. O seguinte trecho, também escrito por mim e na mesma entrada, te responde o porque é absolutamente correto, ao contrário do que você afirma, dizer que o brasil não seria exatamente um dos mercados mais interessants para chamar a atensão dos desenvolvedores de games do main stream para implementar nos jogos a acessibilidade:
"A acessibilidade deveria ser olhada como algo indispensável para tornar a informação universalmente disponível, mas hoje lamentavelmente ela é olhada como
um elemento a mais de mercado. Se for dar retorno ótimo, de outra forma sua prioridade desce muito no ranc de coisas a se fazer em um software."
Resumindo: hoje só se pensa em acessibilidade se o retorno for positivo. Você diria que muitos cegos no Brasil teriam condições financeiras para passar a comprar games se eles tivessem acessibilidade? Eu diria que isso é um desparate totalmente absurdo.
Portanto não adianta espernear e gritar aos quatro cantos da internet que no Brasil as pessoas são legais, que elas jogam e coisas assim ... o que interessa ao mercado é dinheiro, e qualquer pessoa minimamente familiarisada com educação especial aqui, principalmente com relação a deficiência visual, irá te dizer que a maioria dos cegos não teria condições de comprar jogos de mercado.
Por isso eu torno a insistir em que o caminho seria tornar os jogos feitos para nós acessíveis aos normovisuais ... enquanto os caras do mercado não se ligam que fazer os jogos deles acessíveis seria uma boa ... mas não por causa especificamente dos Brasileiros e sim porque outros deficientes iriam possivelmente consumí-los, mas majoritariamente em paizes desenvolvidos, o que geraria outro problema porque esses jogos não vem traduzidos para português, então a acessibilidade também não viria. Mas esse é um outro assunto.
A segunda coisa que eu tenho a dizer é a seguinte: Brasileiros, no geral, se gabam muito de coisas ruins e não produsem coisas boas... e não fique bravo (a) comigo, porque eu também sou brasileiro e portanto falo com absoluta tranquilidade ... Não seria hora de repensarmos um pouco esse tipo de atitude?
Marlon
Leia atentamente o que eu escrevi no texto dessa entrada. Você irá achar um link para o site da bgb, onde terá toda a informação necessária. Não a posto aqui tanto por conciderar a escrita repetida de informações perda de tempo, como também por considerar que instruções nesse sentido sairiam da temática do blog, que é de discussão e debate e não de tutoriais.
O site da bgb é especializado em áudio games e deverá te ajudar mais do que nós nesse espaço.
Marlon
Felipe,
Obrigado por ler. Creio que as mensagens em um blog devem ter o tamanho necessário para que possam ser corretamente lidas.
Se o leitor não tem paciência para seguir lendo então ele não está realmente interessado no assunto, e melhor ter poucos leitores que lêem, pesnem no assunto e comentem do que muitos leitores que estão agarrados a mensagens propositalmente curtas, das quais eles possivelmente não se lembrarão passados dois minutos.
Em matéria de blogs qualidade de leitores é melhor do que quantidade, e textos complexos não se podem restringir em tamanho para agradar a quem não esteja disposto a ir até onde o autor acha necessário para que haja sua total compreensão.
Marlon
Felipe,
Precisamos ir com calma. Em primeiro lugar o fato de já haver jogos que nos permitem passar pelas mesmas experiências dos normovisuais é, como eu disse, a primeira parte da missão e isso deve ser destacado. Eu não vou condenar os normovisuais porque eles não conseguem jogar um game que não tem interface, da mesma forma que eles não me condenam por não conseguir jogar um game sem acessibilidade.
Acho que frases como "acho que deveria haver ... " ajudam a resolver só parte do problema.
Os programadores de jogos que estão no mainstream, que gastam 15, 16 milhões de dólares por jogos, poderiam com relativamente pouco esforço implementar interfaces de acessibilidade, mas precisam ser convensidos de que há um mercado de deficientes que irá consumir os produtos acessíveis, e que a operação toda compensa. Essa é uma parte mais complexa da discussão, porque eu não diria que no Brasil, por exemplo, há um mercado suficientemente grande para justificar a produção de interfaces acessíveis para jogos.
A acessibilidade deveria ser olhada como algo indispensável para tornar a informação universalmente disponível, mas hoje lamentavelmente ela é olhada como um elemento a mais de mercado. Se for dar retorno ótimo, de outra forma sua prioridade desce muito no ranc de coisas a se fazer em um software.
Por hora o que podemos fazer de mais concreto é tentar fazer dos nossos jogos uma opção viável para os normovisuais, e isso mesmo para cegos programadores é um desafio. Se não houver colaboração é praticamente certo que não haverá progresso deste lado.
Marlon