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Poesia "Cego Equilibrista"

por ALMIR VISCONDE
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Olá Amigos, trago uma poesia minha, espero que gostem dela.
Abraços, Almir.

Cego Equilibrista

Meus olhos de cego, sempre estão de luto

Percorro os caminhos, no escuro absoluto

Atravesso todos os dias, um longo viaduto

Guiando-me por um barulho, que quase não escuto

Basta uma pedra, me deslocar

Impedindo a linha de chegada, de eu cruzar

subir no “pódio”, em primeiro lugar

Um copo de água limpa possa saborear

Na platéia um imenso vazio

Um aplauso vale mais do que mil

Se um filho é a flor de uma mãe , Minha mãe , sempre me aplaudiu

do meu jeito de amar, com a meiguice infantil

Cruzo a cidade, com minha bengala de artista

Faço traquinagens de equilibrista

Mesmo que esteja, lá por Boa Vista

Ponho um sorriso nessa cara otimista

Tenho a esperança, de permanecer de pé, até o final da linha

Mesmo estando desta maneira

Subindo os degraus dessa escada, que é só minha

Pois o espetáculo, continua pela vida inteira

Muito bonito seu poema,é um grande incetivo na vida de quem vive sem ver a luz do dia,mais que sente como ninguém o calor que o sol produz.Muito lindo adorei...

Almir,sou professora de alunos cegos.Quando li seu poema fiquei impresionada ,da maneira real que expressou seus sentimentos, tive a sensaçao que te conhecia.