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Últimos comentários

  • anónimo comentou a entrada "Biblioteca virtual visionvox! www.visionvox.com.br. Não deixem de visitar e divulgar!" à 12 anos 8 meses atrás

    Infelizmente, entrei hoje na pagina e parece que tiraram ela do ar. é uma pena, gostava muito desse site.

  • diego corrêa comentou a entrada "Cabide-visão: Mais autonomia para as pessoas deficientes visuais" à 12 anos 8 meses atrás

    Meu caro Norberto, acredito que isso dependerá da boa vontade da pessoa que for colocar a roupa no cabide para regravar uma outra cor se for o caso. Se a pessoa que lavar as roupas também for deficiente visual, terá que ter atenção e colocar a roupa que lavou no mesmo local! Quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias, concordo com você. Os desenvolvedores deveriam fazer uma pesquisa para ver se não ha tecnologias iguais no mercado e pesquisar também a aceitação e a necessidades dos deficientes. Uma outra coisa que vejo, é que muitos fazem protótipos, mas aquilo não vai ao mercado, seja porque os deficientes não aprovaram a utilização, seja por ser apenas trabalho escolar que não vai para frente! Um abraço!

  • Marlin comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 8 meses atrás

    Marco,

    Em momento nenhum eu disse que ser surdo e cego é um inferno; em momento nenhum eu afirmei que a cegueira é a pior deficiência que existe; tudo o que eu fiz, e que sempre faço, embora seja algo difícil, é tentar ver o lado dos outros, de acordo com a história vivida por ele, não me baseando em abstrações ou em minha própria vida.
    Você, como tantos outros surdo-cegos, é realmente um exemplo de superação, de como se deveria agir diante de tal situação.
    Tudo o que aqui eu tenho dito, são palavras de outrem, com as quais eu não concordo, mas compreendo, porque cada pessoa tem sua história.

    Ouça meu exemplo:

    Sou formado em filosofia,; sou colaborador e tradutor no projeto do leitor de tela/ecrã NVDA; possuo um emprego público; comunico-me regularmente em dois idiomas, Inglês e Espanhol; não tornei-me um judoca profissional porque não o quiz; da mesma forma, abandonei a música, porque não vi futuro nela que me agradasse, embora tocasse bem vários instrumentos. Mas tudo isto porque alguém disse à minha mãe que eu poderia trabalhar e ser alguém na vida. Sabe quem foi este alguém? O médico ao qual ela pediu que lhe desse um laudo, para que ela pudesse me apuzentar.

    E daí, eu posso culpar minha mãe por ter tentado me apuzentar?
    Creio que não, pois minha mãe, assim como meu pai, são pessoas sem qualquer escolaridade, que conviviam com uma realidade rural, onde o cego não passava de um mendigo.

    Com tudo isso, o que eu estou querendo dizer é que não é prudente julgar a sociedade ao redor deles, pois não sabemos qual o nível de conhecimento sobre o assunto, nem sequer sabemos se tentaram ajudá-los e eles simplesmente se recusaram a receber esta ajuda.
    Tudo o que eu defendi, foi que se eles estavam achando que a vida seria indigna e sem brilho, eles, mas não só eles como qualquer pessoa que o ache, tem direito à morte, assim como têm total direito a lutar até à última gota de sangue e suor por uma vida digna, se assim o desejar.

  • Marco Poeta comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 8 meses atrás

    Olá Marlin!

    Cada um tem a sua opinião e respeito a sua, apesar de estar 100% de desacordo.

    Primeiro, porque, para mim, a pior deficiência é a surdez, porque limita bastante a comunicação e a maioria das pessoas não sabe língua gestual. Também não ter mãos é muito pior do que ser cego!

    Portanto, os surdos são altamente discriminados, enquanto que os cegos podem ouvir e comunicar com os outros sem quaisquer obstáculos.

    Além disso, a pessoa surda quando fecha os olhos é como se estivesse no mundo dos surdocegos, enquanto que a pessoa cega pode continuar a entender a maior parte das coisas mesmo sem enxergar nada.

    Entendo como os gémeos se terão sentido desesperados por estarem a perder a vista, pois eram surdos de nascença e o seu meio de comunicação e de percepção do mundo era a visão. Contudo, as pessoas que os rodeavam resignaram-se e não procuraram ajudá-los, deixando que eles, levados pelo desespero, pusessem termo às suas vidas.

    Não existe no mundo pior coisa do que a resignação, porque a pessoa pensa que já não vale a pena e se conforma com as coisas em vez de procurar sentido para a sua existência.

    De tudo o que tenho falado consigo, penso que o Marlin achou que realmente não ouvir e não ver era um inferno e que a eutanásia poria fim a tal sofrimento. Também percebi que para o Marlin a sociedade não tem culpa de ser desinformada, que foi destino os gémeos belgas morrerem sem que ninguém se preocupasse realmente com eles. Pois a sociedade é desculpável da sua profunda ignorância e apatia, cada um que se preocupe com o seu umbigo!

    O Estado belga permitiu que dois jovens surdocegos dessem o exemplo ao mundo que só a morte poderia libertar o surdocego da sua prisão. E os outros países não estão longe de praticar ainda que de forma mascarada a eutanásia com os surdocegos.

    Basta não lhes dar a atenção adequada, isolá-los da sociedade, deixá-los num estado vegetativo e primitivo, não lhes dar as mesmas oportunidades de serem pessoas independentes, para eles morrerem de solidão, de depressão, de loucura ou de morte aparentemente natural.

    Mas para o Marlin, a sociedade não tem culpa de nada, a culpa é de se ter nascido ou ficado surdocego...

    Se é que o Marlin aceita a sua cegueira, não diria que ao perder a vista a vida torna-se um inferno. Você está muito longe de compreender o inferno em que eu vivi.

    A surdocegueira é bem mais pior do que a cegueira que, felizmente, hoje tem mais apoios e é possível de lhe dar resposta. Aliás, as pessoas vêem na rua pessoas cegas completamente autónomas, com emprego, família e uma vida social activa. Mas ser surdocego é ainda hoje uma incógnita, porque não se vêem nas ruas, e quando aparecem é como se viessem de outro planeta. O Estado pouco ou nada faz por eles, pois os surdocegos estão na lista dos "totalmente inúteis" e "totalmente dependentes de terceiros".

    Quantos médicos sabem lidar com a surdocegueira? Nenhum, porque todos os médicos que eu tive não sabiam ou não queriam falar comigo como pessoa com sentimentos que sou.

    E quantas pessoas que se cruzavam comigo me dirigiam a palavra? Nenhuma, porque nem sensibilidade e paciência tinham para os outros e muito menos para com os surdocegos... A falta de tempo não era desculpa, porquen podiam escrever-me na palma da mão nem que fossem duas ou quatro palavras!

    Passei por experiências muito más, de discriminação e de manipulação. A superpritecção nunca foi solução, nem jamais mitigou os meus problemas, antes pelo contrário acumulou-os e fez de mim uma pessoa ansiosa e insegura.

    Vivia num bairro sem amigos, aqueles que julgava serem meus amigos abandonaram-me na hora em que mais precisava deles...

    Além disso, tenho uma deformidade física, uma grande cicatriz da operação que me fizeram aos intestinos devido ao acidente que quase me levou.

    Tantas coisas dolorosas aconteceram na minha vida... muito mais dolorosas do que destes gémeos belgas... Se não acredita, dê uma olhadela no meu blog, na minha autobiografia.

    Dou graças a Deus que aqui em Portugal a eutanásia esteja proibida, apesar de não ser contra ela no que se refere a pessoas em fase terminal que estejam a sofrer dores insuportáveis. Porque poderia cometer uma loucura e pedir a eutanásia e muitos outros surdocegos também, legalizando-se assim a eutanásia com deficientes múltiplos...

    As dores da surdocegueira são psicológicas, mas é possível aliviá-las através de psicoterapias cognitivo-comportamentais e através da inter-ajuda. Eu só não morri por dentro porque encontrei noutros surdocegos exemplos de vida. A Helen Keller, o Carlos Santos, o José Pedro Amaral, o Almir Visconde, a Ana Rita Saraiva, o Alex Garcia, entre outros, foram para mim verdadeiros testemunhos de força de vontade. Se os gémeos belgas se tivessem agarrado a estes exemplos, tivessem entrado em contacto com outros surdocegos que venceram na vida e tivessem sido ajudados de forma adequada, compreenderiam que ainda era possível viver mesmo com a independência reduzida.

    Repare amigo que ninguém é completamente independente, da mesma forma que ninguém é completamente livre. Isso são utopias, uma vez que o ser humano só é capaz de sobreviver em sociedade e que todos precisamos todos uns dos outros, às vezes de coisas tão simples mas importantíssimas, como uma palavra de alento, um carinho, um abraço ou um elogio.

    Concordo com o Marlin que somos livres de escolher, que podemos recusar sermos ajudados e decidirmos pòr termo às nossas próprias vidas. Se foi vontade ou desespero de quem já não acredita na vida, foi decisão deles, embora pelo que li estavam claramente a precisar de apoio psicológico.

    Essa aparente calma e felicidade para mim eram uma máscara que eles queriam exteriorizar ao mundo, escondendo os sentimentos mais angustiantes. A vida para eles acabara no momento em que sabiam jamais voltariam a ver, tudo parecu desmornonar-se aos seus pés, uma névoa espessa roubou-lhes o brilho dos olhos. Qualquer pessoa se sentiria diminuída e inferior, mas não ouvir e não ver era como deixar de perceber o mundo...

    Claro que eu rejeitei aprender o Braille, vivi tempos sem ver uma luz ao fundo do túnel, passei por várias depressões, inclusive pensei em morrer, mas viver tornou-se-me uma obsessão, enquanto que para os gémeos morrer era uma obsessão.

    Claro que ser surdocego é terrível, que sofri bastante quando perdia lentamente a vista e muitos dos meus sonhos não os poderei realizar por nesta sociedade individualista e desinformada não me proporcionarem as condições necessárias. Talvez foi mais culpa disso que os gémeos optaram pela eutanásia.

    E a eutanásia é tentadora, não dói, é como ir dormir. Quem desesperado não lhe resiste?

    Pergunto-me o que fez o Estado belga para ajudar estes jovens? Revelou-se ineficaz, impotente, ao ponto de os considerar um caso perdido só solucionável com a eutanásia. Uma coisa foi bem dita: a eutanásia não está acessível a surdocegos porque não são considerados doentes terminais nem num sofrimento insuportável. Isso foi a única coisa boa, o resto foi a sociedade que, leia a tradução, achou que era horrível ser surdocego, um inferno, ficar sem ver é impensável...

    Agora o Marlin que explique porque afirma que a sociedade não tem culpa de ser desinformada e que não é possível dar o que não se tem, porque a sociedade não tem é bom senso nem se procura informar das coisas.

    Ninguém consegue imaginar como é possível viver no mundo da surdocegueira, na ausência dos sentidos considerados essenciais para o Homem, embora existam exemplos incontestáveis de surdocegos que contra tudo e contra todos conseguiram ser alguém na vida.

    Se a sociedade nos ajudasse mais em vez de ficar pelas considerações sentimentalistas e pela resignação, nós seríamos tão ou mais capazes do que muita gente dita normal. Surdocegos poetas, escultores, filósofos, escritores, educadores, psicólogos, têm surgido mesmo que a incredulidade e a ignorância da sociedade dita inclusiva sejam AS VERDADEIRAS BARRERAS ao seu desenvolvimento pleno e felicidade.

    Cumprimentos

  • Norberto Sousa comentou a entrada "Cabide-visão: Mais autonomia para as pessoas deficientes visuais" à 12 anos 9 meses atrás

    Maravilhoso! fantástico! Impressionante inovação!
    Mas se o terno preto é colocado no cabide do terno branco, será que o cabide reconhece a cor?
    É de aplaudir o interesse na investigação e todos os pequenos passos que se dão no sentido de melhorar a vida das pessoas com deficiência visual, principalmente daquelas que não podem comprar Smart Phones que já fazem este tipo de tarefas e muitas outras, mas, caros desenvolvedores, por favor façam pesquisas antes de lançar produtos como este.
    Os investigadores até têm desculpa de não estarem devidamente informados, mas será que os responsáveis da Laramara não têm conhecimento da existência de tecnologias como o Touch Memo? Pelo menos, se a pessoa com deficiência visual tiver que depender de alguém, só depende uma vez para coser a etiqueta na peça de roupa.

    Cumprimentos,
    NSousa

  • Marlin comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 9 meses atrás

    Olá, Céu

    Também não culpo a sociedade, pois se nós, que nos informamos algumas vezes não sabemos determinadas coisas, que se pod dizer da sociedade...
    Se eu, que sou apenas cego, já ouvi comentários dizerem que não há deficiência pior que a cegueira, imagino que pensam eles sobre ser surdo-cego.

    A sociedade não tem culpa de ser desinformada.

  • Céu comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 9 meses atrás

    Agradeço que nos tenha disponibilizado matérias sobre este caso. E a tradução está muito boa, não se preocupe!

    Mas, na verdade, não entendo a opção deles.

    O meu companheiro é surdocego total e nem por isso ele desejou o seu fim! Leva uma vida normal...com algumas limitações, é claro! Estou a falar do Marco.

    Sinto que houve falta de apoio e incentivo do meio, daqueles que os rodeavam! Sinto que não foram devidamente acompanhados durante esta fase de não aceitação das suas limitações!

    Culpo a sociedade...uma sociedade que se diz interventiva, inclusiva...mas é tudo só fachada!

    Cumprimentos!

  • Outra reportagem sobre o caso comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 9 meses atrás

    A minha tradução é um tanto imperfeita, então perdoem os erros.

    Marc e Eddy tinham apenas seis meses de idade quando a surdez de ambos foi diagnosticada, mais isso fez os meninos ainda mais inseparáveis, mesmo na vida adulta.

    Pouco antes de seu 30 anos, começou a desvanecer-se o seu mundo. Reconhecer rostos foi quase impossível, assistindo TV foi difícil. Revelou que os dois tiveram uma doença. No mais tardar, aos 50 anos estariam plenamente cegos.

    Os dois últimos anos de suas vidas foramum inferno. Não usavam a bengala branca, eles contaram o número de passos para vizinhos e familiares. O fogo em seus olhos estava extintos. Às vezes, eles se sentaram lá. Ocasionalmente sentir um ao outro. E esperar .

    Um ano atrás, eles fizeram os seus pais com sinal claro de que a sua vida tinha acabado e que ela queria morrer juntos. Deve ter sidoo mais negro dia na vida de Maria e Remy.

    Comentário do Vizinho: Todas as informações sobre a eutanásia, que será procurado na internet. Eles leram a carta palavras por carta. Assim, determinou que eles estavam.

    Dirk, irmão dos Gêmeos: Com um grande sorriso, eles entraram no carro, para o hospital. Junto com meus pais, eu disse adeus. Marc e Eddy acenou novamente para nós. "Até o ceu", disseram eles. "Até o céu", respondemos. E então se foram.

    Pela primeira vez desde a eutanásia na Holanda foi aprovada, gêmeos idênticos a fizeram, juntos, no mesmo dia. Eddy e Marc Verbessem (45) eram inseparáveis em suas vidas. Você viu um, seguido de outro. Quando os dois irmãos surdos após perceber que estavam a perder a visão, eles decidiram juntos sair da vida - porque viver sem ver outro era impensável.

    Em 20 de dezembro, cinco dias antes do Natal, encontradas na Igreja de São Nicolau em Putte um funeral especial. Na frente da igreja foram duas urnas idênticas. Um de Eddy Verbessem, o outro de seu irmão gêmeo Marc. Juntos até a morte, como os dois irmãos decidiram. No texto sobre o obituário: "A vida deslizou lentamente para fora do seu caminho. Não foi possível ouvi-lo, seus olhos eram frágeis. Você resistiu até o fim e você tem a batalha travada com a maior coragem". "Isso resume tudo perfeitamente", disse um dos vizinhos de Eddy e Marc. "Os meninos nasceram com um defeito congênito: eram surdos. Os primeiros meses os pais notaram nada. Como tinham Dirk, um então menino saudável de 1,5 anos, ninguém pensava que os bebês recém-nascidos e aparentemente perfeitamente saudáveis ??nunca iria reagir ao som. "Só depois de um semestre começaram seus pais, Remy e Maria, a fazer perguntas. Era normal que os dois seguissem cada movimento de um dedo com os olhos, mas permanecesse impassível quando uma porta fechada ou barulhos na TV? Uma série de estudos confirmou seus piores temores: os seus filhos mais jovens eram surdos. O diagnóstico foi acirrada. Nunca ouviriam.

    Na pista de dança (?)

    "Foi tudo mudança", diz irmão de Dirk. "Meus pais sabiam de fato que Eddy e Marc nunca levariam uma vida normal, mas, felizmente, a família sempre esteve unida que a deficiência nunca um problema real." Eddy e Marc foi para a escola para surdos - mais tarde foram totalmente independente - e tinham amigos. Os dois meninos se mais cheio de vida, embora não houvesse uma lei tácita que nunca foi violada: juntos em casa. Como ela cresceu, eles colocaram como seus pares e, muitas vezes, como um passo no mundo. "Em baladas surdos (onde a diversão surdos e não-surdos juntos, dançando), eles raramente eravam na pista de dança", disse a irmã de Nancy De Lauw. "O DJ então levou cada um sinal com o tipo de música nos alto-falantes, para que Marc e Eddy tinha alguma idéia de como eles estavam dançando:. 'Lenta', 'rock' n 'roll' ou 'disco'" Quem não sabia, viu neles dois convidados comuns em nada diferente de seus amigos sem deficiência. Remy e Maria, pais superprotetores, viu que isso era bom e desejava a seus filhos toda a felicidade. Os dois meninos cresceram em um ambiente muito protetor, dividiam um quarto e continuou bem em seus vinte anos, enquanto viviam com o pai e a mãe.

    Sapateiro

    Mesmo o seu treinamento foi idêntico. Que teve a ideia primeiro, ninguém sabe, mas um dia que era para os dois disseram: eles seriam sapateiro. Ambos. O diploma veio em em breve. EConseguiram empregos, só que longe da casa dos pais, o que os obrigou a procurar uma habitação mais proxima, foram a uma construtora/imobiliária que os considerou "não capacitados" para isso. Sua deficiência, surdez, pesou muito para alugar uma casa, até que eles finalmente encontraram um apartamento no centro da cidade, onde eles passaram a morar juntos. Acima de uma loja de jukebox antiga, uma casa pequena, mas era o seu lar. Sua liberdade. O momento mais feliz de suas vidas. "Parecia que eles queriam tirar tudo da vida que podia haver", disse o vizinho dos dois. "Eles compraram um carro juntos, geralmente era Eddy, que dirigia, e Marc de acompanhente. Eu acho que um monte de gente do bairro ficou com inveja: dois homens solteiros, com prazer na vida". Pouco antes de seu aniversário de trinta anos, veio a virada.. Sua surdez tinham os homens aceitado há muito tempo, mas lentamente começou as imagens na TV e, mais tarde toda a área a desaparecer. As legendas estavam muito borradas de ler, reconhecer rostos nem sempre. Pesquisa do Hospital trouxe más notícias: o transtorno dos olhos era um distúrbio hereditário que era irreversível. Como Eddy e Marc seria mais velhos, sua visão ficaria ainda mais turva. Um prognóstico dos médicos não poderia dar, mas as chances eram elevadas que os irmãos inseparáveis ??seriam cegos aos 50 anos.

    "Essa notícia veio como um golpe para eles", disse um parente. "Eles já não ouviam o outro, mas a idéia de que eles não iriam ver um ao outro, pra sempre, era insuportável. Todo mundo que conhecia, notou a mudança depois do diagnóstico." Dirigir depois de um tempo não era possível para eles ", disse o vizinho debaixo. "Um dia eles passavam aqui na ciclovia com seu carro. Eddy dedos cerrados em torno do volante, com os olhos apertados olhando através do pára-brisas, e ao lado dele Marc, com toques de pressão demonstrativos. Foi tão perigosos que carro acabaria por trocar por um Microcar (veiculo pequeno com limite baixo de velocidade),á não eram um perigo na estrada. Alguns anos atrás, eles colocaram o carro do lado, e foram a seus afazeres pé. Juntos, claro.Eu ouvi no andar de cima cada vez mais batendo. Eles eram melhores amigos, mas se houvesse uma luta: ugh! Então voaram as panelas ao redor da sala. À noite, tudo foi sempre perdoar e esquecer, mas o desespero ilustrava sua frustração."

    TV enorme

    "Primeiro eles levaram uma TV com uma tela enorme em casa, para que ela pudesse ler as legendas com grandes óculos personalizados. Depois veio um computador, onde podia ler as letras na tela grande, muitas vezes com uma lupa, mas, eventualmente, mesmo isso não adiantava. Os dois últimos anos de sua vidas foram um inferno. Eles sabiam o caminho para seu apartamento na cabeça e contou o número de etapas para os vizinhos e da família. Não usavam a bengala- "Ei, nós não somos cegos, você sabe" - diziam, mas, uma vez dito, parecia apagar o fogo em seus olhos. Às vezes, eles se sentaram lá. Eles ouviram nada, e viu quase nada. Que qualidade de vida você tem? Você pode ainda juntos "sentir" e, em seguida, acaba".

    Eremita

    Mas, enquanto Marc ,Eddy e suas famílias pediram assistência para sua contabilidade - cartas ou documentos fiscais- os dois mantinham-se reclusos em sua vida privada. Eles estavam juntos nas fases da vida, porque este "sofrimento insuportável", como na lei da eutanásia belga está, já não podiam continuar. Eles não sofreram dor física e foram absolutamente não doentes terminais, mas a incapacidade de comunicar de uma forma normal, eles ficaram quase eremitas. Muitas vezes, eles não saiam de casa por dias a fio. Em casa. E esperavam, esperavam indefinidamente: essa era a sua vida. Maria e Remy Verbessem, seus pais, foram os primeiros a saber do segredo de seus filhos caçulas. Um ano atrás, os dois irmãos reuniram coragem e contou a seus pais, com claro sinal de que a vida acabou para eles. Que queriam morrer juntos.

    "Esse deve ser o mais negro dia na vida de Maria e Remy", disse um vizinho. "Os velhos são pessoas boas que não faria mal a uma mosca, mas eles são da velha escola. Eutanásia, tudo muito bem, mas não na sua família - muito menos os seus próprios filhos. Eles têm movido céus e terra para que a idéia saisse da mente dos filhos, mas sua mente estava tomada. Como os dois conversaram sobre a eutanásia, ninguém sabe. É certo que tudo eles próprios escolheram. Letra por letra, eles têm as condições e possibilidades de sua tela de computador, agora que eles ainda tinham pouca visibilidade. "Dirk Além disso, seu irmão mais velho, não tinha idéia que Marc e Eddy andava com esses planos. "Eu ainda não entendo que eles conseguiram pesquisar essa informação através da internet. Eles lêem as palavras letra por letra. Isso deve ter sido árduo, mas diz tudo sobre a sua determinação. "

    "Não faça isso"

    Eddy e Marc, a partir de um simples cepas da classe trabalhadora da família com pais que têm discussões difíceis, em vez de evitar se envolver, estavam por toda parte a mesma reação: "Os meninos fazem, não pense, você ainda tem muito a vida ... "Mas o mais resistência lá foi, o mais certo eram de sua decisão. Especialmente convencer seus pais era um caso impossível, também para Remy e Maria não tinha outra escolha senão aceitar a decisão. Eddy e Marc já tinha aprendido que, pela sua pesquisa - que sendo surdocegos - eram elegíveis para a eutanásia. Eles já tinham assinado o seu pedido e iriam continuar, se necessário, sem o apoio de seus pais. Dobraram seus pais, seus meninos iriam ter uma morte digna. E mereciam. Com uma condição: o plano inicial de Eddy e Marc era morrer em casa, mas não podia ser. E se alguma coisa der errado e sentissem alguma dor ... Como um compromisso entre pais e filhos, eventualmente, a eutanásia em um hospital.

    O mais breve possível

    Os dois irmãos no hospital entraram para fazer seu pedido de apresentação. Sua primeira escolha foi um grande hospital não muito longe de Putte. Mas chegou a direção não aceitou surdocegueira aplicável no caso de "sofrimento insuportável". Mas os meninos continuaram a procurar e ois dias depois foram ao Bruxelas UZ Jette, onde após discussões internas e um exame psicológico, foi aceita a eutanásia. "A data preferida que não tinha", diz um amigo da família. "O que eles estavam preocupados, tinha que ser "assim que possível". A família tentou adiar a data e rolagem para a frente. Primeiro eles disseram: "Espere até depois do seu 46 º aniversário em 17 de Fevereiro, mas que foi para Eddy e Marc muito longe. Então alguém disse: "Passem o Natal e o Ano Novo com seus pais: a última vez juntos", mas a sua vontade era mais forte: a escolha foi feita, tinha que ser feito rapidamente. Eventualmente, a 14 de dezembro, a primeira data disponível. Pagaram antecipadamente para ter seus corpos posteriormente transferidos de Bruxelas para sua cidade natal, usando de suas economias para isso.

    "Os últimos dias antes do evento, foram quase surreal", disse o irmão de Dirk. "A partir do momento em que a data foi acertada, havia uma espécie de calma sobre eles. Eu os vi rir de novo, como há muito não acontecia. A noite antes da eutanásia, fiquei com eles em seu apartamento. Eles eram muito felizes. Como se fosse duas crianças que estavam no carnaval. Eles olharam para a frente até o fim. Eles dormiram bem, e com um grande sorriso entraram no carro. Estranho o suficiente, seus irmãos ir para o hospital, onde eles vão morrer minutos depois. A separação real era tão intenso, tão íntimo, mas ainda assim tão animado. Eu tenho interpretado por eles, porque os dois médicos nem sempre compreendê-los, e então eu, juntamente com meus pais, demos o último adeus. Eles olharam para nós - eles eram felizes, não posso deixar de expressar - e acenou novamente. "Até o ceu", disseram eles. "Até o ceu", respondemos. E então, acabou. "

    Flores frescas

    Três dias mais tarde do que o pretendido, Eddy e Marc foram novamente transferidos para Putte. No mesmo carro fúnebre. Eles estavam ao lado de cada féretro outro, na saudação mesma sala. Sobre eles era o mesmo cobertor, ao lado deles eram as mesmas flores. Ele juntos em casa. Foram enterrados juntos no cemitério de Putte. De acordo com seu último desejo suas urnas idênticas foram enterrados lado a lado, debaixo de uma pedra com o nome dos dois próximos um do outro. Desde o enterro de urnas ainda não ficaram um dia sem flores frescas sobre a pedra ", porque mamãe e papai. Especialmente Eddy e os pais de Marc são extremamente difíceis com o vazio repentino. Eles se resignaram a escolher os seus filhos, mas dói. Ainda hoje, Remy e Maria ainda falar sobre eles: "Foi muito cedo", disse Remy. A dor é muito fresca.

    "A dor é a sua luta, não perda de independência"

    Especialista eutanásia

    Professor Wim Distelmans, o médico que acompanhou a eutanásia de Marc e Verbessem Eddy e estava presente quando os irmãos faleceram, dizendo que todos os requisitos legais foram cumpridos para a eutanásia. "A lei prevê que" o sofrimento insuportável ", fisicamente ou psicologicamente, deve ser provado. Se a dor física pode, em muitos casos ser ajudado medicamente. Mas a perda de independência, neste caso, audição e visão, não pode ser contestada. " "Neste caso, foi gêmeos idênticos, com as mesmas genéticas, doenças incuráveis. Tenho estudado a fundo seu caso até compreender plenamente sua demanda para a eutanásia. Os dois irmãos têm o seu desejo expresso: eles poderiam comunicar adequadamente com a aplicação com convicção e com plena consciência de ser, que é também uma exigência legal. Ninguém os afetou, esta era a sua própria escolha. "É a primeira vez no mundo que uma eutanásia" duplo é realizada pelos irmãos. "Só três países têm uma lei da eutanásia: Bélgica, Holanda e Luxemburgo", diz Distelmans. "Anteriormente, já havia um casal - homem e mulher - que morreu em conjunto, mas gêmeos nunca aconteceu antes." O hospital que ministrou a eutanásia para os dois homens inicialmente recusaram, ainda de pé atrás de sua decisão. "Há uma lei, mas que é claramente aberto a várias interpretações. Se qualquer cegos ou surdos são cada permitida a eutanásia, estamos longe de estarmos certo. Eu não acho que isso foi o que o legislador quis dizer com "sofrimento insuportável", nós mais frequentemente rejeitamos do que aceitamos pedidos de eutanásia.

    Novamente, desculpa a tradução horrorosa, qualquer frase que tenha ficado muito dificil de entender, avise que eu corrijo.

  • Marco Poeta comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 9 meses atrás

    Eu gostaria de saber o que aconteceu realmente, porque eles eram surdocegos cono eu. Queria saber melhor sobre este caso, pois esta notícia chocou-me muito.

  • anónimo comentou a entrada "Gêmeos surdos belgas morrem por eutanásia após perderem visão" à 12 anos 9 meses atrás

    Encontrei mais matérias à respeito do caso, em holandês, que revelam mais sobre os irmãos e os por ques de terem feito esta escolha. Se alguém tiver interesse posso tentar traduzi-las, querem?

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