Últimos comentários
Entradas recentes no blogue
- Música Para Quem Nunca Desistiu de Mim
- Clínicas Dentárias no Verão: Onde Encontrar Atendimento em Lisboa
- Invisalign nas Férias: Dicas para Não Interromper o Tratamento
- "Metade do Silêncio" _ A Música Mais Triste Que Já Escrevi
- Silent Striker Oficial Music — Música com pulso, verdade e rebeldia sonora
- A História de Marco
- História: A Força de Ser
- Audiogame: Azmar Quest
- IA para Doenças Oculares: como a IA pode combater a perda de visão?
- Cuidados a ter com aparelhos dentários invisíveis
Olá Ana Cristina, eu concordo plenamente contigo. Também digo que não existe melhor bengala que um cão-guia, e que o governo devia preocupar-se mais em ajudar a escola de Mortágua para que fosse possível arranjar novos treinadores e poder-se treinar mais cães por ano de forma a diminuir o tempo de espera. beijinhos Ana Rocha
Viva mais uma vez amiga.
É mesmo isso.
Nem somos irois, mas também não somos uns inúteis que muitas vezes algumas pessoas nos querem fazer querer.
Eu já à 13 anos que fiquei cego, e no que diz respeito à nostalgia, digo-te que é mesmo muita.
Tenho uma realidade à minha frente, e não pretendo abedicar da liverdade que mesmo assim vou tendo.
Caso me queiras contactar, fica à vontade.
O meu e-mail aqui fica.
Cumprimentos.
smag007@gmail.com
sgonçalves:
Também não sou cega de nascença e quando comecei a perceber o meu irremediavel destino adotei um edial de vida: ser totalmente independente.
Por iniciativa própria fui aprender braille; comprei uma bengala, que aprendi a usar sozinha e, modéstia á parte, de forma exemplar; fiz um esforço por conhecer algumas pessoas com situação idêntica que me transmitissem algum saber; esforcei-me por nunca depender de um acompanhante, pais, amigos, namorados, para fazer a minha vida habitual: faculdade, desporto, vida diária em geral. Evitei sempre o recurso aos táxis obrigando-me a descobrir trajectos e pontos de referência que me facilitassem qualquer deslocação.
Tanto exigi de mim mesma que me tornei "quase" independente e assim era vista por aqueles que me rodeavam. Tanto que se verificou o reverso da medalha: quando não fui capaz senti angústia e os outros, que me viam como uma vitoriosa, não me deram a mão.
Eu sei que não foi por falta de solidariedade mas sim por acreditarem que eu seria sempre capaz de resolver qualquer obstáculo, só que nem sempre é assim....
A fase de ter pena de mim mesma, de me revoltar, de me esconder, tudo isso já foi ultrapassado. Hoje sou assumida, confiante mas ainda assim nostálgica.... afinal sou um ser frágil como qualquer mortal e não aquela heroína que os outros acreditavam que eu seria....
Apesar de tudo amo a vida e tudo o que nela conquistei, o resto são acidentes de percurso, não é assim?
Olá amiga.
Revejo-me em algumas das coisas que dizes aqui.
Não sei se poderei chamar prizão à nossa cegueira, mas somos realmente pessoas bastante condicionadas nos nossos movimentos.
Por muito autónomos que sejemos, é muito complicado não depender de outras pessoas no nosso dia a dia.
Eu não sou cego de nascença, e quando faço uma pequena comparação entre os dias de hoje e os dias em que ainda via, sou obrigado a reconhecer que a dificiência que tenho, deixa-me bem mais limitado.
Ainda assim, faço de tudo para que dependa o menos possível de terceiros.
Cumprimentos,amiga, e esperança em dias bem melhores.
Sérgio.
Email/msn:
smag007@gmail.com
anacristina
Como tudo, nem todas as recordações são boas. Talvez essas más recordações nos ensinem alguma coisa...
Construirei o castelo, embora as recordações boas ainda sejam poucas. Tenho recordações muito vivas que ainda me fazem pensar que... que... acreditem, nem consigo bem ainda dizer. Há dois meses que isto aconteceu e não consigo dizer a estúpida palavra.
Sim, este texto foi mais dedicado ao Nuno. Acredito que veio da mão dele, que foi ele que quis que eu escrevesse isto num momento menos bom, para que me mostrasse que está presente. E está.
As recordações são isto: sorriso, lágrima, aventura... sei lá que mais.
E o meu obrigada. Alguns textos são melancólicos, mas são mesmo os meus sentimentos. E... romance histórico?! talvez um dia, se tiver cabeça para isso.
Anacristina!
Estou certa que um dia construirás o teus castelo! Mas lamento dizer que não concordo que todas as recordações são boas... elas seguramente existem as boas e as más, mas tenho muitas recordações más, e a única coisa de positiva ou boas que eles me oferecem é o facto de me terem ensinado que as coisas que aconteceram erradas que são recordações. São essas recordações que me levam a não cometer sucessivamente os mesmos erros, mas nem por isso são boas recordações.
Se bem percebi, e digo-te que imprimi o teu teu texto e tenho-o lido com frequencia. É um texto muito bonito, digno de fazer parte de qualquer romance histórico de uma determinada época. Mas tendo mais atenção na leitura, apercebe-mo-nos que nas recordações que relataste está descrito o destino de uma menina, que vejo que será tu, e está descrito o desgosto que qualquer pessoa sente quando perde alguém que é querido e proximo.
O texto é um testemunho que prova que "um amor nunca se esquece". O que vejo nos dias de hoje tudo perdeu a importancia, desde os sentimentos, das recordações, as origens de tudo o que somos hoje, esquecemos quem nos acompanhou, os amigos que partiram, as pessoas que nos marcaram e morreram, os amores, as paixões e tantas outras coisas... As pessoas agoram são egoístas, e materialistas, e vivem para tramar e passar para trás o próximo.
Já se perdeu tantas coisas, coisas que todos vivemos, e a maior parte recorda, mas não revela. Mas sobretudo perderam-se todos os valores éticos e morais, que a mim me foram transmitidos em casa de pequenina.
Preservo-os, tento transmiti-los às crianças que me rodeiam. Não tenho e nunca poderei ter filhos, e a esses nunca lhes vou poder transmitir esses valores, que me transmitiram de pequenina em casa. Um dia eu serei uma recordação para algumas pessoas, e como custumo dizer às minhas crianças que sou a tia má, não serei para algumas delas mais do que isso a recordação da tia má.
Espero ser uma boa recordação para essas crianças, mas também posso ser ma má recordação, ou não ser nada.
Todo é possivel nos dias de hoje...
Meu pai é cego há 16 anos devido a diabetes, sempre controlada, mas levou a visão dele.
O problema é no fundo do olho e gostaria de saber se funciona para o caso dele.
anacristina
Olá, lembro-me perfeitamente deste texto que te escrevi.
Será um dia que construirei o castelo.
Obrigada pelo apoio. Todas as recordações são boas
Olá Anacristina!
Quiz escrever algo que te incentivasse que ajudasse a combater a mágoa das más recodações e que salientasse o valor e a importância das boas recordações.
Tentei, mas não consigo encontrar as palavras certas, talvez amanhã ou noutro dia consiga... só te quero dizer qe recordar é viver!, que são as recordações que nos fazem crescer enquanto pessoas, e lembrar um poema que um dia referi neste blog " Um dia vou construir um castelo" de Fernando Pessoa, e recordo a resposta que me envias-te:
"Constrói um castelo, um castelo tão grande, tão grande onde caibam todas as tuas mágoas. Depois destrói-o. Destrói-o com todo o desprezo. E depois constrói um ainda muito maior que todos vão inveja do teu castelo"
As palavras são tuas. Não deixes de construir o teus castelo e nela guardares todas as tuas recordações, boas e más, para que sempre que queiras de fechares e as desfolhares, com o sentimento de que são únicas e são tuas...
Beijos.
isso é uma maravilha, agora não vai precizar as pessoas que estão perto da gente ficarem falando o que se passa na tela da tv! o que muitas vezes irrita as pessoas ter que ficar narrando para nós cegos tudo o que passa na tv! para nós cegos, é uma vitória muito importante. Obrigado meu deus e a todos que colaboraram para que isso acontessece! agradesso de todo o meu coração.
Páginas
4061 a 4070 de 5293