Comentários efectuados por Francisco Lima
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Marco, ler seu texto é sempre um elogio à inteligência e ao espírito, meu caro.
Concordo com sigo que a tomada de consciência de nossos limites, sem contudo nos deixarmos cair na armadilha de que somos incapazes, armadilha esta que muitos nos querem fazer cair, é crucial para que nos organizemos mental e socialmente em rumo da construção de uma dignidade que nos é de direito e que ninguém nos deve tentar tirar.
Acreditarmos no potencial interno, para que dele tiremos forças para lutar contra os obstáculos impostos por uma sociedade excludente é indispensável e de veras necessário. Superar limites impostos pela deficiência, a fim de combater a crença descabida de que somos incapazes é extenuante, porém necessária, a todo o momento.
Então, colhermos frutos de nossa lavra, ao longo da caminhada pelo direito à cidadania é importante para que nos alimentemos contra o preconceito, a discriminação e as insistentes barreiras atitudinais. E, para que façamos isso, temos de nos mirar em exemplos como o que nos oferece, não por ser pessoa com deficiência, mas por ser pessoa humana que confirma como somos capazes de superar obstáculos diversos, dentre os quais, os grandes obstáculos que, por vezes nutrimos dentro de nós, a partir da semente plantada por uma sociedade que vê a pessoa com deficiência, um estorvo, um não sei o que incapaz, inútil, inválido, inferior, meramente por ter aquela pessoa, alguma deficiência.
Como sabemos, quando nos levantamos contra esse estado de coisas; quando tomamos para nós as rédeas de nosso destino; quando assumimos para nós o dever de sermos construtores de nossas vidas; quando reconhecemos que nossos limites não são as tais incapacidades que nos querem imputar, aí, nos encontramos pessoas humanas detentoras de direitos, pelos quais devemos lutar e pelos quais devemos exigir que venham ser criados. Isto é, pelos quais não devemos ficar a pedir que sejam cumpridos, uma vez que não devemos pedir, mas exigir; não esperar que sejam criados, uma vez que não se pede direitos, se os exige. E, também, não devemos nos sentirmos agradecidos por termos um direito respeitado, ou criado para responder aos nossos direitos fundamentais de pessoa humana, mesmo porque, não se trata de nos sentirmos obrigados para com os que cumpriram seu papel social, mas de reconhecermos o cumprimento legal que observaram.
Reafirmando: direito, não se pede, se exige. Direito respeitado não se agradece, se reconhece o devido respeito.
Marco, suas palavras deixam-me esclarecido de quanto precisamos difundir o entendimento de que "Nada de nós, sem nós" não é apenas um jargão que algumas pessoas com deficiência fazem uso para estarem se beneficiando da indústria da deficiência a que muitas pessoas, pretensas defensoras das primeiras, já têm-se locupletado há muito tempo.
"Nada de nós, sem nós" é estarmos ocupando os espaços que são de nosso direito na sociedade, gerindo nosso próprio destino, influenciando nos assuntos que nos concernem, não só enquanto pessoa com deficiência, mas prioritariamente como pessoa humana com deficiência.
Caríssimo, também tenho comigo que não se é preciso estar em alguma instituição, associação ou algo assim para lutarmos contra os descaminhos sociais no que tange a pessoa com deficiência. Por exemplo, a cada passo dado por si, a cada pessoa que falam suas palavras, a cada imagem que constrói na mente das pessoas a respeito da pessoa com deficiência, você e todos nós, faremos parte do movimento em prol de uma sociedade inclusiva, não a sociedade excludente que está aí, mas aquela que, transformada desta, se organiza no respeito, no acolhimento e na defesa de as pessoas com deficiência serem tidas e vistas como pessoas humanas que são.
Obrigado pela profunda contribuição, Marco.
Cordialmente,
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Caro amigo,
Suas palavras soaram como poesia, cujas rimas impecáveis fazem ver os olhos do espírito, com notas musicais que provocam imagens na mente de quem as ouve.
Obrigado pela contribuição e gentis observações.
Infelizmente, os que deveriam ler tais palavras, fecham olhos ouvidos e dedos para não o fazer; infelizmente, os que deveriam ouvir tais palavras, fecham os olhos e as mãos e os ouvidos, para não o fazer; infelizmente, os que deveriam ver o que escreveu, meu caro, não entendem o que leem, com o entendimento da razão, do espírito livre de preconceitos, da mente aberta para a eliminação de barreiras atitudinais.
É pena, amigo, que tenhamos de gritar tanto e tantas vezes para que possam ouvir-nos, uns poucos sussurros, por vezes imperceptíveis aos ouvidos, olhos ou dedos que teriam para ouvir, mas que não usam, não reconhecem úteis aos que desses sentidos fazem para superar as barreiras atitudinais dos que se pensam perfeitos e nos pensam incapazes.
Há muitos anos, muitos anos mesmo, ouvia de um garoto que: "para sermos considerados %80 dos videntes, precisamos ser duas vezes melhores".
Ironia, essa realidade ainda é real, cruelmente real.
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Pois é, colega: É de direito que falamos, quando reivindicamos a áudio-descrição em todos os eventos visuais, nas imagens nos livros didáticos, nas cenas de um filme, nos slides de uma apresentação, nas imagens de um produto, cuja propaganda está na tv ou em um cartaz e por aí vai.
Então, lutemos pelo direito à informação, à comunicação, ao lazer, à cultura e à educação, também, lutando pelo direito à áudio-descrição.
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Cara Ju, que bom que os artigos lhe estejam sendo de proveito. Minha preocupação são nossos alunos, crianças, jovens e adultos, cujas vidas estão em nossas mãos.
Continue preocupada com seus alunos e eles terão sempre uma boa professora.
Abs, Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br ) e (www.rbtv.associadosdainclusao.com.br)
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )Realmente, a pergunta não é sobre a importância da arte para pessoas com deficiência visual, visto que a arte é importante para as pessoas e, pessoas com deficiência são pessoas. O importante está em saber porque os professores, pais, psicólogos e muitas pessoas com deficiência, elas próprias, entendem que a arte é algo inadequado para as pessoas cegas; que a arte não é razoável para essas pessoas etc. outra questão a se investigar é de que modo podemos tornar a arte acessível às pessoas com deficiência; como ela pode fazer parte da vida dessas pessoas etc.
Amiga, a www.rbtv.associadosdainclusao.com.br tem artigos interessantes a respeito desse tema, temos comentado algo em nosso blog, aqui mesmo na www.lerparaver.com e em outros artigos que me pode solicitar (limafj@associadosdainclusao.com.br ) e que eu terei grande prazer em partilhar.
Muito boa sorte com sua pesquisa e nos conte os resultados depois.
Cordialmente, Francisco
Sem problemas, o que eu tiver escrito neste blog, ou na www.rbtv.associadosdainclusao.com.br fica, desde já, autorizado a publicação ou reprodução em qualquer outra mídia.
De fato, agradeço a honra.
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Olá, Pri:
Há muito tempo já se reconheceu que professores e alunos são partícipes na construção do conhecimento, tendo o estudante papel ativo na aprendizagem. logo, não partimos do princípio que alunos são lousas, em que o professor inscreve seu conhecimento. de fato, este nem é detentor do saber, muito embora seja, também, transmissor de conhecimentos, historicamente construídos.
No extrato do artigo apresentado anteriormente, chamo a atenção para o fato de ser importante o ensino do desenho e do desenhar às crianças cegas, propiciando com que elas participem de todas atividades com os demais alunos, por exemplo, na elaboração do projeto ou de alguma fase dele, respeitada a habilidade do estudante.
Lembrei que pessoas com deficiência visual não enxergam cores, mas que estas devem ser ensinadas pelos seus nomes e funcionalidades de modo que venham propiciar conhecimento ao estudante cego.
É de suma importância que se trabalhe o desenho e o desenhar com crianças cegas, descrevendo-lhes configurações bidimensionais várias, objetos de muito pequeno e grande tamanhos que não sejam integralmente tangíveis etc.
Eu certamente vou tratar, e muito, disso neste blog. Por hora, permito-me dizer que tanto minha dissertação de mestrado e minha tese de doutoramento foram na área do desenho, envolvendo e provando a capacidade de a pessoa cega valer-se/beneficiar-se do desenho.
Para além disso, desenvolvi uma caneta para desenhos em relevo, a qual permite a pessoa desenhar com uma mão, enquanto vê o desenho em relevo com a outra, sem ter de virar o papel para tanto.
Então, acho que houve algum ruido, ou na escrita, ou no entendimento da mensagem.
Todavia, o que fica de muito bom do seu comentário é o fato de saber que você insistia em participar da aula, fazendo os desenhos e de saber que sua professora foi partícipe no ensino.
Obrigado por escrever e, por favor, conte: Você seguiu alguma área em que essa habilidade foi aproveitada? Continua desenhando, pintando ou algo nessa linha?
Abs.
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Milton, parabéns pela recente formatura e por subir mais este degrau.
Agora, é colocar o conhecimento a serviço do bem e bem.
Que tal você escrever um artigo baseado em sua monografia e enviar para a RBTV, hein?
O processo de aprovação é anônimo e segue critérios específicos, mas tenho certeza de que você contribuirá muito com o trabalho que fez.
Abs.,
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Parabéns, Géssica.
Então vejo que você é uma pessoa de energia, não?
A área que escolheu é muito promissora e certamente com seu empenho terá sucesso no que se dispuser a fazer.
Que tal escrever um relato de sua experiência com as questões visuais e as vias que você se valeu para contornar as barreiras que imagens, gráficos, diagramas e tudo mais que requereria visão para executar na Universidade.
Nós na Revista Brasileira de Tradução Visual publicamos relatos de experiência também, conforme consta na www.rbtv.associadosdainclusão.com.br .
A Revista é de cunho científico e o corpo de Consultores que com ela colabora é muito bom.
Visite o site, confira nossa área de notícias e o volume disponível na página.
Abs.,
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
Amiga, obrigado pela contribuição.
Penso que é importante que possamos divulgar a existência de profissionais com deficiência visual, nas diversas áreas, principalmente naquelas que alguém possa pensar que não sejam viáveis para uma pessoa cega, mas que de fato são.
As crianças e jovens com deficiência visual precisam ter em "quem se mirar profissionalmente".
Com isso quero dizer que pessoas que ficam cegas e mesmo que nasceram cegas precisam poder ter como objetivo profissões como a de médico, engenheiro, eletricista, enfermeiro, ator, carpinteiro e tudo mais que tiverem vontade de ser e desenvolver habilidade para o serem.
Ninguém pode dizer que o outro não pode, embora possa dizer-lhe que pode, que tem potencial para o ser etc.
Não está na deficiência a incapacidade do indivíduo, mas na sociedade que impõem barreiras onde a deficiência, muitas vezes não passa de um limite insignificante.
Falar, no passado, que uma pessoa cega poderia usar um computador, lendo e escrevendo em fonte que a pessoa vidente, ou invisual, lesse era certamente motivo de ceticismo para alguns. Hoje, é uma realidade simplesmente natural.
Por isso, se alguém diz que fulano não pode porque não enxerga, antes de concordarmos, devemos perguntar:
Mas, que adequações foram feitas que contemplasse a necessidade laboral, educacional ou de lazer da pessoa? foram-lhe dadas as condições de o fazer?
Mais ainda, o fato de essa pessoa não conseguir, terá, mesmo , que ver com a razão de ela ser cega ou ter alguma outra deficiência?
A deficiência visual tem sido erroneamente culpabilizada de coisas que não lhe cabem.
Então, espero que conheçamos mais profissionais e que eles sejam bons em suas áreas, não por serem cegos, mas porque são bem preparados; espero que se encontrarmos pessoas que, não sendo bem sucedidas em suas profissões, que tal insucesso não seja generalizado para todas as pessoas com deficiência.
Abs.,
Prof. Francisco Lima, ( www.associadosdainclusao.com.br )
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