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Cão-guia: Um grande Amigo

por nmpbrasil

Que o cachorro é o melhor amigo do homem, todo mundo já sabe, mas ele pode ser muito mais que isso. O cachorro pode ser os olhos do dono. Um cachorro treinado para ser um cão-guia pode ajudar pessoas com problemas de visão a amenizar as barreiras e dificuldades encontradas no dia-a-dia.

Os cães-guias surgiram na Alemanha, no final da primeira guerra mundial, como uma alternativa de mobilidade para ajudar os soldados que voltaram cegos da guerra. Naquela época os Pastores Alemães eram os cães indicados para esse trabalho. Na década de 50, esse trabalho foi levado aos Estados Unidos e a raça Labrador Retriever começou a ser introduzido nos programas. No Brasil, só começou a surgir há cerca de 20 anos, os cães era treinados impíricamente por adestradores dedicados e alguns trazidos de outros países.

O cão-guia é de grande utilidade para os deficientes visuais, já que eles garantem autonomia, segurança e ainda os tornam mais sociáveis perante a sociedade. O cão-guia acaba com o rótulo de “coitadinho” do deficiente. A reação das pessoas é diferente de quando vêem um cego com um cão-guia e quando veêm com uma bengala. Além disso, esses cães dão mais indepêndencia e segurança aos deficientes, ajudando-os a andarem com mais tranquilidade, e fazer percursos maiores. Deficientes visuais que antes usavam bengalas e hoje utiliza o cão como seu guia, dizem que uma das maiores vantagens do cão-guia em relação à bengala, é a possibilidade de desviar de objetos acima do chão. Por exemplo, com a bengala eles não conseguem perceber a presença de um orelhão e podem acabar batendo com a cabeça, o cão-guia ajuda a livrar eles desses acidentes.

A falta de conhecimento das pessoas sobre o cão-guia ainda é um problema enfrentado pelos deficientes no dia-a-dia. As pessoas ainda não entendem que o cachorro não pode se distrair, e muitas se aproximam e querem brincar, mas o cão é um cão-guia e está trabalhando, por isso não pode ser distraído. Outras ficam com medo do cachorro entrar em lugares como supermercado e shopping, mas este é um direito garantido por lei. A lei federal 11.126, dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia. Essa informação deve ser passada para a sociedade, para acabar com o preconceito e a falta de informação com a finalidade de não prejudicar a atuação do animal.

Esses cães passam por avaliações periódicas e podem trabalhar até os 8 anos de idade, já que nessa idade o cachorro começa a perder a agilidade e os reflexos. Nesse momento o cão já não pode arcar mais com a responsabilidade de ser um cão-guia, mas pode ser um animal de estimação, e ainda assim ajudar na melhora da qualidade de vida do deficente.

Mas não é fácil, adestrar um cão. Demora de um ano e meio a dois anos e o custo é em média de R$ 25 mil por cachorro. Além do gasto com o cão, o dono também deverá passar por um treinamento, para aprender a acompanhar o cachorro. Infelizmente por se tratar de um serviço com um custo muito alto para os padrões brasileiro, poucas pessoas no Brasil têm acesso a esses cães.

Caio Henrique é um apaixonado por cães desde sempre. Vive com sua esposa, 2 filhos e 2 cães (Buldogue Inglês e um Labrador) no interior de São Paulo. Em nomes para cachorros ele escreve mais sobre paixão pelos cães e dicas de como cuidar melhor do seu cão a cada dia.

Comentários

Prezado Caio Henrique,

Excelente seu texto sobre Cão Guia.
Estou desenvolvendo Planejamento Estratégico à respeito deste tema.
Gostaria de trocar mais informações com você.
Aguardarei contatos.

Ps: minha família também adora cães: Boxer, Bulldog e Terrier Brasileiro

Cordialmente.

Marcos (DF)