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Veículos híbridos poderão ter "car tones"

por Lerparaver

Ruído do motor poderá ser personalizado, segundo o "New York Times"

Deu no "New York Times": da mesma forma como os celulares têm ring tones, não devem demorar a chegar ao mercado, a reboque dos veículos híbridos ou elétricos, os "car tones", ou seja, veículos com ruído personalizado do motor. Assim, já há empresas que pesquisam em estúdios de som e não em oficinas mecânicas o som ideal para o motor.

Especialistas em segurança, preocupados que os híbridos representem uma ameaça para pedestres (já houve até protesto da Federação de Cegos dos EUA), crianças e outros que não os escutem se aproximar, querem que os fabricantes de automóveis forneçam algum ruído desenvolvido digitalmente.

O Fisker Karma, um híbrido de R$ 150 mil que deverá estar à venda no próximo ano, vai produzir um som projetado por alto-falantes nos para-choques que o fundador da empresa, Henrik Fisker, descreve como "um cruzamento de nave espacial com carro de Fórmula 1".

Segundo a reportagem do jornal norte-americano, a Nissan também está consultando a indústria de cinema sobre sons que poderão ser emitidos por seu futuro veículo a bateria elétrica Leaf, enquanto a Toyota trabalha com a agência americana de segurança rodoviária, a Federação de Cegos dos EUA e a SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) em sons para veículos elétricos. "Uma possibilidade é escolher seu próprio ruído", diz Nathalie Bauters, porta-voz da BMW.

Fonte: http://www2.uol.com.br/interpressmotor/reportagem/item30205.shl

Comentários

Boa noite,

Este é realmente um problema que me tem preocupado, o perigo que constitui o facto dos carros eléctricos fazerem muito menos barulho. Actualmente já há carros que mal se detectam, mas com carros eléctricos ainda será mais complicado.

Acredito que mais tarde ou mais cedo este problema seja resolvido, mas preocupa-me o que acontecerá até lá, em especial, porque tudo indica que Portugal estará na linha da frente do uso destes meios de transporte, e ainda bem.

Sou a favor destes veículos, mas devem-se tomar medidas para evitar acidentes.

Fico contente ao ler esta notícia e constatar que os fabricantes começam a preocupar-se, mas nota-se que cada um optará por um som diferente, o que poderá ser um problema.

A meu ver a única forma para resolver este perigo, seria a existência de normas, provavelmente europeias, que impusesse que tais veículos fizessem algum barulho, e que esse som fosse padronizado.
Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Daniel,
Concordo consigo. Se os ruídos forem coisa muito diferente do que esperamos para um veículo, talvez não seja simples associá-los imediatamente a ele, especialmente se um tem som de nave espacial e outro de rugidos de tiranossauro. No limite, poderia confundir-nos e estarmos a imaginar que passamos de fronte a uma loja de jogos. Não sei. Talvez exagere o que não conheço. Mas de certo,, acharia muito bom que o som fosse padrão. De qualquer modo, o trâfego é muito barulhento e não desejo que se perca a oportunidade de que automóveis façam menos barulho. Curiosamente, acredito que com a diminuição do barulho, ouviremos muito mais do que ouvimos hoje. Mas a preocupação é, de fato, muito, muito pertinente.

Caro Luís,

Sim, concordo que os carros, pelo menos alguns, são bastante barulhentos, mas isso também depende muito do piso. Actualmente existem muitos carros que em cidade, em ruas alcatroadas já não fazem muito barulho. Se forem eléctricos, então em alcatrão, o barulho será mesmo muito baixo.

Concordo que se todos os carros fizessem menos barulho, o problema não seria grande, e que até se poderia ouvir outros sons. O problema é que nos próximos tempos não se prevê que os carros de combustão acabem, pelo que a coexistência de carros silenciosos e outros barulhentos pode ser realmente perigoso, visto que os carros normais dificultam a audição dos carros eléctricos.

Um outro problema, é que os carros eléctricos quando parados, não emitem qualquer som, o que pode ser um problema em algumas travessias, já que o carro até pode estar parado, mas arrancar a qualquer momento, e o cego não está de alerta, já que pode pensar que não há carro nenhum.
Mas vamos esperar que o problema seja solucionado, antes que realmente seja verdadeiramente um problema.
Abraço

Não tinha pensado nisso. De fato, a coexistência entre carros elétricos e à combustão não nos permitirá reduzir o som em demasia. Mas já que os sons estarão a ser emitidos por autofalantes, será que não podemos instalar um botãozinho de volume? Assim, quando mais carros elétricos fossem utilizados, poderíamos reduzir o barulho! Bem, estou a brincar, se cada um pudesse regular o volume e dependêssemos do gosto pessoal, lá se ia o padrão. Mas de fato, poderia ser este um parâmetro da regulagem do veículo. A ver dade é que temos de aguardar mesmo. Não consigo imaginar todas as implicações que isso pode ter. Sempre estivemos a falar da acessibilidade das vias, mas agora, falamos da acessibilidade dos veículos. Esta tal de acessibilidade é um molusco com muitos tentáculos.