Está aqui

Brasil - Lei possibilita aos deficientes visuais acesso à informação em terminais rodoviários

por Lerparaver

A partir de agora os portadores de deficiência visual em Mato Grosso do Sul, terão benefícios garantidos no que se refere à acessibilidade de informações relativas ao transporte coletivo. De autoria do deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), a lei nº 3.300 dispõe sobre a instalação de placas em braile contendo a relação das linhas de ônibus e seus itinerários nos terminais rodoviários do Estado, sendo sancionada pelo governador Zeca do PT na quinta-feira e publicada na nessa sexta-feira, dia 8 de dezembro, no Diário Oficial.

Apresentada pela primeira vez em junho de 2005 na Assembléia Legislativa, Picarelli diz que a lei serve para privilegiar àquelas pessoas que não enxergam, mas que lutam diariamente para aprender a sobreviver, sentindo-se como todas as outras pessoas que saem de casa e sabem sua localização sem que seja necessário estas dependerem de perguntas a pessoas desconhecidas que muitas vezes não estão prontas a ajudar.

“A lei teve parecer favorável por unanimidade da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e é um presente às pessoas portadoras de deficiência visual. Sabemos que os deficientes visuais há muito tempo necessitam de um maior respeito das autoridades governamentais e de políticas públicas para que sejam inseridos como cidadão dentro da sua própria cidade. Sendo assim, uma das formas de demonstrar respeito por estas pessoas que diariamente, apesar das suas limitações saem nas ruas, seja para estudar ou trabalhar, é facilitar os caminhos percorridos e deixá-los com uma sensação maior de liberdade para que não se sintam inferiorizadas diante de sua deficiência”, conclui o parlamentar, argumentando que, infelizmente, ainda existem inúmeros problemas cotidianos enfrentados por portadores de deficiência visual.

Instituto - A falta de espaço adequado e profissionais para a implementação de atividades que oferecessem aos deficientes visuais condições educacionais para a sua reabilitação, contribuíram sobremaneira para a criação do Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos).

A diretora-administrativa, Thelma Nante de Matos, que é portadora de deficiência visual, explica que o Instituto atende diariamente 180 pessoas há 49 anos, vindo a completar 50 anos no dia 4 de fevereiro de 2007. Segundo ela “o Ismac vem fazendo um trabalho maravilhoso de inclusão social. Para aqueles que vivem na escuridão, passar a mão numa placa e conseguir obter informações é muito importante. Essa é uma iniciativa que deveria ser implantada há mais tempo. É o reconhecimento da nossa independência. Uma iniciativa viável nas empresas, para que a gente possa se localizar, sem pedir informações. Nem sempre tem alguém por perto”, finaliza Thelma.

Conforme determinação, o governo deverá adotar as providências complementares para a execução da lei.

Leis – O deputado Picarelli é autor de outras leis voltados aos deficientes visuais. A lei nº 2.494, de julho de 2002, tornou obrigatória a implantação da grafia em braille nos painéis dos elevadores dos edifícios instalados em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de minimizar as inúmeras dificuldades que os cidadãos portadores de deficiência visual enfrentam em seu cotidiano.

Também tem a lei nº 1.904, de novembro de 98, que dispõe sobre a adaptação de listas de preços e cardápios em bares, lanchonetes, restaurantes e estabelecimentos similares, ao uso de deficientes visuais. E por fim, a lei nº 2.239, de junho de 2001, que dispõe sobre a adaptação de sistemas de telecomunicações e de informática a operação por deficientes visuais.

Fonte: http://www.agorams.com.br/index.php?ver=ler&id=92235

Nota: contribuição, via e-mail, de Pedro Afonso.

Comentários

Olá! Fico satisfeito de saber que não apenas as pessoas que convivem no dia-a-dia do deficiente visual, mais os políticos, estão tomando consciência de que os deficientes são pessoas normais e que tem direito a tudo que as pessoas que não possui nenhum tipo de deficiência tem.
Espero que continue assim, e conscequentemente os deficientes se tornem mais independentes, fazendo com que eles tenham uma vida normal, ou seja, igual as pessoas que não são deficiêntes

Sidarta

Sidarta

Esta lei além de nos dar maior autonomia, ainda nos trará acessibilidadee fará parte de um processo de inclusão haja visto que como todos os cidadãos teremos acesso à informação.

Boa tarde, nescessito de uma ajuda sua, se possível lhe agradeço!!!
Hoje tenho 24 anos e trabalho em uma confecção como vendedor. Mas minha verdadeira profissão é costureiro.
Á mais ou menos uns 8 ou 9 anos atrás sofri um pequeno acidente de adolescente, acidente o qual foi exclusivamente acontecido em meu olho esquerdo, o qual comprometeu seriamente minha visão esquerda, na época passei por rigorosos exames oftalmológicos, mas não houve grande satisfação na recuperação de minha visão.
E agora com o passar do tempo isso esta cada dia pior. hoje já nao consigo enxergar praticamente nada com o olho esquerdo. e tenho muitas dores de cabeça e sinto que meu olho direito também está sendo afetado.
E o caso é o seguinte algumas pessoas ja me disseram que poderia procurar o inss para pedir aposentadoria por deficiencia visual.
E gostaria de saber se realmente eu poderia ter este direito.
Por favor me ajudem com isso se possível.
Grato!!!
Diego