Que é ser deficiente

Olá Cristina!

Pois, é revoltante saber que os colegas, apercebendo-se de determinadas deficiências de outros, gozem com as pessoas.

Quanto à pessoa que estava aos gritos referida por ti, se ela tem condições para estar naquela escola (claro que vai passar por dificuldades como muita gente passa ultrapassando-as com mais ou menos dificuldade, conforme a reabilitação, integração e apoios prestados por quem de direito), caso contrário, em meu entender estamos perante um caso de pura discriminação por parte da própria escola, e não somente dos colegas de turma.

Tiago Duarte

Olá a todos.
Ana Cristina, é a primeira vez que comento o teu blog, no entanto, já tinha passado por cá.
Infelizmente ainda existe muita descriminação e isso não acontece só no Brasil, em Portugal também existe disso, porque as pessoas ainda não aprenderam a respeitar os outros, quer tenham uma deficiência ou não. Por vezes acham muito divertido gozar das limitações dos outros, tal como na situação que tu descreveste.
Eu detesto descriminação, porque acho que é um acto desumano e de completa cobardia. Em fim, temos de esperar que um dia as pessoas consigam finalmente compreender que uma pessoa que tem uma deficiência é igual aos outros, apenas tem uma limitação qualquer.
Parabéns pelo teu blog, Ana Cristina.

Cumprimentos
Ana Andrade

Oi Ana, oi amigos! Este texto que escreveste revela uma coisa que se torna cada vez mais escancarada: a sociedade não sabe lidar com a diferença.

Achar uma pessoa diferente é normal, afinal não somos tão iguais quanto pensávamos. Apenas somos iguais no que diz respeito ao direito à vida digna, ao direito de buscar a felicidade e algumas outras condições inerentes a qualquer ser humano. Pelo menos é assim que deve ser. Qualquer coisa fora desse ponto é utopia. Mas sabe-se lá como, a sociedade resolveu determinar que qualquer coisa fora de seus padrões é diferente, esquisita, estranha... Achar uma pessoa diferente de si é aceitável. O que não se pode tolerar é que, em razão dessa diferença, cometam-se barbaridades como a que você descreveu no seu texto.

Creio que todas as pessoas que por aqui passam são pessoas resolvidas consigo mesmas e com suas deficiências, ou estão caminhando para isso. Para nós, esses gestos que demonstram uma visão distorcida da realidade devem ser ignorados, pois sabemos que todas as pessoas possuem alguma deficiência. O que me preocupa é saber que ainda há uma imensa gama de pessoas enclausuradas em suas casas, sofrendo toda forma de discriminação, e o que é pior, convencendo-se de que a sociedade está certa ao dizer que uma pessoa com deficiência é coitadinha, incapaz, ou até malnascida, como diziam alguns. O que devemos fazer é tentar trazer essas pessoas para o mundo exterior, para um mundo que é cruel sim, mas também cheio de oportunidades. É claro que isso requer atitudes práticas, pois discursos são vãos. Isso significa fazer com que as pessoas com deficiências que estejam nessa situação se interessem em aprender alguma coisa para que possam ter a mesma oportunidade que estamos tendo nesse espaço.

Quanto à sociedade, esta tem de saber que a igualdade em todos os sentidos não existe, tem de conhecer e aceitar a diferença como algo que não é nem bom, nem ruim, simplesmente diferente! Cumprimentos. Michel

ola,sou mae de um menino cego ,e por enquanto no jardim de infancia nao noto qualquer tipo de discriminaçao!ate porque crianças de 3 anos nao tem maldade e é uma optima altura para aprender a lidar com a (diferença)a infancia de hoje será a sociedade de amanha,e é por ai que temos que começar a luta ...o que eu noto e tenho ate agora ignorado é o comportamento dos adultos face a cegueira,eles olham notam a diferença e fingem que nao viram,e quando os filhos perguntam eles nao sabem responder e mudam rapidamente de assunto...afinal quem é que é cego nesta história?
para mim acabou o ignorar estes (cegos) normo visuais,algum dia tinha que me saltar a tampa...foi o que aconteceu no outro dia numa clinica onde levo o meu filho para terapia ocupacional,pois ao ser cego congenito tem varias desordens no sistema vestibular e sensorial...nao é que a senhora doutora psicologa ao ouvir o filho dizer que o meu menino parecia diferente olhou para ele e fez que nao ouviu continuando a conversar com outra tb senhora doutora...a criança volta a repetir... mae ele parece diferente?continuando sem resposta da propria mae...respondi lhe eu...ele parece te diferente porque nao te consegue ver...com os olhos,mas se falares com ele ou lhe tocares devagarinho para lhe fazeres saber que aqui estas ele brinca contigo...entao ele tentou mas nao tendo a resposta esperada agarrou o e sacudiu o,assustando o bastante...a senhora doutora entao disse :ai sabe eu ainda nao lhe falei sobre as diferenças porque ele nao conhece ninguem assim...eu respondi que se calhar estava mais do que na hora de o fazer ,pois o filho dela ja conhece o meu a pelo menos 7 meses,e depois o conhecimento nao ocupa espaço...nao é que a senhora doutora disse me que da proxima vez tinha mos as duas uma conversa com o filho dela...isto é para rir ou quê?entao nao sabe falar com o proprio filho? desculpem o desabafo mas percebo perfeitamente a revolta de que falam a indignaçao perante todas essas situaçoes que acontecem diariamente na vida de, como eu gosto de lhes chamar crianças com necessidades educativas especiais...