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Cegueira tem solução

por Norberto Sousa

75% dos casos de cegueira poderiam ter sido prevenidos. Atualmente, existem tratamentos para evitar, amenizar e até curar as principais doenças oftalmológicas

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 75% dos casos de cegueira no mundo é proveniente de causas previsíveis ou tratáveis. A entidade ainda afirma, que a degeneração macular relacionada à idade, o diabetes, a catarata e o glaucoma são os principais causadores de deficiência visual.

Para conhecer um pouco mais sobre esses problemas relacionados à visão, a repostagem do Diário da Manhã fez uma visita à Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog) – instituição sem fins lucrativos que é referência no País e que está localizada em Goiânia. No local existem pessoas de todas as partes do Estado, em busca de um objetivo em comum, voltar a enxergar com qualidade. Pessoas animadas pelos resultados dos tratamentos, pacientes aflitos na esperança de recuperarem a visão e vítimas de doenças da visão com histórias semelhantes.

Reprodução

No decorrer da visita, a equipe destacou a presença da enfermeira, Maria das Graças, 55 anos. Ela é mais uma vítima do glaucoma e veio à fundação para buscar uma solução, pois enxerga 55% do olho esquerdo e 45% do olho direito, conforme o resultado dos exames iniciais. A enfermeira disse emocionada, que sonha recuperar a qualidade na visão, e por isso, veio em busca de tratamento médico na instituição de saúde. “Eu vim até aqui para tentar pelo menos estabilizar minha situação. Eu tenho muito medo de ficar cega!”

Logo em seguida, conhecemos Danyella Sales (30 anos) que foi acometida pela ceratocone, que é caracterizada pelo abaulamento da córnea no formato de um cone, o que acarreta em um afinamento progressivo da porção central da córnea. Danyella sentiu os primeiros sintomas na sua adolescência, aos 16 anos de idade, mas achava normal a sua visão de apenas 60% de qualidade. Quando os sintomas pioraram, a paciente decidiu procurar ajuda, quando já tinha 20 anos de idade. Nessa época, viu que seu problema não era simples como imaginava, foi submetida a uma cirurgia corretiva, primeiro de um olho, dois anos depois, o outro olho foi operado.

Dez anos se passaram desde o primeiro procedimento cirúrgico de Danyella. Os retornos ao hospital são feitos semestralmente, porém, com sorriso estampado no rosto. Danyella recuperou a qualidade visual que antes era de 60% e passou a ter os atuais 99% de capacidade. E com alegria afirmou: “a qualidade aqui é de 100%. O meu tratamento foi feito pelo SUS e não tenho nada a reclamar, esperei bastante, mas valeu a pena. Glória a Deus!”

SITUAÇÕES REVERTIDAS

Em entrevista, feita pelo Diário da Manhã, com a diretora da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog), Luciene Barbosa, afirmou, que esses principais casos são passíveis de tratamento e que podem ser revertidos, retardados e amenizados. Mas, por desinformação, muitas pessoas perdem a visão por não procurarem o tratamento médico.

A diretora diz que a unidade de saúde possui equipamentos de última tecnologia, e que em breve chegará à unidade um aparelho que vai possibilitar a intervenção cirúrgica a laser em pacientes acometidos de catarata. “Este equipamento já adquirido e em breve chegará a nossa unidade. Ele vai proporcionar maior segurança ao paciente”. Quando questionada sobre as condições oferecidas pela instituição, Luciene enfatizou: “A Fubog hoje tem condição de tratar todos os casos de doenças oculares. Temos capacidade profissional e tecnológica para tratar grande parte das doenças oftalmológicas. Apenas o tratamento de algum tumor que necessite de radioterapia ou quimioterapia que não é feito aqui, aí temos que encaminhar. O restante, nós conseguimos resolver aqui, tanto do ponto de vista clínico, quanto do ponto de vista cirúrgico”.

A fundação atualmente fornece diversos tipos de procedimentos cirúrgicos, além de serviços de reabilitação da visão e tratamentos de prevenção com altos índices de melhorias por parte dos pacientes.

"A Fubog hoje tem condição de tratar todos os casos de doenças oculares. Temos capacidade profissional e tecnológica para tratar grande parte das doenças oftalmológicas”

Luciene Barbosa,diretora da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog

Fonte:
http://www.dm.com.br/texto/172958