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Brasil: UniCEUB lança cartilha com alerta sobre doenças transmitidas pelos pombos

por Norberto Sousa

Alimentar as aves ajuda na proliferação desenfreada. Riscos à saúde humana incluem diarreia, febre, alergias respiratórias e até cegueira

Eles podem ser vistos em várias partes de Brasília, mas a concentração está na Praça dos Três Poderes. No local existe uma área desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, de 20 metros de altura, que ainda é monumento tombado, ou seja, não pode sofrer qualquer intervenção. E é nela que os pombos fazem ninhos e cada vez mais proliferam. Essas aves são classificadas como animais sinantrópicos: adaptaram-se a viver junto ao homem, mas transmitem inúmeras doenças. São vetores tão graves nas grandes cidades tanto quanto os ratos, por exemplo.

Alimentá-los não lhes faz bem. A frase faz parte do slogan da cartilha produzida pelo Projeto de Extensão em Gestão Ambiental do UniCEUB. No material há informações do plano de ação de controle de animais sinantrópicos, chamando a atenção para a responsabilidade de cada cidadão em relação às aves: ‘Pombos podem trazer riscos para você’. De acordo com o presidente da Comissão de Gestão Ambiental, Carlos Alberto da Cruz Júnior, a cartilha traz orientações sobre como colaborar com a Lei Distrital 2095/98.

“A lei regula a necessidade de controle de animais que possam portar ou transmitir zoonoses em todos os tipos de edificações. Alertamos para os cuidados de não alimentar as aves, não deixar alimentos disponíveis em locais onde elas tenham consigam chegar, e evitar que os pombos tenham acesso a lugares onde possam fazer ninhos e se abrigar”, explicou o professor.

De acordo com a cartilha, nas cidades os pombos vivem, em média, de 3 a 5 anos, e reproduzem-se o ano inteiro em função da grande oferta de alimento. A cada postura a fêmea coloca pelo menos dois ovos. No ambiente natural, as aves chegam a viver até 15 anos, e se alimentam de sementes, plantas, e pequenos insetos.

“O controle da superpopulação desses animais é importante para a saúde pública. Os pombos são transmissores de doenças como diarreia, febre, doenças de pele, alergias respiratórias, cegueira, infecções, e carregam piolhos, ácaros e carrapatos”, alertou Carlos Alberto.

No ano passado, a estimativa era que, no DF, havia pelo menos dois milhões dessas aves. Os pombos são originários da África, Ásia e Europa, e chegaram ao Brasil na época da colonização, como bichos de estimação.

Fonte:
http://www.segs.com.br/saude/107-saude-c/2099-uniceub-lanca-cartilha-com...