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Brasil - Codecon fiscaliza acessibilidade em agências bancárias

por Norberto Sousa

de Defesa do Consumidor (Codecon), vinculada à Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), realiza, durante a semana, operação de fiscalização em agências bancárias da cidade. A ação, que atende à solicitação do Ministério Público, verifica a presença de equipamentos de acessibilidade dentro dos estabelecimentos.

Desde a segunda-feira (23), os fiscais já emitiram três notificações em 14 agências fiscalizadas, todas relacionadas ao descumprimento das normas de acessibilidade. O trabalho deve continuar até a próxima sexta-feira (27).

A solicitação do Ministério Público partiu de denúncias de descumprimento do Decreto Federal 5.296/04, que regulamenta a acessibilidade de pessoas com deficiência a empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras. “São os bancos públicos que merecem uma atenção maior, já que os bancos privados parecem estar mais adaptados às normas de acessibilidade”, explica Gustavo Mercês, fiscal da Codecon.

Problemas
Os fiscais verificam principalmente a identificação visual, o piso tátil (específico para pessoas com deficiência visual), o acesso pela porta lateral, elevadores e rampas de acesso às agências. Em duas agências da Caixa visitadas na terça-feira (24) – nas Mercês e na Calçada –, as unidades passam por reformas, que incluem a instalação dos equipamentos apontados pelos fiscais.

“Aguardamos apenas a instalação do elevador, para que todos utilizem dos serviços no mesmo local, e isso leva um pouco de tempo. Em nossa agência, por exemplo, devido ao tamanho e idade do prédio, foi necessária uma licitação específica, o que atrasou o nosso processo”, revela Henrique Garcia De La Torre, gerente de atendimento da agência Mercês.

No bairro da Calçada, os problemas parecem ser maiores. O estacionamento reservado permanece trancado com cadeado e corrente durante todo o dia. No setor de caixas eletrônicos, falta o piso tátil e, dentro da agência, a identificação visual ainda passa por mudanças. “Tudo isso já vai ser resolvido na reforma que estamos fazendo nesse momento”, conta Márcio Bastos, gerente-geral da agência da Calçada.

Os principais beneficiados agradecem. “Quando acompanhamos nosso pai em alguma agência, sempre pensamos nos problemas que ele pode ter no acesso aos caixas e outros serviços”, conta a aposentada Vera Marinho que, junto ao irmão Celso, acompanhava o pai, que utilizava uma bengala como apoio para andar.
“Todas as agências deveriam fazer isso, porque se os idosos e cadeirantes, além dos cegos e portadores de outras deficiências, já passam por dificuldades diariamente. Um serviço como este pode melhorar a vida de todos”, finaliza Celso Marinho.

Fonte:
http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=113187
Publicada: 25/04/2012 17:48| Atualizada: 25/04/2012 17:46