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Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários - blog de Francisco Lima

Dia internacional das pessoas com deficiência

por Francisco Lima

Dia internacional das pessoas com deficiência
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_internacional_das_pessoas_com_defici%C3...

Comentário:
Na busca de fazer a Sociedade, em geral, a Universidade Federal de Pernambuco e o Centro de Educação dessa Universidade, em particular, atentarem para as questões de acessibilidade e de Barreiras Atitudinais perpetradas no seio de nossa Sociedade, portanto, também da Universidade, de hoje até dia 03 de dezembro estarei trazendo as principais situações, ou pontos de falta de acessibilidade que grassam a UFPE e muitos outros espaços empregadores da pessoa com deficiência. Serão 20 itens por dia e no dia 03, mais de cem.
Convido a todos que lerem que divulguem em suas redes sociais, que comentem e que façam chegar a mais pessoas esta mensagem. Apenas com a livre expressão que faremos frente à censura e à exclusão.
Francisco Lima

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_internacional_das_pessoas_com_defici%C3...)

O dia internacional das pessoas com deficiência (3 de dezembro) é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, econômica e cultural. A cada ano o tema deste dia é baseado no objetivo do exercício pleno dos direitos humanos e da participação na sociedade, estabele (otrabalhador)cido pelo Programa Mundial de Ação a respeito das pessoas com deficiência, adotado pela Assembleia Geral da ONU em 1982.

03 de dezembro de 2006: dia da E-acessibilidade
O acesso às tecnologias de informação e de comunicação cria oportunidades a todos na sociedade, mas principalmente para pessoas com deficiência, pois nesse meio desaparecem as barreiras sociais geradas pelo preconceito, pela infraestrutura, e pelos formatos inacessíveis que impedem a participação. Quando disponível a todos, tecnologias da informação permitem que as pessoas alcancem seu potencial pleno, e permitem que pessoas com deficiência contribuam para o desenvolvimento da sociedade. No primeiro encontro mundial sobre a sociedade da informação, em 2003, os governos expressaram seu compromisso de construir uma sociedade da informação inclusiva, centrada na pessoa e voltada para o desenvolvimento, onde todos pudessem criar, acessar, utilizar e compartilhar informação e conhecimento. Apesar desta visão, muitas pessoas com deficiência permanecem impossibilitadas de utilizar os recursos da Internet plenamente, já que a grande maioria dos websites' continuam inacessíveis a quem tenha impedimentos visuais, cuja navegação é altamente dependente do uso do rato (mouse), e os cursos para iniciar pessoas ao uso da Internet nem sempre são de acessíveis a todos. Tendo em conta que as pessoas com deficiência fazem parte das mais discriminadas na sociedade, muitas não têm acesso às tecnologias de informação. Mesmo aquelas com acesso não podem utilizá-las de forma eficaz, porque o equipamento adaptável disponível não acompanha o ritmo das inovações. Em nível internacional, os padrões de acessibilidade dos websites estão sendo desenvolvidos. Uma vez adotados e ratificados, a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência exigirá das entidades que assegurem que as pessoas com deficiência possam alcançar tecnologias de informação.
Fazer tecnologias de informação acessíveis a todos não é somente uma matéria de direitos humanos, pois também gera bons negócios. Os estudos sugerem que os websites acessíveis aparecem melhor cotados nos rankings dos motores de busca e podem reduzir custos de manutenção. Permitem também a companhias o acesso a uma maior banco de dados de clientes. Muitos websites, entretanto, permanecem inacessíveis para pessoas com deficiência visual. Um estudo recente realizado no Reino Unido mostrou que cerca de três quartos dos sites comerciais não conseguiram níveis básicos de acessibilidade. O tema de 2006 para o dia internacional das pessoas com deficiência é acessibilidade às tecnologias de informação, e o dia será chamado de dia da E-Acessibilidade. As Nações Unidas têm como objetivo enfatizar os benefícios significativos que a acessibilidade pode trazer tanto para pessoas com deficiência quanto para a sociedade e divulgar isso entre os governos, as empresas e o público em geral.
[editar]Temas de anos anteriores
2005: “Direitos das pessoas com deficiência: Ação em Desenvolvimento”
2004: “Nada sobre nós sem nós”
2003: “Uma voz nossa”
2002: “Vida autônoma e existência sustentável”
2001: “Participação plena e igualdade: A chamada para novas abordagens para avaliar progresso e resultados.”
2000: “Fazendo tecnologias da informação funcionar para todos”
1999: “Accessibilidade para todos em um novo milênio”
1998: “Arte, cultura e vida autônoma”

“Dr.Francisco José de Lima, 48 anos, professor efetivo na Universidade Federal de Pernambuco, pessoa cega em decorrência de glaucoma congênito vem, para todos os efeitos legais, denunciar:

1. Que, em seu trabalho, as atividades são feitas, na maior parte do tempo, na posição sentada, uma vez que precisa do computador para ler, em áudio todas as informações, inclusive aquelas que as pessoas que enxergam podem ler em pé, ou mesmo, andando, quando disponíveis em papel;

2. Que seu posto de trabalho, porém, não está adequadamente adaptado para esta posição, uma vez que não lhe é oferecido mobília com assentos e braços, com alturas ajustáveis, características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento, borda frontal arredondada, encosto com forma levemente adaptada ao corpo, para proteção da região lombar;

3- Que, segundo as orientações de ergonomia, são necessários assentos para descanso, em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores, durante as pausas de suas tarefas, o que não acontece na Universidade Federal de Pernambuco, visto que pululam os espaços inacessíveis;

4- Que , segundo essas mesmas orientações, ao adaptar um posto de trabalho, este deve contemplar as normas de conforto e segurança, de modo a poder ser ocupado por diferentes trabalhadores, com diferentes biótipos e limitações físicas, sensoriais ou mentais, o que não acontece em seu posto de trabalho, uma vez que a cadeira é inadequada para seu biótipo;

5- Que não há rampas em seu prédio e que a plataforma ele (otrabalhador)vatória está quebrada há pelo menos 2 anos;

6- Que quando é exigido dos funcionários que carreguem manualmente cargas, ele (otrabalhador)s têm de fazê-lo pelas escadas, o que lhes compromete a saúde e segurança, uma vez que têm apenas elas para o fim de levar as cargas para cima ou para baixo do Centro de Educação ( CE/UFPE)

7- Que, muito embora as orientações de ergonomia, saúde e segurança no trabalho orientem que no transporte de cargas pesadas, o empregado deverá receber instruções satisfatórias e adequadas quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes, ele ouve dos funcionários que encontram problemas ao carregar cargas, pois no modo que precisam executar a ação reconhecem que não estão dentro das orientações de segurança aconselháveis para o trabalho;

8- Que os equipamentos, as condições ambientais, e a organização do trabalho, que compõem o seu posto de trabalho, não estão adequados às suas características psicofisiológicas e à natureza do trabalho que executa, o que não lhe proporciona boas condições de postura, audição e operacionalização de equipamentos.

Que faz uso de leitor de tela para o computador, sendo que precisa estar com fone de ouvidos o dia todo e que, no entanto, não tem fone adequado às condições de o usar por tão grande tempo, sem se colocar em situação de risco de saúde, obviamente porque tendo de fazer uso do fone de ouvido por longas horas, esse uso causa-lhe mal a audição;

9- Que o computador não tem bons autofalantes exigindo-lhe muito mais a atenção e colocando-lhe na situação de incomodar terceiros quando estes estão presentes e ele (otrabalhador) precisa fazer uso do leitor de telas, com som externo mais alto;

10- Que ele (otrabalhador) sabe que a saúde do trabalhador, sua segurança, seu bem-estar etc, estão mais relacionados às condições de qualidade de vida, saúde e segurança no trabalho, do que a uma deficiência temporária ou permanente que o afete;

Que, no entanto, sob as condições de trabalho que lhe são impostas, é provável que venha a desenvolver outras limitações quiçá de ordem física e mesmo auditiva , caso não lhe sejam oferecidas as condições de saúde, segurança e qualidade no trabalho;
11-
12- Que, no seu caso, assim como no de todos os usuários de leitores de telas, a saúde no trabalho implicaria, entre outros aspectos em ter bons fones de ouvido com abafadores de ruído, caixas de som estéreo com qualidade e boa amplificação, desktop/notebook com placa de som de muito boa qualidade, teclado e cadeira ergonômicos, já que lhe é necessário ficar mais tempo sentado para fazer atividades que outros podem fazer em pé e que precisa fazer muito mais uso do teclado que outros com o teclado e mouse juntos;

13- Que como usa equipamentos no processamento eletrônico (computador), a ausência de bons terminais de áudio (caixas de som, fones de ouvido), os quais possam ser ajustados quanto ao volume dos autofalantes , pressão dos fones etc, ele (otrabalhador) fica prejudicado sensorial, mental e fisicamente, posto

que lhe é exigido gasto de energia superior aos que regularmente seria exigido aos que , por exemplo, fazem uso do monitor para ler seus trabalhos e do teclado e mouse para escrevê-los;

Que precisa de equipamentos e softwares específicos para a leitura de tela de computador, pois, como é sabido na ergonomia , na saúde e segurança no trabalho, o conforto e a saúde da audição dependem de ajustes pessoais, mas também de adequações técnicas, como as estabele (otrabalhador)cidas em normas técnicas;

Que conforme orienta a ergonomia é necessário que todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho estejam adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado;

Que, portanto, para um trabalhador com deficiência visual o posto de trabalho deve, na medida do possível, evitar ruídos que dificultem, limitem ou impeçam a atuação laboral do trabalhador;

Que a ausência desses recursos, equipamentos e serviços colocam-no (e aos trabalhadores com deficiência visual) numa situação de desigualdade das condições laborais, de oportunidades no trabalho e lhe impõe danos morais , uma vez que lhe faz sentir na posição indigna e degradante perante seus pares e, muitas vezes, perante terceiros;

Que a universidade não pode alegar que não sabe que a melhor qualidade de vida no trabalho (com saúde, segurança e conforto) proporcionada ao trabalhador, implica em maior retorno ao investimento feito pelo empregador, uma vez que é ela que forma na área de engenharia, ergonomia, administração, psicologia , medicina do trabalho e tantas outras áreas;

que muitos dos professores dessas disciplinas fazem ou fizeram parte dos postos administrativos da universidade;

que são eles os responsáveis diretos ou indiretos pelas condições laborais de professores, de funcionários a que eles chefiam, coordenam ou dirigem;