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O papel das asociações na formação profissional

por António Marciel
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Será que as asociações estão a dar formação profissional adequada aos deficiêntes invisuais?

Aqui gostava de obter algumas respostas.

Olá, António Marciel!

As associações são muito importantes!
A Formação profissional, também!
Mas...
Não participo no movimento associativo, portanto tenho é que ficar caladinha!
Mal ou bem, existem pessoas que tentam fazer o seu melhor! Se não participo, nem para o bem , nem para o mal, também não posso comentar nada! Para poder criticar e normalmente as críticas são quase sempre negativas, é necessário criticar e em seguida apresentar a solução para a melhoria do que acho estar mal!
Em relação à formação profissional, podia ser melhor!
Aqui, sim! Posso apontar pelo menos uma solução, que acho, pertinente!
Por exemplo, na região de Lisboa, existindo, a ACAPO e algumas instituições, todas estas a dar Formação Profissional, referindo que, a formação profissional recai no mesmo tipo de cursos.
Uma das soluções é:
A união de todos, aproveitando os espaços físicos, e, então um dos espaços seria para formação e outros para dar seguimento ao que se aprende nos cursos.
Criando projectos de trabalho protegido.
Por mim, a frequência nos cursos, é para receber a bolsa, mas não só!
É para aprender, participar, desenvolver-me como ser humano que sou, e encontrar alguma realização pessoal. E o convívio? É tão importante!
Para terminar, o papel das associações é importantíssimo! É necessário!
É bom! mas, com um pouco mais de empenho de todos, podia ser melhor!
Quando falo de todos, falo, dos portadores da deficiência; estes são os principais interessados; falo também do interesse dos técnicos que nos acompanham e orientam.
Nos dias de hoje, existe muita competição em todas as áreas da sociedade!
Mas, eu , por mim digo:
Competição?! Não!!!!
Cooperação?! Sim!!! Venha ela!
Espero comentários de todos!
Quem sabe, debatendo este tema e em cooperação, possamos encontrar juntos, melhorias para o que já existe!

Cumprimentos
Isabel Cardoso

ISABEL NÃO SOU CONTRA AS ASSOCIAÇÕES NEM CONTRA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL!

E MUITO MENOS CONTRA AS PESSOAS QUE DÃO O SEU MELHOR PARA NOS AJUDAR, NO DIA A DIA.
QUANTO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL OLHA TENS RAZÃO PODIA SER MELHOR.

maciel

Olá, António!

Não entendi que fosses contra nada!
Quando me referi à minha não participação nos movimentos associativos, apenas quis justificar o porquê de não falar sobre elas.
Por vezes, estamos a construir o raciocínio, escrevemos ou falamos e esquecemo-nos que quem está por receptor, não está dentro de tudo que nos vai no pensamento.
Peço desculpa, mas não foi com qualquer intenção, nem sequer pensei nisso.
O meu objectivo foi simplesmente participar e colaborar contigo.
Li a tua proposta, imediatamente comecei a reflectir e em seguida desatei a escrever.
Estou desculpada? e compreendeste-me? Lol
Sou muito espontânea, e por vezes sou mal interpretada!
Beijinhos
Isabel Cardoso

MAS ISABEL CLARO QUE ESTÁS DESCULPADA!
E NÃO FIQUES CALADINHA!
OLHA E APROVEITO PARA TE DIZER QUE TENHO GOSTADO DE TUDO QUE TENS ESCRITO!
COMPRIMENTOS MARCIEL.

maciel

Olá.

Ninguém tem dúvida que para nós deficientes, um dos bens mais preciosos é o trabalho. É através do nosso emprego que nos pudemos sentir úteis, que nos podemos sentir realizados, que nos podemos superar, no fundo, é através do trabalho que nos sentimos mais integrados.
Felizmente, nunca experimentei a sensação de estar desempregado, ou de estar em casa sem fazer nada, mas acredito que no dia em que isso acontecer para mim será um desespero enorme, e, estando consciente que isso me pode acontecer, como aliás pode acontecer a qualquer um de nós, estou solidário com todos aqueles que neste momento procuram um trabalho, para se sentirem mais úteis, mais válidos, mais capazes, mais integrados na nossa sociedade.
Nesse sentido, obviamente que a formação profissional deve ser uma das principais, senão a principal valência de uma associação de deficientes.
Mas, cuidado. A formação tem de assentar em vários pressupostos de rigor, exigência e muito critério na forma como depois se colocam os formandos no mercado de trabalho.
Ou seja, não pode existir formação só para a instituição obter receitas, nem nunca pode haver a ideia que para o formando, a formação será apenas para ganhar um sustento no final do mês.
Para a instituição a formação será um instrumento que a mesma deve utilizar para potenciar as capacidades dos formandos, e para dar junto da opinião pública uma imagem positiva dos deficientes, mostrando que, mesmo com a sua deficiência, as pessoas podem exercer uma actividade profissional da mesma forma que os outros seus concidadãos.
Para o formando, um curso de formação profissional deve ser o início de uma nova vida. Ele deve agarrar com as duas mãos as portas que se abrirem com esse curso, e deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance, para conseguir tirar o máximo partido possível do curso.
Se, através desse curso, o formando conseguir encontrar um trabalho durante vários anos, é obviamente o ideal. Mas, mesmo que isso não aconteça cabe ao formando não fechar as portas, e aproveitar essa oportunidade para quem sabe poder semear para colher mais tarde.
Esta é a perspectiva genérica que eu tenho sobre a formação profissional, claro está que muito mais haveria para dizer, mas para já fico-me por aqui.
+Filipe Azevedo

+Filipe Azevedo