Brasília - Estudo feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostra que 90% das pessoas atingidas pela cegueira no país são de baixa renda. Do total de 1,2 milhão de cegos hoje existentes no Brasil, a grande maioria, em está na população mais pobre do país.
" A cegueira reversível tem como exemplo típico a catarata. Uma vez operado, o indivíduo volta a enxergar e está curado. Se descoberta a tempo e for instituído um tratamento precoce, a pessoa não vai à cegueira. "
- Isso se deve à falta de recursos adequados no setor público, embora tenhamos que reconhecer que há um esforço grande das autoridades para que esse recurso aumente - disse o presidente do 34º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, Marcos Ávila.
O encontro, que começou nesta segunda-feira em Brasília, discute avanços nas cirurgias e causas da cegueira no Brasil. Segundo Ávila, serão apresentadas medidas para diminuir o problema.
O coordenador do congresso lembrou que outro ponto a ser discutido e que leva ao aumento do número de casos é a falta de informação.
- As pessoas não sabem que existem doenças que causam cegueira irreversível. Elas podem ser plenamente tratadas antes que a cegueira esteja instalada - afirmou.
As maiores causas da cegueira são catarata, glaucoma e retinopatia diabética.
- Existem dois tipos de cegueira. A irreversível, a visão não volta mais e ela poderia ser prevenida. O exemplo disso é o glaucoma e a retinopatia diabética.
A cegueira reversível tem como exemplo típico a catarata. Uma vez operado, o indivíduo volta a enxergar e está curado. Se descoberta a tempo e for instituído um tratamento precoce, a pessoa não vai à cegueira - explicou.
Ávila disse que é preciso conscientizar a população sobre as doenças oftalmológicas:
- Nós precisamos de uma campanha grande de esclarecimento para que as pessoas possam saber se estão sujeita a ficar cegas. Dou como exemplos o glaucoma e a retinopatia diabética. Precisa haver uma campanha de conscientização que chegue ao público.
O congresso vai até quinta-feira. Hoje, os oftalmologistas vão se encontrar com o vice-presidente da República, José Alencar, e com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Clara Mousinho - Agência Brasil
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