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Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários - blog de Francisco Lima

Algumas palavras sobre áudio-descrição por Dr. Joel Snyder (Venha conhecer este grande formador no #Enades-2016)

por Francisco Lima

Algumas palavras sobre áudio-descrição por Dr. Joel Snyder
Audio Description Associates, LLC – USA
Audio Description Project / American Council of the Blind – USA

Obs.: Dr. Snyder apoia o II Encontro Nacional de Áudio-descrição em Estudo e ministrará curso de formação no Enades 2016. Confira em www.enades.com.br e aproveite para fazer o curso com este grande professor da Audio Description Associates, LLC, por apenas R$300,00.

Dr. Joel Snyder, Presidente do Audio Description Associates, USA
www.audiodescribe.com;
Diretor do Audio Description Project, American Council of the Blind, USA
www.acb.org/adp

jsnyder@audiodescribe.com; jsnyder@acb.org, Skype: jsnyder42 Conta:

Contextualidade
“A áudio-descrição (A-D) torna as imagens visuais do teatro, mídia e museus acessíveis a pessoas com deficiência visual ou com baixa visão. Tradução verbal do visual, a áudio-descrição envolve palavras sucintas, vívidas e imaginativas comunicadas através de vários meios nos intervalos entre os diálogos e elementos sonoros cruciais. Ela possibilita o acesso à programação aos clientes com deficiência visual e pode tornar os elementos mais significativos para todos.

A A-D foi desenvolvida como uma técnica de acessibilidade nos anos 1960 e 1970 e o primeiro serviço contínuo de áudio-descrição para teatro ao vivo do mundo teve início nos Estados Unidos em Washington, DC no Arena Stage em 1981— Eu fui parte daquele serviço, o qual está agora disponível nas artes cênicas e nos museus, na televisão e filmes por todo o mundo (Eu escrevi e fiz a locução de vários dos primeiros programas de televisão descritos para o Public Broadcasting Service, com sede nos Estados Unidos e WGBH em 1985).

A áudio-descrição é mundialmente objeto de estudo acadêmico, principalmente como parte dos programas de estudos tradutórios— é considerada uma forma de “tradução audiovisual” semelhante às legendas ofertadas às pessoas com deficiência auditiva. Como é possível notar, a partir de minhas informações bio/lista de clientes list/c.v conduzi workshops, ensinei, apresentei trabalhos, ou dei palestras em muitas conferências em diversos programas mundo afora – em mais de 35 países: recentemente, apresentei workshops em Sydney, Istanbul, Shangai e para a World Blind Union em Genebra, como também treinei áudio-descritores no Brasil (em Maceió e São, Paulo, na Itália e na Espanha na Universitat Autonoma de Barcelona, onde doutorei-me em tradução audiovisual. Produzo áudio-descrição para filmes e seriados transmitidos nacionalmente incluindo “Vila Sésamo”, na programação, e em DVD. Além disso, o meu trabalho de áudio-descrição (e voz) são parte da trilha sonora acessada por audiências com deficiência visual nas telas do cinema para dezenas de filmes em longa metragem.

Curso de áudio-descrição

Venho propor um curso sobre áudio-descrição e acesso às artes, num esforço conjunto ao II Encontro Nacional de Áudio-descrição em Estudo.
Minha participação envolverá:
- Uma apresentação palestra na abertura do Enades 2016 e um curso de formação de áudio-descritores e consultores em áudio-descrição, com 20, horas a ser oferecido de 03 a 07 de Maio, durante o II Encontro Nacional de Áudio-descrição em Estudo.
Não sendo falante da Língua Portuguesa, contarei com um tradutor - (trabalhei com a assistência de um tradutor em vários países, incluindo a Rússia, Bulgária, Polônia e Turquia), sendo perfeitamente possível frequentarem o curso, aqueles estudantes que não falam Inglês.
Os 4 dias de curso compreenderão o seguinte material:

“ÁUDIO-DESCRIÇÃO (AD): O VISUAL FEITO VERBAL”

Estas três sessões têm o intuito de ser uma visão geral e treinamento prático com o que desenvolvi como “os quatro fundamentos” da áudio-descrição:

1) OBSERVAÇÃO No seu livro, "Seen/Unseen: A Guide to Active Seeing," o fotógrafo John Schaefer, cria a expressão "visual literacy." Schaefer refere-se à necessidade de “aumentar o nível de consciência e de tornar-se um vidente ativo.

2) EDIÇÃO Os áudio-descritores devem então editar ou selecionar o que eles vêem, selecionando o que é mais crítico para o entendimento e fruição de um evento.

3)LINGUGEM Transferimos tudo isso para palavras objetivas, vívidas, imaginativamente compostas palavras, frases e metáforas.

4) HABILIDADES VOCAIS Finalmente, além de construir competência verbal, o áudio-descritor (ou quem quer que faça a locução) desenvolve o instrumento vocal através do trabalho com a fala e fundamentos de interpretação oral.

Para os que já fizeram meu curso antes, o novo projeto estará ainda mais prático e completo, não percam!

Joel Snyder.