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Meu nome é Camila, estou cursando o ultimo ano da faculdade de arquitetura e urbanismo. E meu trabalho de conclusão de curso será sobre a arquitetura voltada para os deficientes visuais. Mas como eu não sou deficiente visual, estou tento muita dificuldade em desenvolver meu trabalho, porque me disseram que o olfato é muito aguçado. E gostaria de pedir ajuda para quem quiser me dar dicas sobre como é o dia a dia de um deficiente visual. Como funciona a memória sensorial. Quais as melhores dicas que poderiam me dar.
Agradeço a ajuda, porque este trabalho esta me dando muitas alegrias.
Camila
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Resposta ao pedido
Olá Camila, estou disposta a ajudá-la com todo o prazer. O dia-a-dia de uma pessoa com deficiência é semelhante ao de outra pessoa qualquer, havendo apenas a necessidade de superar algumas barreiras e alguns obstáculos. Para isso, nós os cegos usamos os outros sentidos, sobretudo a audição e o olfacto, como também o tacto, fundamental à nossa vida. A audição e o olfacto ajudam-nos na nossa mobilidade, uma vez que nos permitem identificaros lugares onde nos deslocamos e alguns potenciais obstáculos, daí a sua grande importância.
Se precisar da minha ajuda de forma mais específica, envie mail para madalena-ribeiro@hotmail.com, terei todo o gosto em lhe disponibilizar toda a informação possível. Obrigada pelo seu trabalho e pela sua preocupação com as pessoas com deficiência visual.
Madalena Ribeiro
Resposta ao seu pedido
Olá Camila
Se precisar de minha ajuda, também pode contar comigo, pois sou deficiente visual. Quem sabe posso te dar algum auxílio.
Meu e-mail: renato.alioti@gmail.com
Resposta ao pedido
Bom, há dois aspectos que precisam ser levados em conta. O primeiro deles é que a deficiência visual nunca atinge a todas as pessoas portadoras da mesma forma, o que significa que alguns terão mais facilidades em determinados assuntos do qe outros, e que alguns terão mais sensibilidades em determinados sentidos do que outros. Uns já podem estar acostumados com a deficiência e habilitados a usar todos os outros recursos para se orientarem, outros podem ainda estar descobrindo ou aprendendo o que fazer.
Portanto vá vivenciar com os deficientes, desenvolva métodos de pesquisa, analize o comportamento e peça ajuda ou pergunte ao maior número deles, mas não pela internet onde as coisas são cômodas (fáceis) e o grupo que a acessa representa uma menor parte do seu possível público alvo em qualquer projeto decente nessa área. Procure associações, conviva, observe, aprenda ... mas só faça isso quando tiver idéias bem definidas sobre o que quer fazer (continue lendo para entender de que eu estou falando).
O segundo aspecto é que um bom projeto deveria ser bem especificado e não algo vago como "Arquitetura para deficientes visuais". Isso me lembra aquelas pessoas que entram em fóruns de programação e postam algo como "Preciso de ajuda para desenvolver um programa de computador para matemática, o que eu faço?", e assunto "ajuda!".
Quando o mais correto para quem lê seria algo como "Estou precisando fazer uma implementação de cálculo diferencial em c++ em um programa de linha de comando, mas estou um pouco perdido na implementação do algorítimo X na classe Y. Alguém poderia me ajudar? O código do programa está postado abaixo, note que na função z eu tentei implementar esse algorítimo mas não funciona por alguma razão. Grato" e o assunto "Ajuda com implementação de algorítimo de cálculo em c++". Você há de concordar que com essa segunda mensagem é bem mais fácil para um leitor entender o que a pessoa quer e ajudá-la, já que as dificuldades estão bem apontadas e o projeto está perfeitamente descrito.
Depois disso também me coloco a sua disposição para qualquer ajuda, mas te aviso de que as coisas escritas por poucas pessoas não representam o comportamento vivenciado por muitas e diferentes pessoas.
Marlon
Parabéns Marlon!
Olá, Marlon!
Simplesmente, participo, para dar os meus parabéns pelo discurso que fez!
Ninguém se pode esquecer, que os cegos, antes de tudo, são pessoas!
Como tal, todo e qualquer um funciona de maneira diferente, no seu dia-a-dia!
Obrigada pela sua explicação tão prática!
Beijos e abraços
Isabel Cardoso
Olá!
Olá Camila! Gostei muito de seu projeto, pois sou deficiente visual e gosto de saber que pessoas como você estão se preocupando com os deficientes.
Se você poder me passar o seu email ficaria muito grato, pois não gosto de colocar meu email em sites da internet por questão de segurança.
Depois, nós trocamos informaçoes por email.
Grato
Sidarta
Agradecimento..
Olá Sidarta! Obrigada pela sua ajuda.
Estou tendo dificuldades em saber como deve ser projetada a arquitetura para um deficiente visual, já que vocês tem mais sensibilidade com o olfato e a audição. Se você puder me ajudar. Como vocês utilizam o olfato e audição no seu dia a dia? Como é a memória sensorial?
Aguardo o seu retorno.
meu email é cbr.camila@gmail.com
Desde já agradeço.
Camila
olá Camila ... gostaria muito de ajudá la ... por favor pelo e-m
Camila favor entrar em contato pelo e-mail: marcelosylva@uol.com.br