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Uma excelente notícia, neste contexto de aperto financeiro. Vamos lá todos trabalhar para aproveitar bem estes dinheiros. Esperemos que não fique na gaveta sem regulamentação.
Caro amigo, tem toda a razão. O entusiasmo fez-me esquecer que naturalmente muitas pessoas não conhecem esta máquina. Trata-se de um computador de mão para pessoas cegas, com uma linha braille de 18 ou 32 células e voz sintética em inglês. As dimensões são: 24 x 14 x 1,9 cm e o peso 812 gramas. O teclado pode ser de braille ou "qwerty" de alfabeto normal. O braillenote é muito portátil e permite muitas funções, entre as quais: escrever e ler notas, marcar compromissos e alertas, registar contactos, enviar e receber emails, ler páginas da internet, ouvir livros e música, ouvir rádio, fazerc álculos, e outras. É uma máquina bastante potente e que confere um elevado grau de independência ao seu utilizador. Espero que esta explicação ajude, se desejar pode escrever-me para o email rodrigues.aq@gmail.com.
Olá meu bom amigo Marco,
Quando fazes Alt D para ir para a barra de endereços, podes fazer Control C para copiar o endereço todo, e depois vais para o Word e colas lá o endereço com Control V. É mais rápido e não corres o risco de te enganares.
Que tal?
Abraços!
Viva,
Na verdade não fui muito claro no meu comentário. Quando falamos dos cegos, não incluímos ái geralmente as pessoas com baixa-visão. Devemos dizer então, para englobar este grupo, "pessoas cegas ou com baixa-visão", ou, em vez disso, "pessoas com deficiência visual". Há uma definição oficial para o grau de visão abaixo do qual uma pessoa é considerada legalmente cega. Só mais uma achega: as pessoas com baixa-visão são cerca de três vezes mais do que os cegos... mas são mais ignorados do que estes.
Aquilino Rodrigues
Cara Cristina trabazos,
Tenho experiência de trabalho com várias bibliotecas na área da deficiência visual, quer na produção de livros em braille quer na edição de audiolivros. Sugiro que consulte a secção de dowloads em www.electrosertec.pt, onde poderá encontrar na secção "Educação Especial", folhetos com soluções específicas para produção de audiolivros e centro de recursos para a deficiência visual.
Pode também falar com os responsáveis das áreas de deficiênia visual das seguintes bibliotecas:
- Biblioteca Nacional
- Biblioteca Pública Municipal do Porto
- Biblioteca D. Dinis, de Odivelas
- Biblioteca Municipal de Gaia.
Já agora, permita-me um cometário: actualmente considera-se mais correcto dizer "os cegos", ou "pessoas com deficiência visual", e não "os invisuais".
Boa sorte!
Aquilino Rodrigues
Polimorfismo, s. m. qualidade do que é polimorfo; propriedade que possuem diversas substâncias de se apresentarem sob muitas formas, sem mudarem de natureza; existência de diferentres tipos de indivíduos na mesma espécie.
A sociedade está em alvoroço com a descoberta deste novo conceito. A ideia explica-se em poucas palavras: imagine o leitor que é dirigente de uma associação sem fins lucrativos. A vida corre difícil, e os financiamentos escasseiam. Pegue num colega da Direcção e vão os dois criar uma empresa em nome da Associação, o que hoje se faz numa hora. Não precisa se preocupar com instalações, pessoal, impostos e contas para pagar. Tudo isso fica tranquilmente por conta da Associação, porque a nova empresa vai habitar dentro desta, usando os recursos generosamente colocados à disposicção. Clientes não faltarão, porque quem precisar de ajuda da associação virá bater-lhe à porta. "Sim nós podemos aconselhá-lo na escolha do seu frigorífico. Já agora, nós temos aqui uns frigoríficos de excelente qualidade!". Não tardará que a DECO adopte este sistema. Atenção, este conceito não deve ser confundido com o de "empresa-satélite". Como toda a gente sabe, um satélite gravita em torno do seu corpo anfitrião. Estamos aqui a falar de uma "empresa-larva", que vive dentro do seu casulo devorando avidamente os seus recursos, e beneficiando da protecção da casa-mãe. Apressem-se, pois, associações deste país, a aderir ao polimorfismo. APECs, APEDVs, ARPs, CPUCs e tantas outras: criem já a vossa empresa e partam em busca de oportunidades!
Viva,
No âmbito do meu trabalho tive que analisar o Magalhães do ponto de vista do aluno cego ou com baixa-visão. Há muito a dizer sobre isto, e tenho mais dúvidas do que certezas. Mas uma coisa é certa: este Magalhães é muito pouco amigável para quem não vê ou vê mal.
A pergunta que devemos fazer em primeiro lugar é: será que faz sendido adaptar o Magalhães a alunos cegos? Sendo uma máquina destinada ao primeiro ciclo, as suas dimensões e potência são muito reduzidas. Depois de instalar um leitor de ecrã o sistema ficou quase sem espaço em disco, e muito lento. Além disso, pasme-se, o Magalhães não tem tecla Windows nem tecla de aplicação. Será injusto dizer que foi todo ele (computador e softare) desenvolvido sem se pensar neste grupo de alunos, e agora à posteriori é que se tenta adaptá-lo?
No meu ponto de vista, e em consonância com as conclusões a que tenho chegado no âmbito do meu mestrado, adaptar o Magalhães não é a opção mais correcta. Mesmo que se obtenha algum sucesso, instalando um leitor de ecrã e optimizando a acessibilidade das aplicações, o resultado será sempre medíocre, porque toda a lógica de interacção com a máquina se baseia no uso da visão.
Seria mais correcto criar um painel de discussão com especialistas em educação especial na deficiência visual e nas tecnologias de apoio, e configurar uma máquina adequada. Se para um jovem cego, ou adulto, usar um leitor de ecrã pode ser uma experiência difícil e até frustrante, que dizer de uma criança com menos de 10 anos? Preconizo antes a instalação de um sistema em ambiente protegido, como o Guide, que, como o próprio nome diz, vai guiando o utilizador passo-a-passo até à obtenção dos resultados. É um software muito interessante, a lançar no terceiro trimestre deste ano em Portugal, e adequado para todos os iniciados ou intimidados com o computador. Outras soluções, incluem por exemplo, jogos específicos para pessaos cegas, baseados no som. O importante é que o computador seja uma ferramenta que ajude o aluno cego a atingir o mesmo grau de satisfação e de realização que os seus colegas. Mesmo que o faça de outra forma. Não é isso afinal que se passa com o sistema Braille?