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Comentários efectuados por Norberto Sousa
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Olá Milton
Antes de mais deixe-me dar-lhe os parabéns pela iniciativa. Realmente o Braille merece todo o empenho para que volte a ter a importância que teve noutros tempos. Os cegos deviam aprender o Braille o mais cedo possível e dedicar-lhe o tempo necessário para lerem com a fluência de leitura equivalente à dos normo-visuais. Na minha opinião, um cego que não saiba Braille é um analfabeto!
Quanto ao seu projecto propriamente dito, tem razão quando diz que cada deficiente visual tem uma determinada sensibilidade, mas é importante que se respeite os padrões existentes. De outro modo, um dia destes há para aí milhentas formas de disposição das células braille e ninguém se entende. De não esquecer que, pelo menos aqui em Portugal, havia uma representação Braille com os pontos mais próximos uns dos outros e consequentemente com células mais pequenas.
Em relação ao tamanho da linha, 40 células podem ser muito poucas para um leitor de Braille com muita fluência, mas uma eternidade para um leitor braille iniciante. Contudo, não me parece que uma linha com muito mais de 40 células seja uma boa aposta.
Portanto, o Milton terá de ponderar se quer desenvolver uma linha portátil ou uma linha fixa. No caso da primeira, convém que seja o mais leve possível e pequena. Sugeria os 32 caracteres, equivalentes a uma folha Braille. No caso da segunda isso não é tão importante, mas penso que nunca deveria ultrapassar os 50 caracteres, nem ser muito pesada para que pudesse ser transportada facilmente.
Relativamente ao design da linha, tenho mais facilidade em ler nas linhas côncavas, tipo a Braille Star.
Desejo o maior sucesso no seu projecto e estou disponível para mais esclarecimentos ou sugestões.
Cumprimentos
NSousa
Ora finalmente alguém a focar o ponto certo!
Não sei quem é o Boi Novo, mas de novo sobre estes assuntos parece não ter nada! Realmente parece-me que há muita gente por este mundo fora que, apesar da boa vontade e da preocupação para desenvolver algo para deficientes visuais ou para qualquer outra pessoa com limitações, devia dedicar-se um pouco mais à pesquisa antes de avançar nos projectos. Bem sei que é difícil descobrir tudo o que existe, mas há coisas básicas. Contudo, os docentes destes cursos também deviam ter um pouco mais de bom senso e não deixar os alunos fazerem o papelinho que por vezes fazem!
Relativamente "... diferenciada", que a Luciana escreve na introdução ao projecto, confesso que não percebi o que queria dizer com isso. Se ainda está a desenvolver este projecto, talvez fosse importante explicá-lo melhor para receber outro tipo de feedback.
Mas concordo com o Boi Novo, tudo o que é diferente chama a atenção. Neste momento, os softwares de voz que existem permitem, não só aceder a praticamente todas as funções de um telemóvel, mas também utilizar um telemóvel igual ao que qualquer pessoa utiliza. Neste sentido não me parece viável apostar na investigação deste tipo de produtos, a não ser para desenvolvê-los ainda mais.
A todas as pessoas que queiram desenvolver projectos para pessoas com deficiência deixo aqui um apelo, façam uma pré-investigação exaustiva sobre o que querem desenvolver; pensem muito bem se o produto final terá realmente utilidade para a pessoa com deficiência e se não será um passo atrás no caminho que se tem percorrido para a integração dos mesmos; e só depois avancem para os projectos.
Consultem os sites das empresas que encontram no Directório do Lerparaver e já terão uma vasta ideia dos produtos que existem para deficientes visuais!
Atenciosamente
NSousa
Olá Ana,
Obrigado pela disponibilidade.
De momento, os jogos que adaptei para português de Portugal ainda não estão acessíveis on-line, pois para isso precisaria de algumas permissões para o fazer.
Além disso, são necessárias uma série de configurações e de substituição de pastas para que os jogos fiquem em português de Portugal.
Cumprimentos
NSousa
Olá Angela
O homem sonha, a obra nasce. Realmente é interessante a sua ideia, mas antes de partir para uma investigação mais a sério, convém que reflicta sobre algumas questões:
1. Faz sentido desenvolver um rótulo com cheiro, quando cada produto já tem o seu próprio cheiro?
2. Será que o desenvolvimento de uma nova simbologia não vai confundir ainda mais processo de identificação dos produtos?
3. O que realmente é que uma pessoa cega procura num rótulo?
4. Esse sistema poderá ser mais eficaz e prático do que o Braille?
Posso dizer-lhe que por experiência própria, pois sou cego, adoraria ter acesso em braille a tudo o que está escrito na embalagem, mas como o espaço não comporta tudo, o rótulo apenas se pode restringir ao mais importante e, para mim, o mais importante é: a marca do produto, a definição do produto e a data de validade.
Sugiro-lhe ainda, e partindo do princípio que no seu curso não abordou, nem tem conhecimento voluntário deste tema, que leia a evolução da escrita Braille e dos códigos antecedentes para melhor perceber a dificuldade de implementação de novos métodos de leitura.
Não quero com isto desmotivála, mas temos que ser realistas.
Cumprimentos
NSousa
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