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Comentários efectuados por Filipecanelas

  • Filipecanelas comentou a entrada "Uma mudança de política na tarifa dois por um da CP" à 16 anos 2 meses atrás

    Marciel.

    Antes de mais muito obrigado por participares nesta discussão.
    Relativamente a esta tua mensagem permite-me dizer o seguinte.
    Se vais viajar acompanhado deves comprar o bilhete antes de entrar no comboio como fazem os restantes concidadãos. Ou compras nas máquinas de venda automática, ou nas bilheteiras da estação. O funcionário da bilheteira não te pode negar a venda do bilhete. Provavelmente ele poderia pensar que sendo duas pessoas cegas viajariam com dois bilhetes, e como as pessoas cegas estão dispensadas de comprarem os bilhetes antes de entrarem no comboio ele disse que podiam comprar o ingresso abordo. Mas, se tu vais usufruir de acompanhante aí penso eu terás mesmo de comprar o bilhete antes de entrares no comboio porque o acompanhante é precisamente para fazer aquilo que os deficientes por este ou por aquele votivo não conseguem fazer.

    Relativamente à interpretação da lei como te disse eles refugiam-se com a tal norma interna. Com um pouco de persuasão acho que as pessoas conseguem convencer os revisores que essa norma não faz sentido, mas também é verdade que à alguns que são quadrados. À que utilizar bem os argumentos e ser paciente.
    Isto enquanto a lei não seja alterada. Eu próprio estou a redigir um documento para enviar ao conselheiro da cp para as pessoas com necessidades especiais.

    Um abraço.
    Filipe

  • Filipecanelas comentou a entrada "Uma mudança de política na tarifa dois por um da CP" à 16 anos 2 meses atrás

    Tadeu.

    A lei propriamente dita não impede de facto um cego de acompanhar outro cego. Aquilo que geralmente os revisores da Cp se baseiam é num documento interno da empresa, que diz que uma pessoa deficiente não pode acompanhar outra.
    Aquilo que me contaram, e portanto devo desde já dizer que não sei se é verdade, nem se a história foi assim como eu vou dizer, é que em Lisboa dois cegos viajara beneficiando da tarifa dois por um,e que no final exigiram ajuda para desembarcar, e o revisor recusou a dar a ajuda porque uma das pessoas já estava a ter acompanhante.
    E então os dois cegos fizeram queixa do revisor, e por isso a Cp decidiu emitir a tal norma interna que proíbe que duas pessoas cegas se acompanhem uma à outra.
    Bom aqui à duas coisas.
    A primeira, mesmo com a possível crueldade do revisor, ele tem toda a razão. Se um cego está a usufruir de um bilhete gratuito para o acompanhante não faz sentido que depois a empresa ainda tenha de prestar ajuda.
    Segundo, esta história não era justificação para a cp emitir a tal norma interna. Era muito mais correcto e justo dizerem que, quando um deficiente fosse acompanhado por outro deficiente não podia requisitar qualquer espécie de ajuda. E aí eu não tenho argumentos para dizer que a Cp está a agir mal.
    Claro que neste país à tanto benefício que ninguém percebe muito bem o porquê da sua existência, mas não é argumento para defendermos o que quer que seja.

    Abraço.
    Filipe.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Uma mudança de política na tarifa dois por um da CP" à 16 anos 2 meses atrás

    Caros amigos.

    Da leitura que fiz dos comentários verifico que alguns companheiros apontam problemas concretos de acessibilidade em algumas estações de comboio.
    Pedia por favor que colocassem este tipo de problemas na outra postagem que fiz para o efeito.
    Cp - Conselheiro para o Cliente com Necessidades Especiais
    Agora queria focalizar novamente a discussão no ponto que deu origem a este post que é a tarifa dois por um.
    Dos comentários que li retive algumas ideias:
    Esta lei é incoerente. Diz que um deficiente não pode acompanhar outro deficiente, quando por exemplo se virmos o problema na perspectiva de dois deficientes visuais é perfeitamente possível que um acompanhe outro. Se for um passageiro que domine as técnicas de mobilidade pode acompanhar outro que não as domine. Ou então se um cego pretender levar a sua casa um amigo igualmente cego, porque não pode servir de acompanhante, se conhece perfeitamente o caminho que vai percorrer?
    Volto a insistir naquilo que no meu ponto de vista é a ideia principal. Com esta fórmula acabavam as incongruências desta tarifa. Uma pessoa tinha a possibilidade de viajar acompanhado e cada um pagaria meio bilhete, ou então se a pessoa realmente pretendesse pagar a viajem ao acompanhante pagaria dois meios bilhetes, o que na prática vai dar ao mesmo.
    Respondendo ao Tiago, penso que não era preciso cartão dourado. A pessoa pode comprar o meio bilhete na máquina de venda automática, da mesma forma que pode comprar só um quarto de bilhete. Depois no Comboio o revisor solicitará os documentos que forem necessários, como aliás acontece actualmente.
    Por exemplo, se eu levar comigo um acompanhante, ele vai à máquina de venda automática e compra um bilhete. Depois no comboio eu mostro ao revisor a minha certidão multiusos e explico que tenho acompanhante.

    Um abraço para todos.
    Filipe.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Uma mudança de política na tarifa dois por um da CP" à 16 anos 2 meses atrás

    Olá Tadeu.

    Esta questão é muito curiosa.
    Eu não tenho dúvida em afirmar que um cego pode acompanhar outro cego sem nenhum problema.
    Dentro dos cegos temos aqueles que já estão reabilitados, e os que ainda não estão. Um cego que já esteja reabilitado pode perfeitamente auxiliar outro cego que ainda não domine as técmicas de mobilidade.
    Por outro lado temos o facto de os cegos serem maiores e vacinados, e consequentemente estarem no gozo de todas as suas faculdades mentais. E isto embora não pareça é importante referir!
    Se um cego decide viajar acompanhado por outra pessoa portadora da mesma deficiência, é uma decisão do próprio e de mais ninguém! De certeza que a pessoa ponderou todos os prós e os contras de aceitar a companhia de uma pessoa cega, e provavelmente verificou que entre ficar em caza e viajar com alguém que, pese embora possuir a mesma deficiência lhe transmite segurança, é melhor assumir o risco e fazer a viagem.
    Temos depois um caso prático. Se uma pessoa cega traz um amigo a sua casa, regra geral essa pessoa quando vem sozinha conhece o percurso, fa-lo sempre sozinho. Então eu pergunto. e se a pessoa faz o trajecto todo sem precisar de ajuda não pode acompanhar outra pessoa? Qual a diferença entre viajar sozinho e viajar acompanhado?
    O facto de uma pessoa para beneficiar da tarifa dois por um ter de apresentar documento comprovativo da sua incapacidade, e o facto de nestes casos o revisor assumir logo à partida que o acompanhante é cego, sem que este apresente qualquer documento parece-me mais uma incoerência desta lei. Se para beneficiar do serviço é preciso um documento, e é normal que assim seja. Também não se pode concluir o que quer que seja apenas com o olhar, com a aparência.
    Resumindo, eu concordo contigo, é mesmo necessário mudar a lei, também para evitar este tipo de incongroências, porque a lei como está é tudo menos coerente.

    Abraço.
    Filipe.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Uma mudança de política na tarifa dois por um da CP" à 16 anos 2 meses atrás

    Viva caro Norberto.
    Muito obrigado pela sua mensagem. Na verdade, a minha intenção foi suscitar uma discussão saudável e construtiva sobre este tema, e foi com muito agrado que li esta sua mensagem que se enquadra perfeitamente no espírito desta discussão.
    No meu ponto de vista esta questão tem de ter em conta dois aspectos. Privilegiar os deficientes que são autónomos, mas que têm dificuldades naturais de locomoção que advêm da sua deficiência e sobre tudo das barreiras impostas quer pelos transportes propriamente ditos, quer pela sociedade em geral e por outro lado também não deve deixar de parte os deficientes que precisam de viajar acompanhados.
    Dentro da própria cegueira existem os que já estão reabilitados e que por isso podem viajar sozinhos sem problemas, e temos os cegos recentes, ou aqueles que pelos mais variados motivos não estão em condições de viajarem sozinhos, e depois se quisermos complicar ainda mais, bastaria analisarmos o caso de concidadãos que se movam numa cadeira de rodas, onde aí penso que a necessidade de viajar acompanhado é ainda mais evidente.
    Se me perguntarem a minha opinião eu penso que os deficientes bem como os respectivos acompanhantes deveriam poder viajar gratuitamente nos transportes públicos. Creio que isto não é uma postura proteccionista, mas antes realista. Todos sabem que os cidadãos portadores de deficiência e que em resultado disso possuem mobilidade reduzida, estão sujeitos a um conjunto de encargos adicionais, de ordem financeira e não só, que poderiam muito bem ser minorados com esta gratuitidade no acesso aos transportes públicos.
    E aqui caro Norberto discordo um pouco do facto de o táxi ser um luxo, ou uma comodidade. é bem verdade que à casos e casos! Mas se viajarmos de comboio nas pequenas cidades, depressa verificamos que a tal inter modalidade não existe, geralmente essa característica está disponível apenas nas grandes cidades. É verdade que o estado não pode pagar táxis aos deficientes, mas se todos estivermos cientes que regra geral um deficiente tem de recorrer mais vezes a esse transporte do que um outro concidadão, pode atenuar um pouquinho essa despesa extra.
    Por outro lado também já temos casos de concidadãos, por exemplo agentes da autoridade ou militares que pagam apenas um quarto do bilhete quando viajam no comboio. Note-se que eu não estou a pôr em causa o benefício que é concedido a essas pessoas. Não sei as razões que estão por de traz da atribuição do mesmo, mas de certeza que elas existem e serão certamente válidas. Aquilo que eu defendo é que os deficientes também têm as suas razões, e elas devem ser tidas em conta por quem de direito.
    No entanto, e como eu sinceramente não creio que nesta fase se consiga fazer com que os deficientes possam viajar gratuitamente nos transportes públicos, esta proposta poderia ser digamos assim um início. Repare caro Norberto que esta proposta acaba por defender os interesses tanto dos deficientes que estão em condições de viajarem sozinhos, como dos que o fazem acompanhados. é em minha opinião uma medida inteiramente justa. Vejamos o exemplo de uma pessoa que viaja sozinha e que com a lei actual não tem qualquer benefício, e uma pessoa viaja acompanhada e tem um benefício. Ora bem, quer me parecer que dessa forma não se incentiva a independência das pessoas portadoras de deficiência. E quando eu digo que as dificuldades de mobilidade hoje são menores do que à uma década atraz, falo por exemplo nos próprios comboios, que à 10 anos atraz eram um terror para que as pessoas com deficiência pudessem embarcar e desembarcar em condições. Hoje sei que ainda existem imensos casos onde as composições são antigas, mas nos locais onde já circulam comboios modernos é muito mais fácil realizar o embarque e desembarque com toda a comodidade e segurança.
    Também penso que hoje as coisas apesar de tudo estão um pouco melhor preparadas fruto da maior sensibilização que existe. Repare-se que não estou a dizer que não existem problemas, antes pelo contrário! O que digo é que apesar de tudo as dificuldades têm diminuído, e que talvez valha a pena mexer na lei.
    Um abraço.
    Filipe.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Deficientes vão ter versão adaptada do 'Magalhães'" à 16 anos 3 meses atrás

    Prezados amigos e visitantes deste espaço.

    Participo com muito prazer nesta discussão, e penso que esta questão é de grande importância, porque sem querer podemos estar aqui a abranger várias questões transversais à acessibilidade ao software e hardware não só para as crianças, mas para todos os utilizadores em geral.
    Por isso, eu entendo que é de facto importante analisar no concreto a acessibilidade do Magalhães, e ver até que ponto se pode adaptar o software e hardware para a eficaz utilização de pessoas cegas, mas também devemos aproveitar este balanço para englobarmos outras questões tão ou mais importantes.
    Posto isto, diria que.
    Em termos genéricos não se pode dizer que o Magalhães é acessível. De facto, pode-se instalar um leitor de ecrã, e o comportamento do computador é razoável, dá perfeitamente para trabalhar, isto apesar de a qualidade de som ser francamente baixa, mas é algo que tanto afecta os cegos, como também as outras crianças, que também vão usar bastante este recurso, para os jogos e outras aplicações.
    Eu pessoalmente não queria a máquina nem dada, mas em fim como não sou fabricante de hardware não sei até que ponto se poderia fazer melhor pelo mesmo preço.
    De facto o computador não tem nem a tecla do windows nem a tecla das aplicações, e este facto é para mim incompreensível, tanto mais que por exemplo a gama EE pc da Asus apresenta estas duas teclas, e tratam-se de máquinas com idênticas dimensões, creio até mesmo com o mesmo número de teclas, embora neste momento não possa confirmar esta minha observação.
    No caso dos computadores Magalhães que testei, procedi à instalação do jaws 9.0, e do dosvox 4.0, que instalei precisamente por causa dos jogos adaptados, a máquina ficou com quase 3 Gigas livres na unidade C.
    Realmente é pouco. Mas tendo em conta o tipo de máquina e a forma como ela foi concebida aceita-se apesar de tudo esse espaço. Até porque o software adicional que eu instalei rondará os 150 mbs, o que não é nada por aí além.
    Ou seja, neste caso o espaço disponível tanto condiciona a utilização de pessoas cegas como das pessoas normovisuais, embora estas sempre tenham a possibilidade de usarem o linux. Mas creio que geralmente ou usam um sistema operativo ou usam outro, e portanto voltamos a ter o mesmo problema, seja qual for o sistema operativo utilizado.
    Temos depois as dimensões da máquina. Eu pessoalmente adoro este tipo de máquinas, até porque sou assumidamente um admirador incondicional dos ultraportáteis, e posso dizer que mal eles foram colocados à venda em Portugal adquiri logo um, e considero mesmo que estamos perante uma das maiores maravilhas tecnológicas de 2008!
    E sinceramente, admitindo com naturalidade que a minha opinião possa estar algo condicionada acho que este tipo de máquinas poderão ser muito vantajosas para as crianças cegas.
    Por quatro razões essenciais.
    Primeiro, são crianças que se adaptam muito mais facilmente.
    Segundo, o facto de as teclas serem pequenas não é problema porque os dedos das crianças também são pequenos.
    Terceiro, são computadores muito pequenos, fáceis de transportar, e sabendo-se que uma criança cega irá usá-lo bem mais do que os normovisuais, nomeadamente quando falamos da escola propriamente dita isto é em minha opinião uma grande vantagem.
    Quarto e último, é um computador resistente ao choque, e quando falamos de crianças isso faz toda a diferença.
    Agora vamos à questão da acessibilidade propriamente dita.
    Quando se diz que basta colocar um leitor de ecrã no Magalhães e isso torna o produto acessível, é uma opinião da qual eu respeito mas não concordo.
    Por várias razões.
    Primeiro o Magalhães não é só um computador, trata-se de um produto combinado que contém hardware, sistema operativo e software didáctico. Sem a componente didáctica este produto não faria sentido, bastaria adquirir um dos tais ultraportáteis, e inclusive teríamos uma máquina com muitíssimo melhor hardware do que propriamente este Magalhães.
    Segundo, os graves problemas de acessibilidade não se verificam no windows, no office, na internet, no mail etc. As grandes lacunas ao nível da acessibilidade fazem-se sentir no acesso aos jogos, e ao software didáctico.
    E aqui é que está o cerne da questão! Por isso eu ter dito no início desta mensagem que achava que deveria ser aproveitado este balanço do Magalhães para englobar outras questões transversais à acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
    Por exemplo: a diciopédia que vem no Magalhães não está acessível aos cegos. Eu pergunto, e mesmo fora do Magalhães, quantas diciopédias os cegos têm acessíveis?
    A resposta infelizmente é assustadora. Não têm nenhuma. Por isso eu compreendo aqueles que dizem que basta instalar um leitor de ecrã no Magalhães para tornar a máquina acessível. De facto, infelizmente isso acaba por ser verdade, porque o software do Magalhães que é inacessível também o é fora do Magalhães.
    Mas então, vamos aproveitar este facto do Magalhães para dizer que, os cegos também têm direito a usarem os dicionários da porto editora, as suas diciopédias etc.
    E não vamos vender a ideia a nós próprios que o Magalhães é acessível, porque podemos estar a desperdiçar uma grande oportunidade de ir mais além.

    Um abraço a todos.
    Filipe Azevedo

  • Filipecanelas comentou a entrada "O braille e o suporte informático" à 17 anos 1 mês atrás

    +Filipe Azevedo
    Olá Ana Cristina.
    Passei agora pelo teu blog, e detive-me neste teu texto sobre o Braille e a sua relação com as novas tecnologias, e não podia deixar de o comentar, porque este assunto é realmente muito importante.
    Em minha opinião o Braille nunca irá terminar. Fico aliás muito triste quando vejo que alguns cegos menosprezam o uso do Braille, dizendo que podem fazer tudo com o computador etc.
    Os normovisuais também não usam computador? E para além das máquinas eles também não lêm em papel? Porque é que os cegos deveriam ser diferentes?
    É óbvio que o computador veio revolucionar muito o acesso há informação, mas vamos lá ver uma coisa. Hoje existem linhas Braille, impressoras Braille, máquinas de escrever eléctricas etc. Então porque é que devemos deixar o Braille?
    Se só existissem aquelas máquinas perkins antigas, eu ainda podia admitir que os cegos tivessem alguma reletância no uso do Braille. Agora, por exemplo um estudante. Pode nas aulas usar o computador, e chegar a casa imprimir na sua impressora Braille a matéria de estudo. Acreditem não há nada como ler para assimilar a informação. Não sou cientista, mas posso afirmar isso sem nenhuma reserva.
    Posso contar-vos que uso muito o Braille, quando quero expor mais detalhadamente alguma ideia, não consigo fazê-lo sem ter as minhas notinhas, e quando não é mesmo possível aceder ao suporte Braille sabem qual é a técnica que eu uso?
    No computador ou no telemóvel, aumento a fonte do tipo de letra, e vou lendo linha a linha. Quanto maior for a fonte menos palavras o leitor de ecrã lê, e tento assim ir ouvindo a informação gradualmente para a conseguir assimilar.
    Claro que sempre que posso, não dou descanço há minha rica impressora que já levou tanta coça que deve estar-me com um ódio de morte! Risos.
    Mesmo até no ensino da informática posso garantir-vos pela minha experiência que um formando que lê Braille e que se esteja a iniciar nos computadores aprende muito mais depressa do que um outro formando que não tenha forma para ler os manuais.
    Eu dou sempre os meus manuais em Braille a quem o domina, e a quem não escreve nem lê Braille, forneço o material ou em suporte digital, ou então se for mesmo um iniciante em áudio, e acreditem que aqueles formandos que lêm o Braille assimilam muito mais depressa a informação. Não à comparação possível!

    Bjs para ti, e continua a escrever.
    Filipe.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Espanha/eleições: cegos votam pela primeira vez, sem ajuda, com voto em braille" à 17 anos 3 meses atrás

    E no caso de haver só um votante cego, como se pode garantir a confidensialidade do voto?
    Penso que já que se quer encontrar uma estratégia, então devemos procurar arranjar uma solução que garanta todos os direitos que têm qualquer eleitor, e não fazer as coisas pela metade.

  • Filipecanelas comentou a entrada "Espanha/eleições: cegos votam pela primeira vez, sem ajuda, com voto em braille" à 17 anos 3 meses atrás

    é pena que pelo menos eu não conheça em pormenor os moldes em que este sistema de votação destinado às pessoas cegas foi posto em prática. No entanto há primeira vista, quer me parecer que isto teve muito de mediático, e puco de prático. Como se pode garantir o cigilo dos eleitores cegos, se numa secçãode voto existirem um dois ou três cegos a votar em braille? De uma coisa posso ter a certeza, o caminho não passa por aí.

  • Filipecanelas comentou a entrada "A sexualidade e os cegos" à 17 anos 4 meses atrás

    Olá José filipe.

    Este assunto tem sido muitas vezes aproveitado por sociólogos e afins.
    Já li vários artigos sobre a sexualidade dos cegos, e verifico que nesta, como em outras situações existem grandes tabus, muitas ideias feitas, que convém esclarecer e desmontar.
    Sobre aquilo que eu aplidaria de parâmetros de avaliação. Nós os cegos também os temos.
    Para os normovisuais, é normal que eles olhem para uma pessoa, e digam se ela é fisicamente bonita ou feia.
    bom, mas se é verdade que nós não conseguimos ver a pessoa, temos outros factores nos quais nos baseamos para imitir também a nossa opinião. A simpatia, a sensualidade na voz, o perfume, a inteligência, o discurso etc.
    Por exemplo: no meu caso, se estiver perto de uma mulher que utilize um bom perfume, que seja sensual e envolvente na forma como fala, que demonstre ter cultura geral etc. Eu acho que se trata de uma mulher interessante!
    Com muita graça um amigo meu normovisual, que é das pessoas mais mulherengas que conheci até hoje, costumava dizer-me.
    Quando for hás mulheres tenho de ir contigo. Muitas vezes a gente vê cada uma, que parece muito bonita, mas quando abre a boca, com mil raios! Pernas para que te quero!
    Eu dizia-lhe.
    Estás haver? Se fosses por mim, não apanhavas essas desilusões!
    Isto para dizer que: para mim, e penso que para muitos cegos a beleza física não é uma característica que importe muito. Existem muitos outros factores que nós valorizamos. E é óbvio que, se eu sei que estou perante uma mulher inteligente, sensual, com bom gosto, é normal que sinta o mesmo prazer que sente um normovisual. Até porque, desculpa lá a brincadeira, não creio que a falta de visão, seja sinónimo de falta de virilidade! Risos.

    Um abraço para ti.
    Filipe

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