Está aqui

Últimos comentários

  • Milton Vilela comentou a entrada "Desuso ou desinteresse?" à 15 anos 5 meses atrás

    Faz mais de 5 anos que estou trabalhando no desenvolvimento de uma linha braille que seja acessível e financeiramente e ao mesmo tempo de última geração tecnológica.

    Estou na fase final do protótipo e tenho a dizer que durante todo esse tempo, descobri que as pessoas, empresas e mesmo o governo não tem o menor interesse real e prático para facilitar ou mesmo apoiar projetos de interesse dos invisuais.

    Aqui no Brasil, fui visitar a Fundação Dorina Nowill sem marcar horário para conhecer a realidade do atendimento e tentar ver a linha braille que fiquei sabendo existir ali. Fiquei extremamente decepcionado pelo despreparo e péssimo tratamento que recebi.

    Entrei em contato com a Sociedade Bíblica do Brasil que tem uma gráfica braille e imprime a Bíblia em 38 volumes, com peso aproximado de 40 kg. O projeto foi encaminhado para avaliação em 3 oportunidades diferentes e a resposta foi que não houve receptividade, ou seja, não tiveram interesse.

    Só esses dois exemplos bastam para ver como produzir livros em papel é lucrativo.

    Portanto, sem muitas equações matemáticas podemos demonstrar de imediato que, nunca será possível ter a mesma quantidade de livros de uma biblioteca normal numa biblioteca de mesmo porte com livros braille impressos em papel, pois, o volume necessário seria aproximadamente 40 vezes mais.

    É aqui que está a vantagem da linha braille e é por isso que tenho dedicado boa parte do meu tempo no desenvolvimento desse projeto, visto que, numa única linha braille poderemos ter acesso aos textos de uma infinidade de livros.

    Imaginem ter nas mãos todo o conteúdo de um curso de direito, filosofia ou outro curso universitário, é esse o objetivo que tenho com esse projeto de linha braille.

    O preço final estimado para o nosso projeto inicial que será uma biblioteca braille será de 400 dólares, podendo ser reduzido conforme a demanda do equipamento.

    Se puderem gastar algum tempo comentando o assundo ficarei muito grato.

    Em Cristo,

    Milton Vilela

  • Marco Poeta comentou a entrada "Desuso ou desinteresse?" à 15 anos 5 meses atrás

    O Braille permitiu que eu continuasse a minha vida normalmente e que não deixasse de sonhar. Ele deu-me asas à imaginação e ao pensamento, e orgulho-me das minhas capacidades, de ser excelente a ler e a escrever, duas coisas que adoro e sem as quais me sentiria limitado.
    O Braille durante muito tempo foram as minhas janelas para o mundo muito antes de as novas tecnologias terem aumentado a qualidade da minha vida, tanto pessoal como social.
    O Braille também durante muito tempo foi como o meu confidente pois com ele desabafava as minhas tristezas, mas também as minhas esperanças e alegrias. Aperfeiçoei a minha leitura do Braille lendo imensos livros, não importava o quanto fossem volumosos, mas eu adorava ser transportado para outros mundos e viver as mesmas emoções que os outros. Acho que o Braille salvou-me da solidão, da ignorância, da compaixão, do sentimentalismo absurdo pelos deficientes, e foi com o seu apoio que eu brilhei e me tornei uma pessoa útil e competente.
    Confesso que o Braille permitiu que eu fosse estruturando os meus pensamentos confusos e eu penso melhor quando escrevo e é por isso que sou poeta, que consigo trespassar no papel o que me vai na alma e no coração.
    O meu curso de Psicologia depende muito do Braille para o meu sucesso, ao ser uma ponte entre mim e os outros e uma ferramenta vital para o meu conhecimento. Porque o conhecimento é a base das nossas relações sociais, da nossa auto-estima e o alimento para o nosso espírito.
    É assim que eu afirmo que a escuridão não existe, porque o braille é uma luz que nos ilumina o interior, nos faz ser seres humanos iguais e competentes.
    Amo o Braille e não me imagino sem ele.

  • Lua Azul comentou a entrada "ópera com áudio-descrição" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá Faria. Gostava de saber em que teatro assistiu a essa ópera. Foi em Portugal? Ou no Brasil? Sabiam que em França já existem teatros com audiodescrição há vários anos. Só em Portugal é que não se faz. Cinema com audiodescrição também seria óptimo. Sinto-me muito perdida quando vou ver um filme, e quando os outros discutem o que viram e eu não tenho quase nada a dizer.

  • Lua Azul comentou a entrada "Professora pede ajuda" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá Faria. Concordo, o computador vai ajudar muito, mas o computador não faz milagres. Eu sou portuguêsa, e não percebi a que grau de ensino te estás a referir. Mas há sempre soluções, que variam com o aluno, o professor, e a matéria. Não esquecer que as bases de matemática que o aluno traga dos graus de ensino anteriores também é muito importante. Um aluno cego tem mais dificuldade em encontrar e estudar livros sozinho para recuperar matérias antigas, e pode precisar de ajuda. Ao seu exemplo da tabela, eu gostava de acrescentar o exemplo dos expoentes e dos índices. Estes não podem ser escritos por cima nem por baixo da linha, têm de ser escritos na mesma linha. Então podem estabelecer um código entre o professor e o aluno, em que por exemplo o acento circunflexo significa expoente, por exemplo x ao quadrado seria x^2. e o _ significa o índice, por exemplo um x com um índice i seria x_i. Isto pode fazer-se com toda a simbologia das equações, letras gregas, etc. Gostava ainda de deixar mais uma sugestão. Para figuras geométricas e gráficos, eles podem ser desenhados com uma caneta normal num papel, e depois redesenhados com uma tinta que deixa relevo no papel. Aqui em Portugal chama-se tinta para tecidos, e vem nuns tubinhos que parecem tubinhos de cola. Deixa-se secar durante algumas horas. E temos uma maneira fácil e barata de fazer relevos. Espero ter ajudado.

  • CAroline comentou a entrada "Artigo: A sensibilidade" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá Ana, parabéns pela postagem, você é brasileira? Gostaria de ler mais sobre este Universo.
    Tenha um bom dia.

    Abraços.

  • Manuel Fernandes comentou a entrada "APARELHO AJUDA DEFICIENTES VISUAIS A IDENTIFICAR ÔNIBUS EM JAÚ" à 15 anos 5 meses atrás

    Eis aqui a tal engenhoca que muitos sonharam e idealizaram. É, porém, algo que peca por demasiado específico, logo, mais caro e de utilização mais restrita. Em termos de solução tecnológica, pois, seria mais desejável um sistema de informação integrada via áudio que correspondesse à informação GPS exposta visualmente em painéis electrónicos instalados nos pontos em que os passageiros esperam o veículo para o seu transporte. Refiro-me, naturalmente, ao sistema que em Portugal começa a dar os seus primeiros passos, ocasião opurtuna para implementar um sistema complementar de informação vocal, com o qual todos ganharão, desde os invidentes aos distraídos. A simplificação e a massificação da solução é óbvia a economia de meios esmagadora. Socialmente, uma solução que contribui para esbater barreiras modernamente mascaradas por uma expressão eufemística da discriminação positiva, (mas discriminação), face ao consumidor atípico e que vem a ser o "cliente com necessidades especiais".

  • Ana Maria comentou a entrada "falta de oportunidade na área de trabalho para deficientes visuais" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá! Eu chamo-me Ana Maria. Tenho um amigo cego. Ele frequentou o curso de telefonista na ARDAD (associação de apoio aos deficientes da Régua), tal como eu.

    Eu e os outros colegas conseguímos emprego logo a seguir ao curso, mas ele não!

    Ele passa os dias inteiros em casa sem fazer nada. Acho também que ele não se esforça em conseguir entrar no mundo do trabalho! A mãe dele já é bastante idosa. E não sei o que vai ser dele se a mãe falecer.

    Gostaria que me dessem alguns !conselhos para tentar ajudar esse amigo!

    Beijos!

    Peço-vos que me ajudem

  • Ana Maria comentou a entrada "PROBLEMAS NAS RELAÇÕES FAMILIARES OU NO NAMORO, QUE ENVOLVAM A DEFICIÊNCIA VISUAL" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá Ana Maria. Tenho 32 anos e sou amblíope. Nunca aceitei a ideia de se amblíope. Semppre fui uma pessoa muito revoltada. A minha mãe sempre me protegeu muito!

    No ano de 1998 conheci um rapaz. Ele era normovisual e parecia gostar muito de mim. Ele apoiava-me muito e era a razão da minha vida.

    Mas a partir do momento em que decidimos casar tudo mudou. No início éramos um casal feliz. Passado um ano ele mudou completamente. Despediu-se do emprego que tinha e passou a viver ás minhas custas. Comecou a pôr defeitos em tudo, até me chegou a dizer que ele era demais para mim. Nunca me agrediu fisicamente, mas magoou-me bastante verbalmente.

    Em 2006 tivemos uma filha, que é a luz dos meus olhos. E por ela tive forças para pedir o divórcio. E Fí-lo! No início ele recusou-se dizendo que eu nunca conseguiria ser nada sem ele. Mas fui para a frente com o divórcio.

    Hoje sou uma mulher independente e muito feliz com a minha pequenota. Mas ainda acredito no verdadeiro amor.

    Se hoje me voltar a apaixonar será por alguém como eu: amblíope ou cego. Se conheceres alguém diz-me...estava a brincar!

    Ana! Desejo que realmente esse rapaz com quem tens uma relação seja realmente o teu principe que tanto procuras!Sê feliz!

    Beijos!

  • Isabel Lopes comentou a entrada "Problemas de Acessibilidade no Ensino Superior" à 15 anos 5 meses atrás

    Olá Ana, coragem tens tu e muita para enfrentar um curso de estatística.
    Eu a partir do 6º ano comecei a perder o comboio da matemática, sempre estudei em Elvas nu ensino regular e acho que os professores não estavam preparados para me ensinar matemática.
    Mas tive muita pena porque eu sempre gostei de cálculo e raciocínio lógico, mas "contas com letras"? Foi aí que me perdi.
    Esse é o problema de estudar no ensino regular, ten as suas vantagens mas também muitas desvantagens, mas isso era assunto para outra discussão.
    Dizer apenas que fico muito horgulhosa e feliz quando alguèm de quem muitas vezes se espera que fique à espera que a vida passe dá passos de gigante para que todos acreditem que podemos chegar aos mesmos objectivos de qualquer pessoa.
    Beijinhos

  • Ana Rocha comentou a entrada "Desuso ou desinteresse?" à 15 anos 5 meses atrás

    Ana RochaOlá, eu aprendi o braille aos 4 anos, nessa altura não gostava pois queria era brincar como os outros mas hoje é o meu orgulho, não dispenso o braille por nada; tudo o que escrevo a computador imprimo em braille. Eu só não participei nesse concurso porque com uns problemas que tive na faculdade deixar passar os prazos mas se ouver para o ano também irei participar. E acho que durante a primária as crianças cegas deviam aprender mais o braille do que as novas tecnologias. Parabéns Luis Braille a quem eu agradeço o seu evento

Páginas



2311 a 2320 de 5293