Terceira edição do Mais Visão já totaliza 616 óculos doados pelas principais indústrias do setor óptico.
Na próxima quarta-feira, dia 4 de julho, a partir das 11 horas 127 crianças da pré-escola municipal de Campinas que participaram da terceira edição do Mais Visão recebem óculos no anfiteatro do Instituto Penido Burnier.
O programa, uma parceria entre a Fundação Penido Burnier e Prefeitura Municipal de Campinas, é patrocinado pela Tecnol (armações), Instituto Varilux da Visão e Transitions (lentes oftálmicas). Segundo o diretor médico do projeto social, Leôncio Queiroz Neto, as crianças foram atendidas de março a maio desse ano pela equipe médica da Fundação Penido Burnier e representam 37,5% das consultadas no período. Neste grupo, comenta, a maioria apresentou baixo erro de refração, sendo que 38% têm miopia, 26% hipermetropia, 21% miopia associada à astigmatismo e 15% astigmatismo. Ele ressalta que das 27 mil crianças na faixa etária de 4 a 7 anos beneficiadas pela terceira edição da iniciativa, a triagem visual indicou necessidade de consulta para 3,37 mil que serão atendidas até outubro deste ano. Num país em que a falta de óculos é uma questão de saúde pública, o Mais Visão é uma forma do hospital em aliança com a indústria óptica ser co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade, já que a deficiência visual é apontada como a maior causa da evasão escolar, afirma. Só para se ter uma idéia, a pesquisa feita na edição anterior do projeto demonstrou que os óculos melhoraram o rendimento escolar de 50% das crianças na opinião dos professores. Eles também afirmaram que 51,1% conseguem desenvolver atividades que antes não conseguiam, 57% concentram-se mais, 49% finalizam tarefas que antes não terminavam e 36,2% estão menos agitadas. Para os pais o uso de óculos fez com que as crianças que sentiam dor de cabeça parassem de se queixar, 88% passaram a ter mais interesse pelos estudos e 91% conseguem realizar tarefas que antes não conseguiam.
Além da correção visual o Mais Visão tem como objetivo prevenir a cegueira monocular causada pela ambliopia (olho preguiçoso) que atingiu 30% das 2,2 mil crianças da pré-escola que participam do projeto.
COMO SABER SE A CRIANÇA TEM DIFICULDADE DE ENXERGAR
Queiroz Neto afirma que os principais sinais de que uma criança tem dificuldade de enxergar são:
Nos dois primeiros anos de vida:
Não reage a estímulos luminosos como, por exemplo, a luz do quarto que se acende.
Tem excessiva aversão à luz.
Lacrimeja excessivamente de um ou ambos os olhos.
Fica muito tempo com os olhos fechados.
Não demonstra interesse pelo ambiente à sua volta.
Não ergue a cabeça para tentar ver objetos (brinquedos, por exemplo).
Apresenta um ou ambos os olhos desviados para o nariz ou para fora.
Reflexo luminoso na menina dos olhos como se fossem olhos de gato.
Menina dos olhos muito grande ou de cor acinzentada ou opaca.
Olhos constantemente vermelhos e com secreção.
Tremor constante dos olhos.
Não demonstra interesse em ver a mãe nem estranha pessoas não familiares.
Tem dificuldade no início do engatinhar e andar.
Os olhos não acompanham objetos coloridos movidos à sua frente.
Esbarra com freqüência nos objetos e móveis.
Dos três aos seis anos de vida:
Apresenta um ou ambos os olhos desviados para o nariz ou para fora.
Cai com freqüência.
Assiste à televisão de uma distância muito pequena, voltando a aproximar-se mesmo depois de advertida (é conveniente examinar também a audição nesses casos).
Inclina a cabeça para um dos lados ou para um ombro, quando presta atenção em algo.
Vira um dos olhos para fora quando está distraída, pensativa ou em locais muito abertos, como parques e gramados.
Fecha um dos olhos demonstrando incômodo excessivo quando em locais ensolarados.
Faz careta ou franze a testa para enxergar.
Queixa-se de dor nos olhos ou dor de cabeça.
Coça muito os olhos, especialmente quando esforça a visão (televisão, cinema etc.).
Queixa-se de visão dupla ou embaralhada
Os olhos ficam vermelhos quando esforça a visão, mesmo sem coçá-los.
Dos seis aos sete anos (início da fase escolar):
Faz careta ou franze a testa para enxergar.
Queixa-se de dor ou cansaço nos olhos e dor de cabeça.
Coça muito os olhos, especialmente quando esforça a visão (televisão, cinema etc.).
Os olhos ficam vermelhos quando esforça a visão, mesmo sem coçá-los.
Refere dificuldade em ver o que está escrito na lousa.
Chega o rosto muito próximo ao caderno ou livro.
Apresenta baixo rendimento escolar.
Desinteresse na sala de aula.
É excessivamente tímida.
Recusa-se em participar de atividades esportivas, preferindo muito mais a leitura pode indicar miopia.
Tem dificuldade em distinguir ou combinar cores.
Informações à Imprensa: Eutrópia Turazzi LDC Comunicação
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