Prezados,
Partilho, agora, mais alguns trechos, os quais discuto em minhas aulas de áudio-descrição. O fato de eu citar os trabalhos não implica, necessariamente, que eu concorde com eles.
De fato, verão que muitos contradizem entre si, por vezes, mostrando como são frágeis.
Aproveitem o material e bons estudos.
O conhecimento que é preso como sendo da posse de um, certamente é conhecimento pequeno. Façamos nosso conhecimento grande.
Cordialmente,
Francisco Lima
ASPECTOS FORMATIVOS OU ESCOLHA TRADUTÓRIA
• Se você não vai ler, não use texto;
• Se você não vai descrever, não use imagens;
• Se sua mídia não é acessível, não diga que é!
Dr. Francisco Lima
e-mail: Limafj.br@gmail.com;
Página: www.rbtv.associadosdainclusao.com.br;
Blog: www.lerparaver.com/blog/2595 (Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários)
Profissionais da áudio-Descrição
• Áudio-Descritores / Pesquisadores;
• Consultores / Pesquisadores;
• Revisores / Pesquisadores;
• Locutores / Pesquisadores;
• Técnicos / Pesquisadores;
• Pesquisadores / Estudiosos.
Áudio-Descritor: quem é?
• O áudio-descritor é a ponte entre a imagem inacessível à pessoa com deficiência visual e a informação acessível pela audição ou leitura das palavras que ele usou para traduzir o evento visual. É aquele profissional que produz o roteiro áudio-descritivo ou aquele que faz a tradução visual simultânea de um dado evento.
Áudio-descrição, Roteiro Áudio-descritivo e Locução da Tradução Visual
• A áudio-descrição é um trabalho intelectual do tradutor visual, e como tal, é livre expressão do trabalho do áudio-descritor. O roteiro, isto é, a áudio-descrição produzida pelo tradutor visual pode ser locucionado pelo próprio áudio-descritor ou por um locutor
• O locutor da áudio-descrição é aquele que oraliza a tradução visual feita por terceiros ou por ele mesmo.
• Em eventos visuais ao vivo, o áudio-descritor traduz simultaneamente, donde não há a figura do locutor.
Notas proêmias: o que são?
• Orientações áudio-descritivas globais que antecedem, mas não antecipam informações; que apresentam, mas não revelam a obra; e que instruem a áudio-descrição, sem contudo adiantar aos usuários da áudio-descrição, aquilo que não está disponível aos espectadores videntes.
• Obs.: Um roteiro áudio-descritivo bem elaborado tem maior chance de garantir a qualidade do serviço a ser prestado, a efetivação da acessibilidade comunicacional e o empoderamento dos usuários. Portanto, produzir um roteiro é sinal de conhecimento e profissionalidade.
Áudio-Descrição e Empoderamento
• O empoderamento constitui “o processo pelo qual indivíduos, organizações e comunidades angariam recursos que lhes permitam ter voz, visibilidade, influência e capacidade de ação e decisão” (HOROCHOVSKI; MEIRELLES, 2009, p.486)
Empoderamento na Áudio-descrição
• o papel do áudio-descritor não é fazer a leitura da obra, é propiciar ao cliente da áudio-descrição que faça essa leitura.
• Francisco Lima (Imagens Que Falam, UFPE)
Áudio-Descrição – Tradução visual e pesquisa
• Inglaterra - Surrey University - MA Monolingual Subtitling and Audio Description (Mestrado em Legendagem Monolingue e Áudio-Descrição)
• Programa de pós-graduação voltado para acessibilidade midiática por pessoas com deficiências sensoriais.
• Alguns dos módulos são: Tradução Audiovisual Intralinguística (Legendagem para pessoas surdas ou com deficiência auditiva), Áudio-Descrição, Questões da Tradução Audiovisual e Princípios de Linguística Aplicada.
• Site do curso: http://www.surrey.ac.uk/postgraduate/ taught/ monolingualsubtitling/
Áudio-Descrição – Tradução visual e pesquisa
• Espanha - Universidad Carlos III de Madrid – Centro Español de Subtitulado y Audiodescripción (CESyA)
• O Centro Español de Subtitulado y Audiodescripcíon é uma instituição pública dependente do Ministério de Trabalho e Assuntos Sociais, vinculado à Universidad Carlos III de Madrid.
• O Centro é responsável pela formação de legendadores e áudio-descritores, fornece informações sobre regulamentação e normas técnicas para legendagem e tradução, divulgação de pesquisas e convocação de projetos e sensibilização social, além de conter uma base de dados de obras audiovisuais legendadas e áudio-descritas.
• Site do Centro: http://www.cesya.es/
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa
• Portugal - IACT – Inclusão e Acessibilidade em Ação (Instituto Politécnico de Leiria)
• Sua principal missão é desenvolver a investigação científica transdisciplinar na área das Ciências da Comunicação, numa perspectiva fundamental, aplicada e experimental.
• Propõe-se a desenvolver metodologias, técnicas e produtos, formar, prestar serviços à comunidade, intervir na sociedade (para melhorar condições e desenvolver atitudes integradoras) e valorizar as competências das pessoas com necessidades especiais.
• Retirado do site: http://iact.ipleiria.pt/
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa
• Canadá - E-Inclusion Research Network
• O Objetivo do E-Inclusion Research Network é administrar uma rede de usuários, artistas, produtores e pesquisadores que desenvolverão ferramentas de áudio e vídeo e tecnologias que permitam produtores de materiais multimídia a enriquecerem a experiência multimidiática para pessoas com perda total e/ou parcial da visão e/ou audição.
• São parceiros de pesquisa do projeto: Centre de recherche informatique de Montréal (CRIM), École de technologie supérieure (ÉTS), Université de Montréal, Université Laval e McGill University.
• Site do grupo: http://e-inclusion.crim.ca/
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa no Brasil
• Ceará/ Minas Gerais - PROCAD UECE/UFMG
• Projeto de cooperação acadêmica (PROCAD) entre a Universidade Estadual do Ceará (UECE) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) financiado pela CAPES. O principal objetivo é encontrar um modelo de audiodescrição que atenda às necessidades dos cegos brasileiros.
• O projeto visa também a formação de profissionais e pesquisadores em audiodescrição no Brasil para que os resultados da pesquisa produzam uma prática que garanta a qualidade do produto final.
• Retirado do sites: http://www.uece.br/posla/index.php/ intercambios e http://www.letras.ufmg.br/posl
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa no Brasil
Bahia – TRAMAD (UFBA)
• O TRAMAD (Tradução, Mídia e Audiodescrição) é um grupo de pesquisa da UFBA, e o primeiro no Brasil, a se dedicar ao estudo sistemático e implementação da acessibilidade audiovisual para cidadãos deficientes visuais através da audiodescrição, uma modalidade de tradução audiovisual.
• O grupo é coordenado pela Profa. Dra. Eliana Franco (especialista em tradução audiovisual), vice-coordenado pela Me. Sandra de Farias e conta com a participação de outros pesquisadores da UFBA. (retirado do site: http://audiodescricaobrasil.blogspot.com/)
• Site para informações: http://audiodescricao.com/site/
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa no Brasil
• Pernambuco
• Associados da Inclusão/Revista Brasileira de Tradução visual/Direito Para Todos/Pós-Graduação em Educação, UFPE –
• Prof. Dr. Francisco Lima vem pesquisando na área das imagens e a pessoa com deficiência visual, formando pesquisadores na área das Barreiras Atitudinais e da tradução visual com ênfase na áudio-descrição, em particular, com a missão de promover o empoderamento da pessoa com deficiência.
Áudio-Descrição – Tradução visual e Pesquisa no Brasil (cont...)
• Seus esforços têm resultado na efetivação, direta e indireta da áudio-descrição de peças teatrais, de seminários, de mostras em museus, de filmes e outros, assim contribuindo para a inclusão cultural e educacional das pessoas com deficiência, bem como na difusão do conhecimento técnico-científico em áudio-descrição, por meio da publicação da Revista Brasileira de Tradução Visual e por meio de suas palestras em seminários, congressos ou conferências no Brasil e no exterior.
• Na formação de áudio-descritores, Prof. Francisco Lima orienta estudantes no mestrado e ensina a disciplina de áudio-descrição aplicada à educação; na graduação, ministra disciplina de áudio-descrição para o curso de rádio, TV e internet e oferece cursos de extensão etc.
• Sites:www.rbtv.associadosdainclusao.com.br
• www.direitoparatodos.associadosdainclusao.com.br
• www.lerparaver.com/blog/2595
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• “A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto. É a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido, o que abre muitas janelas para o mundo para as pessoas com deficiência visual.” (...)
• “No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso de audiodescrição foi “O Andaime”, no Teatro Vivo, em março 2007.” Lívia Motta em “Audiodescrição – recurso de acessibilidade para a inclusão cultural das pessoas com deficiência visual”
• (http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=22027)
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• “Aliás, outra explicação, o que se faz na peça Andaime não é audiodescrição, mas narração ao vivo. A audiodescrição acontece sempre com áudio pré-gravado, onde o timing do programa já está definido, o que não é o caso de uma peça de teatro, mas de um filme.
• "Ora, mesmo que freqüentem um curso, os audiodescritores não se “criam” tão rapidamente, é preciso muita prática. E audiodescritor é quem escreve o roteiro, principalmente.” Eliana P. C. Franco em “Áudiodescrição e Tradução: Acessibilidade audiovisual” (http://audiodescricao.wordpress.com/)
Narração não é áudio-descrição
• " Do ponto de vista terminológico, áudio-descrição recebeu uma variedade de nomes diferentes. De acordo com Hernandez e Mendiluce (2009: 162):
• A-D recebeu uma variedade de denominações, tais como " video description‟, „descriptive video service‟ (DVS), „audio captioning‟, „descriptive narration‟ and „audio vision” (Navarrete 2003, Clark 2001).
• Além disso, a áudio- descrição, que é o termo mais utilizado entre os especialistas, é também muitas vezes referido como " “narração em áudio". No entanto, vale ressaltar que há uma diferença marcante entre as palavras " áudio-descrição " e " narração em áudio ", embora sejam muitas vezes utilizados como sinônimos.
Narração não é áudio-descrição (cont.)
• Como Pujol (2007) explica, a palavra " descrição" é muitas vezes usada em contraste com a palavra " narração ". De fato, a ação não representa uma característica crucial para a descrição, mas é da maior importância na narração ( Pujol 2007).
• Por esta razão, uma vez que a ação de áudio-descrever implica lidar não só com ações, a palavra " áudio-descrição" deve ser preferida a " narração em áudio ". Além disso, o objetivo final da áudio-descrição não é contar uma história, mas mostrar e descrevê-la, isto é, ajudar a visualizar os elementos relevantes para a compreensão do enredo (definição, figurinos, gestos, aparência, movimentos e demais elementos relacionados).“ (...)
Narração não é áudio-descrição (cont.)
• "O ato de narrar também implica tomar um ponto de vista a partir do qual a história é revelada. No entanto, o ato de áudio-descrever deve ser o mais objetivo possível, isto é deve-se rejeitar tomar partido nos eventos, mas encontrar as palavras certas para permitir que o usuário final possa imaginá-los. “ (...)
• "Finalmente, a partir de um ponto de vista mais linguístico, enquanto a narração, muitas vezes usa tanto de primeira e terceira pessoa para contar uma história e inclui vários modos e tempos verbais, a áudio-descrição quase sempre usa a terceira pessoa e o tempo presente."
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• "Definida como um modo de tradução audiovisual e intersemiótica no campo dos estudos de tradução e como um recurso de acessibilidade assistiva no campo das tecnologias assistivas, a audiodescrição permite a revelação da imagem de uma obra audiovisual ou visual por meio de sua descrição em áudio que complementa os outros sons originalmente construídos para a obra, como o diálogo, a música e os efeitos sonoros."
• Eliana P. C. Franco em “Revelando a deficiência e a eficiência, o ver e o não ver por meio da pesquisa sobre audiodescrição” (http://200.156.28.7/Nucleus/media/common/revista/2013/RBCEE3/Nossos_Meio...)
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• "Diferentemente da legenda fechada para surdos, a tradução audiovisual para cegos e pessoas de baixa visão, ou audiodescrição (AD), ainda não foi introduzida no Brasil. A AD pode ser definida como a técnica utilizada para tornar o teatro, o cinema, a TV, bem como obras de arte visuais, acessíveis aos cegos. Trata-se de uma narração adicional que, no caso do cinema, da TV e do teatro, descreve a ação, a linguagem corporal, as expressões faciais, os cenários, os figurinos. Seria a tradução das imagens. A tradução é colocada entre os diálogos e não interfere nos efeitos musicais e sonoros."
• Soraya Ferreira Alves em “Audiodescrição para deficientes visuais: por um modelo de audiodescrição brasileiro para a mídia (www.let.unb.br/postraducao/index.php?option=com_content&view=article&id=...
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• “A audiodescrição (AD) é uma modalidade de tradução audiovisual (TAV) que se constitui em um recurso de acessibilidade desenvolvido para atender as necessidades de pessoas com deficiência visual. A AD de filmes consiste na descrição das informações que apreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, nem na trilha sonora, tornando-se assim acessível também para quem não enxerga. A AD pode ser chamada de tradução com base na definição de Jakobson (1995), que reconhece três tipos de tradução: a interlinguística (entre duas línguas diferentes), a intralinguística (dentro da mesma língua) e a intersemiótica (entre meios semióticos diferentes, do visual para o verbal e do verbal para o visual). A AD, por se tratar da tradução de imagens em palavras, seria um exemplo do terceiro tipo apresentado pelo autor (JAKOBSON, 1995, p. 64-65).”
• Vera Lúcia Santiago em “Cinema de autor para pessoas com deficiência visual: a audiodescrição de O Grão. Trab. linguist. apl. [online]. 2011, vol.50, n.2, pp. 357-378. ISSN 0103-1813.(http://dx.doi.org/10.1590/S0103-18132011000200008.
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros
• “A áudio-descrição é um gênero tradutório semiótico que traduz/exprime os eventos visuais em palavras, as quais devem, com mesma magnitude e qualidade imagética, eliciar na mente de quem recebe a áudio-descrição (o usuário final da a-d), as imagens que aqueles eventos eliciaram na mente de quem os traduziu, isto é, na mente do áudio-descritor.
• Para que seja áudio-descrição, a tradução visual deve visar ao empoderamento do cliente/usuário da áudio-descrição na apreciação, entendimento ou visualização dos eventos visuais traduzidos, de maneira honesta e sem a inferência, condescendência ou paternalismo do tradutor visual, sem a subestimação, generalização ou outra forma de barreira atitudinal do áudio-descritor para com seu usuário.
Áudio-descrição na Definição de formadores Brasileiros (cont.)
• Em suma, a áudio-descrição traduz os eventos visuais em palavras, as quais podem aparecer na forma de:
• palavras visuais (em tinta com tipo ampliado ou em fonte computadorizada que poderá ser lida com software ampliador de tela ou sintetizador de voz);
• palavras hápticas (escritas na palma da mão, geralmente de pessoas surdocegas, ou escritas em Braille para ser lidas em suporte eletrônico ou em suporte tradicional);
• palavras oralizadas (geralmente apresentadas na forma de voz humana gravada, ou, ainda, simultaneamente falada e lida hapticamente por meio da técnica do Tadoma, técnica de leitura vibro-háptica usada por pessoas surdocegas);
• palavras oralizadas ( com voz sintetizada, principalmente usada em computadores e celulares, em áudio-descrições de material didático);
• palavras oralizadas (na voz humana do áudio-descritor que traduz simultaneamente o evento visual). (Francisco Lima – Imagens Que Falam)
Áudio-descrição: norma culta ou escolha tradutória
• Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (em vigor desde 2009)
• BASE XV: DO HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES -
• Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido.
• Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
Aspecto de formação ou escolha tradutória
FLIPORTO: Estamos de endereço novo! O horário também mudou agora às 14h!
Feira do Livro no Parque do Carmo - Olinda - PE Clube de Autores
Dia 18 de novembro, domingo.
Tarde: 14:00 Título: Mesa redonda – escrevendo nas páginas da inclusão: como tornar um livro acessível para pessoas com deficiência visual ou auditiva Conteúdo: Nesta mesa redonda serão apresentadas e discutidas orientações sobre como produzir um livro com acessibilidade comunicacional. Serão abordados temas como: (... ) como é feita a audiodescrição de um livro ( ...)
Liliana Tavares em https://www.facebook.com/vouveracessibilidade?ref=stream
Aspecto formativo ou escolha tradutória: 3C+EV
• A concisão remete à áudio-descrição com o mínimo de palavras, ditas em um curto espaço de tempo, isto é, expressas com brevidade, porém com o máximo de informações possível, o que quer dizer, de modo direto/objetivo.
• A clareza exprime, com a maior nitidez, o texto áudio-descritivo.
• A correção refere-se à exatidão com que se áudio-descreve um evento visual.
Aspecto formativo ou escolha tradutória: 3C+EV
• A especifidade é a escolha tradutória de termos/palavras que eliciem a melhor e mais precisa ideia do que se está áudio-descrevendo.
• E a vividez é a escolha tradutória que elicia a mais vívida imagem na mente de quem ouve/lê a áudio-descrição.
Aspecto formativo ou escolha tradutória: descreva o que você vê
• • “Não descreva o que você não vê”, ou não descreva pela negativa, isto é, não descreva elementos inexistentes na imagem.
Foto de Lars com sua mala rosa no colo, Josef em pé com sua bengala e Philip com uma pequena bolsa pendurada no pescoço, na calçada, aguardando, ansiosamente, o furgão. (Do site: ver com palavras)
Aspecto formativo ou escolha tradutória
• Atenção para o uso inadequado de adversativas.
• 01:05:10 - Corisco agarra a senhora por trás. Depois a vira de frente. Apesar de ser gorda, ele a abraça e a levanta. (Corisco e Dadá)
• 00:03:05- A maioria são jovens que enxergam, mas além de Sergei, vemos outros jovens cegos que correm com o braço no ombro de algum colega vidente, Sergei corre sozinho. (Assim Vivemos, Ver e Crer)
• 00:25:14 – Uma mão de lasanha ataca a empregada, mas ela consegue fugir. (Lasanha Assassina)
Aspecto formativo ou escolha tradutória: Pronome Possessivo “Seu(a)”
• Atenção ao uso do pronome possessivo “seu”, que, além de invariavelmente constituir inserção de palavra desnecessária, por vezes leva ambiguidade à aúdio-descrição.
• 00:26:44- Na lavanderia, a mulher do médico molha uma ponta de um pano e o leva até o ladrão e seu marido. (Ensaio sobre a cegueira)
• 00:04:02- O senhor permanece sentado com o olhar vago. Matheus volta correndo, pega uma bolacha em seu prato e sai. (Programadora Brasil, Reisado Miudim)
• 00:07:45 – Câmera parada. Os meninos caminham em sua direção. (Programadora Brasil, Reisado Miudim)
Aspecto formativo ou escolha tradutória: uso de terminologia fílmica
• Atenção para o uso de terminologia fílmica:
• 00:03:01 - A câmera passeia por rua movimentada Pessoas caminham apressadamente. (Orientação e Mobilidade)
• 00:23: 09 – a câmera focaliza vários modelos de bengala. (Orientação e Mobilidade)
• 00:31:02- A câmera focaliza uma ponteira de rolamento e os pés do jovem caminhando pela calçada. (Orientação e Mobilidade)
Se você não vai ler, não use texto;
• Se você não vai descrever, não use imagens;
• Se sua mídia não é acessível, não diga que é!
Dr. Francisco Lima
e-mail: Limafj.br@gmail.com;
Página: www.rbtv.associadosdainclusao.com.br;
Blog: www.lerparaver.com/blog/2595 (Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários)
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