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O Blog do Sportinguista - blog de Jorge Patrício

O Glaucoma

por Jorge Patrício

O Glaucoma
DR. ARMANDO GARCIA
O glaucoma é uma doença grave que promove a destruição irreversível do nervo óptico. Corresponde a um aumento da pressão que existe dentro do olho e que ultrapassa os valores “suportáveis” pelos neurónios do nervo óptico. Tal acontecendo provoca que aquelas células comecem a morrer progressivamente. Como consequência o campo de visão começa a diminuir até atingir a região mais central da visão. Nos estadios pré terminais os doentes apenas têm visão numa pequena área central do campo visual - como se vissem ”pelo buraco de uma fechadura” - estando o restante campo de visão cego. Felizmente, hoje em dia, a maior parte dos doentes não chegam a este estado pois o diagnóstico precoce efectuado pela perimetria computorizada e o arsenal terapêutico disponível (novos medicamentos e novas técnicas cirúrgicas) vieram alterar o prognóstico desta situação. Contudo duas questões ainda se levantam. A primeira tem a ver com o facto de o glaucoma ser uma doença muito silenciosa e por isso muito traiçoeira, isto é, quando os sintomas são percebidos pelos doentes já a doença está num estadio muito evoluído. Daí, o acompanhamento regular por um oftalmologista torna-se manifestamente vital e uma regra importante de saúde pública. A segunda questão tem a ver com o facto de existirem certas formas de glaucoma cujo o tratamento é ainda pouco eficaz. Estas formas de glaucoma são menos frequentes e correspondem ao glaucoma agudo se não for tratado nas primeiras horas, o glaucoma congénito (à nascença), o glaucoma de baixa pressão e o glaucoma secundário a determinadas doenças principais (ex.: exoftalmias, etc).

Armando Garcia
Médico Especialista em Oftalmologia
Assistente Convidado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
e-mail: armandogarcia@mail.telepac.pt
http://www.telecentro.org/saude/Visao.asp
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Glaucoma
DR. JOAQUIM NEVES
Na constituição dos olhos existem elementos líquidos responsáveis pela função de meio transparente e manutenção da tensão dentro do globo ocular. As alterações da pressão intra-ocular podem estar na origem de condições clínicas como o glaucoma.
O que é

O glaucoma caracteriza-se por alteração da tensão intra-ocular com possibilidade de lesão do nervo óptico, podendo levar a interferência com a capacidade visual, sendo uma das potenciais causas de cegueira. Esta doença é mais comum em doentes com mais de 60 anos.
Quais as causas

O glaucoma caracteriza-se pelo aumento da pressão líquida no interior do globo ocular devida à alteração no processo de drenagem dos elementos líquidos oculares. Existem várias condições de base que podem estar na sua origem:
? Glaucoma de ângulo aberto primário.
? Glaucoma de ângulo aberto secundário.
? Glaucoma de ângulo fechado.
? Glaucoma de ângulo fechado secundário.

Quais os sintomas

Pode ser assintomática ou originar pequena sensação dolorosa ocular. A sua detecção pode ser realizada durante a avaliação de rotina da tensão ocular (através da técnica de tonometria) ou suspeitada na avaliação do fundo ocular (pela técnica de fundoscopia).
Como se diagnostica

O diagnóstico pode ser realizado durante uma avaliação de rotina no exame oftalmológico. A sintomatologia, acima referida, pode ser uma orientação para a realização dos exames complementares de rotina.
Como se desenvolve

A persistência da pressão ocular aumentada leva à lesão do nervo óptico com alteração dos campos visuais e progressiva cegueira.
Formas de tratamento

O tratamento pode ser conservador ou requerer medidas cirúrgicas. Inicialmente a situação pode ser controlada pela aplicação local de medicamentos que interferem com o ângulo de drenagem dos meios líquidos oculares. Caso a aplicação tópica não seja eficaz, pode haver necessidade de administração de medicamentos por via sistémica. A cirurgia consiste na utilização de técnicas de laser para aumentar a drenagem dos meios líquidos oculares.
Pessoas mais predispostas

Doentes diabéticos, doentes com vasculopatia, medicados com corticóides e doentes com neoplasias.

Autor: Dr. Joaquim Neves
Oninet - Portal "Viva Saudável": http://www.vivasaudavel.pt/
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Glaucoma: causas e tratamento
DR. QUEIROZ NETO
O glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da PIO. O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluído no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico. Através da detecção precoce, diagnóstico e tratamento, você e seu oftalmologista podem ajudar a preservar sua visão.

Pense em seu olho como em uma pia, na qual a torneira e o ralo permanecem permanentemente abertos. O humor aquoso está constantemente circulando através da câmara anterior. É produzido por uma pequena "glândula", chamada corpo ciliar, situada atrás da íris. O aquoso flui entre a lente e a íris e, após nutrir a córnea e a lente, flui para fora através de um tecido esponjoso e fino chamado malha trabecular, que serve como o ralo (escoamento) do olho. A malha trabecular está situada no ângulo onde a íris encontra a córnea.
Quando o ralo da pia entope, o aquoso não consegue deixar o olho tão rapidamente quanto é produzido, causando um fluxo retrógrado. No entanto, como o olho é um compartimento fechado, a pia não transborda; ao contrário, o fluxo retrógrado causa aumento da pressão intraocular. Chamamos isto de glaucoma de ângulo aberto.
Para entender como o aumento da pressão afeta o olho pense em seu olho como se fosse um balão. Quando muito ar é soprado para dentro de um balão, a pressão aumenta, causando seu estouro. Mas o olho é resistente demais para estourar. Esta pressão aumentada passa a actuar sobre a parte mais fraca do olho, o ponto na esclera onde o nervo óptico deixa o olho.
Como mencionado anteriormente, o nervo óptico é a parte do olho que carrega a informação visual até o cérebro. É formado por mais de um milhão de células nervosas. Quando se eleva a pressão no olho, as células nervosas tornam-se comprimidas, o que as danifica, e eventualmente até causa sua morte. A morte destas células resulta em perda visual permanente. O diagnóstico e o tratamento precoces do glaucoma podem prevenir esta situação.

TIPOS DE GLAUCOMA
Existe uma variedade de tipos de glaucoma. As formas mais comuns são:
• Glaucoma primário de ângulo aberto
• Glaucoma de pressão normal
• Glaucoma de ângulo fechado
• Glaucoma agudo
• Glaucoma pigmentar
• Síndrome de esfoliação
• Glaucoma pós-trauma

Vamos aprender algo sobre as diversas forma:

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA)
Aproximadamente um por cento dos americanos apresentam esta forma de glaucoma, tornando-a a forma mais comum no país. Ocorre predominantemente em indivíduos acima de 50 anos.
O GPAA não é acompanhado por sintomatologia. A pressão intraocular sobe lentamente, e a córnea se adapta sem edemaciar.
Se a córnea se torna edemaciada, o que usualmente é um sinal de que alguma coisa está errada, sintomas podem estar presentes. Mas como esta não é a regra, esta doença geralmente não é detectada. Não há dor e o paciente muitas vezes não percebe que está perdendo lentamente a visão até os últimos estágios da doença. Entretanto, quando a visão encontra-se prejudicada, o dano é irreversível.
No GPAA não há anormalidade visível na malha trabecular. Acredita-se que há algo errado na habilidade das células da malha trabecular em cumprir normalmente sua função, ou que haja menos células presentes como resultado natural do processo de envelhecimento. Outros acreditam que o responsável é um dano no sistema de drenagem do olho. Essas teorias, assim como outras tantas, são correntemente estudadas e testadas em vários centros de pesquisa do país.
O glaucoma, na verdade, diz respeito aos problemas resultantes da pressão intraocular aumentada. A pressão intraocular média numa população normal é aproximadamente 14-16 milímetros de mercúrio (mmHg). Numa população normal, pressões intraoculares acima de 20mmHg ainda podem ser consideradas dentro da normalidade. Já uma pressão intraocular acima de 22mmHg é considerada suspeita e possivelmente anormal. No entanto, nem todos os pacientes que apresentam PIO elevada desenvolvem glaucoma. O porquê de algumas pessoas desenvolverem dano glaucomatoso e outras não; é tópico de muitas pesquisas na atualidade.
Como mencionado anteriormente, a pressão elevada pode destruir as células do nervo óptico. Uma vez que um determinado número de células nervosas é destruído, "pontos cegos" começam a se formar no campo visual. Esses pontos cegos usualmente se desenvolvem primeiro no campo visual periférico, e, em estágios mais tardios, na visão central. Uma vez que ocorra perda visual, esta é irreversível, pois as células do nervo óptico estão mortas, e nada pode substitui-las até o presente momento.
Trataremos das várias formas que tem seu oftalmologista de detectar o glaucoma nos estágios iniciais - antes que tenha ocorrido dano visual.
O glaucoma primário de ângulo aberto é uma doença crônica. Acredita-se que seja hereditária, embora isto ainda não esteja bem definido. No presente momento não se conhece a cura para esta doença, mas ela pode progredir mais lentamente e de forma mais arrastada se tratada. Visto que não apresenta sintomas, muitos pacientes têm dificuldade em entender porque é necessário um tratamento com medicamentos caros, e, ainda, por toda a vida.
Seguir corretamente a orientação médica e usar regularmente a medicação é crucial na prevenção da perda visual. Por isso é necessário discutir os efeitos colaterais da medicação com seu oftalmologista. Vocês dois precisam actuar como um time nesta batalha contra o glaucoma. A seguir discutiremos as medicações comumente prescritas e seus efeitos colaterais.

GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO
O glaucoma de ângulo fechado afeta aproximadamente meio milhão de pessoas nos Estados Unidos. Há uma tendência de que esta seja uma doença herdada, mas muitas vezes vários membros de uma mesma família vão ser acometidos. É uma doença mais comum em indivíduos descendentes de asiáticos e também em pessoas hipermétropes.
As pessoas que apresentam tendência a desenvolver o glaucoma de ângulo fechado, a câmara anterior apresenta-se mais rasa do que o usual. Como mencionado anteriormente, a malha trabecular esta situada no ângulo formado pelo encontro da córnea com a íris. Na maioria das pessoas, este ângulo apresenta aproximadamente 45 graus. Quanto mais estreito o ângulo, mais próxima estará a íris da malha trabecular.
Com o envelhecimento, a lente do olho (cristalino) torna-se maior. A habilidade do humor aquoso de passar entre a íris e o cristalino em seu caminho para a câmara anterior diminui, causando aumento da pressão de fluído atrás da íris, estreitando ainda mais o ângulo. Se a pressão se torna suficientemente alta, a íris é empurrada contra a malha trabecular, bloqueando a drenagem do aquoso, assim como se um ralo tivesse sido posto em uma pia e a torneira permanecesse aberta. Quando este espaço encontra-se totalmente bloqueado, o resultado é um ataque de glaucoma de ângulo fechado (glaucoma agudo).

GLAUCOMA AGUDO
Diferentemente do glaucoma primário de ângulo aberto, onde a PRESSÃO INTRA-OCULAR se eleva de forma lenta, no glaucoma agudo, ela sofre elevação abrupta. Esse rápido aumento pressórico pode ocorrer num prazo de algumas horas e tornar-se extremamente doloroso. Dependendo do aumento pressórico, a dor pode ser tão intensa que pode causar náuseas e vômitos. Os olhos tornam-se vermelhos, a córnea fica edemaciada e opaca, e o paciente pode referir halos luminosos e visão borrada.
Um ataque agudo de glaucoma é uma condição de emergência. Se há demora em iniciar o tratamento, a visão pode estar permanentemente destruída. Cicatrização da malha trabecular pode ocorrer como resultado de glaucoma crônico, que é muito mais difícil de ser controlado. Pode haver também o desenvolvimento de catarata. Dano do nervo óptico pode ocorrer rapidamente e causar perda permanente da visão.
Muitos destes ataques repetidos ocorrem em ambientes escuros como teatros e cinemas. Se você está lembrado, ambientes escuros causam dilatação da pupila, ou seja, aumento no seu tamanho. Quando isso acontece, há máximo contacto entre a lente e a íris, o que deixa o ângulo estreito e pode desencadear um ataque.
Sabe-se também que a pupila também dilata em momentos de estresse e ansiedade. Conseqüentemente, muitos ataques de glaucoma agudo ocorrem durante períodos de estresse. Uma variedade de drogas também pode levar a um ataque de glaucoma por causar dilatação da pupila. Estas incluem: antidepressivos, medicações para gripe, anti-histamínicos e algumas medicações para o tratamento de náuseas.
Ataques de glaucoma agudo nem sempre são drásticos. Algumas vezes o paciente pode sofrer uma série de ataques menores. Visão borrada com halos pode ser referida, mas sem vermelhidão ou dor ocular. Estes ataques podem acabar quando o paciente é exposto a um ambiente bem iluminado ou quando vai dormir - duas situações que naturalmente causam a constrição da pupila, permitindo assim que a íris se afaste da lente e permita o escoamento do aquoso.
Um ataque agudo de glaucoma pode ser tratado com uma combinação de colírios que diminuem o tamanho da pupila e a produção do líquido intra-ocular. Assim que a pressão tenha baixado para níveis mais seguros o oftalmologista poderá realizar uma iridectomia com LASER. Este procedimento é totalmente ambulatorial e consiste na utilização de um feixe de LASER para construir uma pequena abertura na íris para que o fluxo do liquido intra-ocular seja restaurado. É utilizado um colírio anestésico que evita qualquer dor.
O procedimento é realizado em alguns minutos e pode ser realizado preventivamente mesmo no olho que não foi envolvido já que é comum o acometimento de ambos os olhos em épocas diferentes.
Exames de rotina utilizando uma técnica conhecida como gonioscopia podem prever com alguma antecedência um ataque agudo de glaucoma de ângulo fechado. Uma lente especial contendo alguns espelhos é colocada à frente do olho do paciente, permitindo a visualização do ângulo. Pacientes com ângulos estreitos podem ser advertidos quanto aos sinais e sintomas de uma crise e desta forma procurar tratamento imediatamente. Em alguns casos a iridectomia com LASER é aconselhável como prevenção em casos de alto risco.
Nem todos os pacientes com glaucoma de ângulo fechado experimentam um ataque agudo. Ao contrário, muitos desenvolvem o que chamamos de glaucoma crônico de ângulo fechado. Nestes casos, a íris vai fechando gradualmente drenagem do líquido intra-ocular sem sintomas associados.
Quando isso ocorre, aderências entre a íris e o sistema de drenagem do olho se formam lentamente e a pressão sobe somente quando existe aderências suficientes para comprometer o fluxo. Quando o paciente é tratado com medicação, como pilocarpina, um ataque agudo pode ser prevenido, mas a forma crônica da doença ainda continuará o afetando.

Quem está sob risco
Toda a pessoa deveria ser informada sobre o glaucoma e seus efeitos. É importante para cada um de nós, crianças e adultos, um avaliação periódica da função visual, pois apenas a detecção precoce e o tratamento correto podem prevenir a perda da visão e mesmo a cegueira.
Existem algumas condições especiais que pode colocar determinadas pessoas em maior risco de desenvolvimento do glaucoma, são elas:
o Pessoas acima de 45 anos: apesar de desenvolver-se em qualquer faixa etária, as pessoas acima de 45 anos tem uma chance maior de desenvolvimento.
o Pessoas com história familiar de glaucoma: o glaucoma parece ter predileção por acometer determinadas famílias. A tendência pode ser herdada. De qualquer forma, não basta ter uma pessoa na família com a doença para também desenvolvê-la.
o Pessoas com pressão intra-ocular anormalmente elevada: como já vimos, a pressão ocular elevada é principal factor de risco para o glaucoma.
o Pessoas com descendência africana ou asiática: estas etnias têm uma predisposição especial a desenvolver glaucoma primário de ângulo aberto do que as outras.
o Pessoas que possuem:
• Diabetes
• Miopia
• Uso prolongado de esteróides (corticóides)
• Alguma lesão ocular prévia

No glaucoma perde-se a visão periférica, a visão fica tubular.

Diagnosticando o Glaucoma

O seu médico oftalmologista tem as ferramentas diagnósticas necessárias para determinar se você tem ou não glaucoma ou risco para tal, mesmo antes de aparecerem os sintomas. Vamos falar um pouco destas ferramentas.

O tonômetro

O tonômetro é o aparelho que mede a pressão intra-ocular. Se o médico usa um tonômetro de aplanação seu olho será anestesiado com colírio antes da medição. Você sentara junto ao aparelho conhecido como lâmpada de fenda e um pequeno prisma plástico tocará levemente seu olho a fim de realizar a medição. Um tonômetro de ar dispara um jato pequeno de ar na direção do olho e mede assim a pressão não necessitando anestesia, pois não há contacto directo com seu olho.

A campimetria

Este teste permite ao seu médico avaliar como e se o glaucoma afetou seu campo de visão. O teste de campo visual é uma importante ferramenta que permite avaliar a extensão do dano sobre as fibras nervosas do nervo óptico. Existem diversos aparelhos que permitem este exame.
Na campimetria computadorizada você será solicitado a permanecer com o rosto apoiado em um apoio e a olhar fixamente para uma luz piloto. Cada vez que outras luzes aparecerem na sua frente você deverá acionar um botão, informando o computador que você a viu. Dessa forma, ao final do teste, seu médico receberá um gráfico ilustrativo do seu campo visual. O perímetro de Goldmman também realiza esta tarefa, porem sem a utilização de um computador.

A oftalmoscopia

O exame de fundo do olho como é conhecida popularmente a oftalmoscopia, permite que o seu médico visualize directamente através da pupila o aspecto do nervo óptico. A sua coloração e aparência podem indicar se há ou não dano relacionado ao glaucoma e qual a extensão deste.

Tratando o Glaucoma

O glaucoma pode ser tratado utilizando-se colírios, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgias convencionais e, uma combinação desses métodos. O propósito do tratamento é impedir perda visual ainda maior. Manter a pressão intraocular em níveis baixos é a chave para a prevenção da perda visual nos casos de glaucoma. Seu medico tem a disposição diversas opções, estas incluem:
Colírios: Todos os colírios podem inicialmente causar sensação de ardência ou queimação. Isso freqüentemente ocorre devido ao agente antibacteriano presente nas soluções de colírio e não ao medicamento antiglaucomatoso em si. A pesar de desconfortável, este não dura mais do que alguns segundos. É importante utilizar sua medicação exatamente como seu medico a prescreveu. Por exemplo: colírios com prescrição de quatro vezes ao dia tem usualmente uma duração de acção de seis horas. Utilizando a medicação quatro vezes ao dia em intervalos regulares enquanto você está acordado garantirá uma cobertura efetiva do medicamento durante as vinte e quatro horas do dia.
Em razão da absorção dos colírios pela corrente sanguínea, é importante relatar ao seu medico quaisquer outros medicamentos em utilização no momento. Alguns medicamentos podem tornar-se perigosos quando associados a outros. Pergunte ao seu medico e ou farmacêutico se os diversos medicamentos que você utiliza são seguros quando associados.
A fim de minimizar a absorção pela corrente sanguínea e aumentar a quantidade absorvida pelo olho feche seus olhos por um ou dois minutos após a administração dos colírios, pressionando levemente o canto do olho perto do nariz para fechar os ductos de drenagem da lagrima.
Mesmo que todos os medicamentos possuam potenciais efeitos adversos, é importante observar que a grande maioria dos pacientes não apresenta nenhum efeito adverso.
Uso Oral: Ocasionalmente os colírios não são suficientes para controlar a pressão intra-ocular. Quando isto acontece, medicação via oral deve ser prescrita em adição aos colírios. Essa medicação, que apresenta mais efeitos adversos do que os colírios, também age diminuindo a "torneira" do olho, diminuindo a produção do líquido intra-ocular.
Esta medicação via oral usualmente é prescrita de duas até quatro vezes ao dia. É importante levar esta informação também aos seus outros médicos. Fazendo isso você estará contribuindo para que eles não lhe prescrevam drogas que possam causar interações medicamentosas perigosas.
A seguir citamos alguns inibidores da anidrase carbônica comumente prescritos e seus efeitos adversos:
CIRURGIA
Cirurgia a LASER

A cirurgia a LASER tornou-se um método popular como passo intermediário entre as drogas e a cirurgia tradicional. O tipo mais comumente empregado para o glaucoma de ângulo aberto é chamado trabeculoplastia. Este procedimento dura de 10 a 20 minutos, não causa dor e pode ser efetuado no consultório médico. O feixe de LASER é focalizado acima do ponto de drenagem do olho. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o LASER não "fura" o olho. Ao invés disso, seu calor intenso e localizado, faz com que algumas áreas do mecanismo de drenagem abram-se, resultando em uma passagem mais fácil do fluido intra-ocular para fora do olho.
Você pode ir para casa e retomar suas actividade normais logo após a cirurgia. Seu médico deve verificar a pressão de seu olho em uma ou duas horas após o procedimento. Após este procedimento, quase 80% de todos os pacientes respondem suficientemente bem, adiando um procedimento cirúrgico mais complexo. Pode levar algumas semanas para observar-se a real diminuição da pressão ocular, motivo pelo qual você deve continuar com a medicação até que seu médico julgue necessário. Catarata não é um efeito adverso do LASER e as complicações são insignificantes, daí por que este método tornou-se extremamente popular.

Cirurgia Tradicional

A mais comum das cirurgias é chamada trabeculectomia. Nesse procedimento, o cirurgião remove uma pequena parte da malha trabecular - ponto de drenagem. Isto facilita a saída do humor aquoso, reduzindo a pressão. Este procedimento geralmente é feito sob anestesia local, tanto a nível ambulatorial como hospitalar. É importante notar que seus olhos não terão a mesma visão durante algumas semanas após o procedimento.
Apesar de a trabeculectomia ser um procedimento cirúrgico relativamente seguro, aproximadamente um terço dos pacientes desenvolvem catarata num prazo de cinco anos. Após a cirurgia muitos pacientes podem descontinuar o uso de medicamentos antiglaucomatosos. Talvez 10 a 15% dos pacientes necessitem alguma cirurgia adicional.

Conclusão
O exame oftalmológico de rotina é vital para a saúde de seus olhos. No caso de seu médico oftalmologista detectar glaucoma, o tratamento precoce pode ajudar a prevenir a perda visual.
Dr. Queiroz Neto
http://www.drqueirozneto.com.br/patologias/index.htm#
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O que é o Glaucoma
DR. RUFINO SILVA
O glaucoma é uma das principais causas da cegueira em Portugal, sobretudo entre as pessoas mais idosas. No entanto, a perda de visão provocada pelo glaucoma é evitável se se procurar tratamento ainda no início da doença.
O glaucoma é uma doença do nervo óptico. O nervo óptico leva até ao cérebro as imagens que vemos. Muitas pessoas sabem que o glaucoma tem algo a ver com a pressão dentro do olho. Quanto maior é a pressão dentro do olho, maior é a possibilidade de lesar o nervo óptico.
O nervo óptico é semelhante a um cabo eléctrico contendo uma quantidade enorme de fios. O glaucoma pode danificar as fibras dos nervos, fazendo assim com que se desenvolvam pontos cegos.
Muitas vezes as pessoas só reparam nestas áreas cegas depois de o nervo óptico já ter sofrido danos. Se todo o nervo for destruído, ocorre a cegueira
A pronta detecção e tratamento pelo oftalmologista são as chaves da prevenção de lesões do nervo óptico e cegueira por causa da glaucoma

O que provoca o glaucoma?

Um líquido transparente, chamado humor aquoso, entra e sai do olho. Este líquido não faz parte das lágrimas na superfície externa do olho.
Imagine-se o fluxo do fluido aquoso como um lavatório com torneira aberta todo o tempo. Se o local de drenagem fica entupido, a água junta-se no lavatório e a pressão aumenta. Se a área de drenagem do olho, chamada de ângulo de drenagem, ficar obstruída, a pressão fluida dentro do olho pode aumentar, deste modo lesando o nervo óptico.

O humor aquoso flui constantemente dentro do olho (à esquerda).
Se o ângulo de drenagem do olho ficar bloqueado,
o fluido não consegue fluir para fora do olho (à direita).

Quais são os diferentes tipos de Glaucoma?
Glaucoma crónico de ângulo aberto:

Trata-se da forma mais comum de glaucoma. Ocorre com o processo de envelhecimento. O local de drenagem ou ângulo de drenagem do olho, torna-se menos eficiente com o passar do tempo, e a pressão dentro do olho aumenta de maneira gradual.
Se este aumento de pressão resultar em lesão do nervo óptico, é conhecido como glaucoma crónico de ângulo aberto. Mais de 90% dos pacientes adultos portadores de glaucoma sofrem deste tipo de glaucoma.
O glaucoma crónico de ângulo aberto pode prejudicar a visão de forma tão gradual e indolor que nem se percebe qualquer problema antes de o nervo óptico já estar bastante lesado.
Glaucoma de ângulo fechado:

Às vezes o ângulo de drenagem do olho pode ficar completamente obstruído e a pressão do olho aumenta rapidamente, trata-se de glaucoma agudo de ângulo fechado.
Os sintomas incluem:

- visão baça
- dor ocular intensa
- dor de cabeça
- auréolas de arco-íris ao redor de luzes;
- náuseas e vómitos;
Se apresentar qualquer destes sintomas telefone logo ao seu oftalmologista. Se não for tratado por um oftalmologista, o glaucoma de angulo fechado pode resultar em cegueira.
Como se detecta o glaucoma?

Exames regulares dos olhos feitos pelo seu médico Oftalmologista constituem a melhor maneira de se detectar o glaucoma. Durante um exame completo e indolor, o seu oftalmologista:
o mede a sua pressão intra-ocular (tonometria)
o inspecciona o ângulo de drenagem do seu olho (gonioscopia)
o avalia qualquer lesão ao nervo óptico (oftalmoscopia)
o testa o campo visual de cada olho (perimetria)
Alguns destes exames talvez não sejam necessários para todos os indivíduos. Poderá ser preciso repetir estes testes regularmente para determinar se a lesão do glaucoma está a aumentar com o passar do tempo.
Quais são os grupos de risco de desenvolvimento de glaucoma?

A pressão alta por si só não significa que se está com glaucoma. O seu oftalmologista reúne muitas informações de vários tipos a fim de avaliar o seu risco de desenvolver a doença os principais factores de risco são:
o a idade;
o miopia
o origem africana;
o história familiar de glaucoma;
o lesões oculares prévias
o história de anemia aguda ou choque.
O seu oftalmologista levará em consideração todos estes factores antes de decidir se precisa de tratamento para glaucoma ou de vigilância constante devido a suspeita de glaucoma. Isto quer dizer que o risco de desenvolver o glaucoma é maior que o normal e que precisa de se submeter a exames regulares com o intuito de detectar os primeiros sinais de lesão do nervo óptico.
Como é o tratamento do glaucoma?
Em regra geral, lesões provocadas pelo glaucoma não podem ser revertidas. Colírios, remédios e intervenções cirúrgicas são prescritos a fim de prevenir ou deter a ocorrência de mais lesões. Com qualquer tipo de glaucoma, exames periódicos são de suma importância para prevenir a perda de visão. Posto que o glaucoma pode piorar sem que saiba, o tratamento poderá ser mudado com o tempo.
Medicamentos:

O glaucoma costuma ser controlado por meio de colírio aplicado várias vezes por dia, às vezes combinado com comprimidos. Tais medicamentos diminuem a pressão ocular, seja retardando a produção de fluido aquoso dentro do olho, seja melhorando o fluxo que sai do ângulo de drenagem. Para o bom funcionamento destes medicamentos, é preciso tomá-los regular e continuamente. Também é importante informar todos os seus médicos sobre os medicamentos que está a tomar. Os medicamentos sobre glaucoma podem ter efeitos secundários. O seu oftalmologista deve ser informado imediatamente se achar que está a desenvolver efeitos secundários.

Alguns colírios podem causar:
o a sensação de ardência;
o olhos vermelhos;
o visão nublada;
o dor de cabeça;
o alterações do pulso, batida cardíaca ou respiração.

Às vezes os remédios causam:
o formigueiro nos dedos da mão e do pé;
o sonolência;
o perda de apetite;
o irregularidade intestinal;
o cálculos renais

Cirurgia a laser:
O tratamento com cirurgia a laser pode ser eficaz para diferentes tipos de glaucoma. Costuma-se empregar o laser de duas maneiras:
No glaucoma de ângulo aberto, o laser serve para aumentar a drenagem de humor aquoso (trabeculoplastia) para ajudar a controlar a pressão ocular.
No glaucoma de ângulo fechado, o laser cria um furo na íris (iridotomia) para melhorar o fluxo de fluido aquoso para o local de drenagem.
Cirurgia operatória:

Quando a cirurgia é necessária para controlar o glaucoma, o seu oftalmologista utiliza instrumentos miniaturizados para criar um novo canal de drenagem a fim que o fluido aquoso saia do olho. O novo canal ajuda a baixar a pressão. Embora as complicações da cirurgia moderna do glaucoma raramente sejam graves, elas podem ocorrer, assim como em qualquer intervenção cirúrgica. Recomenda-se a cirurgia somente se o seu oftalmologista acredita que seja mais seguro operar do que permitir que o nervo óptico continue a ser lesado.

Qual o seu papel no tratamento?
? O tratamento do glaucoma exige que você e o seu oftalmologista formem uma equipa. O seu oftalmologista pode receitar tratamento para o glaucoma, porém apenas você se pode certificar que aplica o colírio e toma os medicamentos.
? Nunca pare de tomar os medicamentos ou troque sem antes consultar o seu oftalmologista.
? Exames e testes de visão frequentes são vitais para verificar qualquer alteração nos seus olhos.
? Lembre-se que se trata da sua visão, e você deve fazer parte para preservá-la.

Pode prevenir-se a perda de visão:

Exames oftalmológicos regulares podem ajudar a prevenir a perda desnecessária de visão. Deve fazer exames da seguinte maneira:
Cada 3 a 5 anos se tiver até 39 anos;
Cada 1 ou 2 anos se:
? tiver 39 anos ou mais
? se algum membro da família for portador de glaucoma
? se for de origem africana
? se já sofreu de alguma lesão ocular grave
? se estiver a tomar medicamentos esteróides.

Dr Rufino Silva - Clínica Oftalmológica, Lda
http://www.oftalmologia.co.pt/glaucoma.html
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Glaucoma: sinais e sintomas
Lincx
O glaucoma ocorre quando a pressão do líquido intra-ocular se eleva e causa danos à visão. Pode existir uma tendência familiar no glaucoma, e essa doença é um dos principais problemas oculares no mundo. O risco de adquirir o glaucoma aumenta com idade. Alguns medicamentos podem desencadear ou agravar o glaucoma, entre eles os anti-istamínicos e os antiespamódicos.
Existem dois tipos de glaucoma:
? Crônico ou de ângulo aberto. Ocorre gradualmente, não provocando dor ou outros sintomas na fase inicial. Quando aparecem, geralmente nas fases mais avançadas, os sintomas incluem:
? Perda de visão periférica
? Visão turva
? Perda de visão em grandes áreas (visão lateral ou central), geralmente em ambos os olhos
? Pontos cegos
? Halos ao redor das luzes
? Visão noturna reduzida
? Cegueira, se não for tratado a tempo

? Agudo ou de ângulo fechado. Este tipo ocorre agudamente e pode ser uma emergência médica. Os sinais e sintomas incluem:
? Dor severa no olho e em cima dele
? Dor de cabeça intensa e latejante
? Borramento da visão e halos ao redor das luzes
? Olhos vermelhos
? Pupila dilatada
? Náuseas e vômitos

Tratamentos e cuidado
A predisposição para o glaucoma pode não ser prevista, mas a cegueira, que é a complicação mais séria, pode ser evitada. Para isso:
? Meça sua pressão ocular na visita de rotina ao oftalmologista. Se a pressão estiver alta, o oftalmologista provavelmente lhe dará colírios e/ou medicações coma intenção de reduzir a pressão intra-ocular.
? Tome os medicamentos receitados. Não suspenda ou interrompa o tratamento sem autorização de seu médico.
? Não tome remédios, mesmo antigripais, sem o consentimento do seu médico. A maior parte dos medicamentos para gripe e pílulas para dormir pode dilatar as pupilas e aumentar a pressão dos olhos.
Se os medicamentos não controlarem a pressão, existe outra opção:
? Cirurgia com laser ou outras técnicas que podem aumentar os canais de drenagem dos olhos, aliviando a pressão formada.
http://www.lincx.com.br/lincx/orientacao/doencas/
glaucoma.html
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Glaucoma Congénito
Associação de Deficientes Visuais e Amigos
O diagnóstico precoce e o tratamento do glaucoma congénito podem curar 90% dos bebés que nascem com esse problema. Sem uma intervenção rápida, essas crianças tendem a ficar cegas ainda no primeiro ano de vida. O alerta é do oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Melo, presidente científico da Abrag (Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma) e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

O glaucoma congénito, que atinge 19 mil brasileiros, ocorre pelo aumento da pressão intra-ocular do bebé ainda durante a gestação. A seguir, alguns trechos da entrevista dada à Folha.
Folha - Como a criança é afetada pelo glaucoma?

Paulo Augusto de Arruda Melo - O glaucoma é uma malformação com que a criança nasce. Todos nós temos um líquido que é produzido e drenado e, no seu caminho, alimenta várias estruturas intra-oculares e vai para o ralo. Esse ralo das crianças nasce com uma malformação, geralmente um tecido que o encobre, ou seja, o ralo fica entupido. A criança tem uma produção do líquido, chamado humor aquoso, mas a drenagem é insuficiente, o que causa um aumento da pressão ocular. Existem vários níveis de glaucoma, alguns dos quais extremamente avançados, em que a criança nasce com a córnea esbranquiçada. A grande preocupação é que, se a criança não for tratada precocemente, ficará cega pela vida toda. É uma coisa que pode ser evitada. Quando o quadro clínico é riquíssimo [casos avançados", o socorro é procurado rapidamente, mas, infelizmente, esses casos têm um mau prognóstico cirúrgico. Todo glaucoma congénito é cirúrgico. Nós queremos fazer o diagnóstico precoce nos bons casos, em que a criança é facilmente reabilitada.

Folha - Para quais sinais os pediatras e os pais devem ficar atentos?

Melo - Crianças que nascem com os olhos embaçados ou muito grandes, que têm fotofobia intensa, que evitam abrir os olhos no sol ou não gostam de claridade e cujos olhos lacrimejam muito precisam ser avaliadas por um oftalmologista. Cerca de 50% dos casos de glaucoma congénitos tendem a ser percebidos primeiramente pelos pais da criança. Quanto mais precoce o tratamento, mais perto essa criança estará da visão normal. Muitos pais acham bonitinhos os olhos grandes dos filhos, no entanto, esses olhos grandes podem ser o começo do glaucoma congénito.
http://www.adeva.org.br/fique_por_dentro/diagnostico
_precoce.htm
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Glaucoma
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Informações importantes para ajudar a conservar a sua visão
O glaucoma é uma das causas mais frequentes de cegueira, evitável, em todo o planeta. Embora o glaucoma não tenha cura, existem medicamentos comprovadamente eficazes no seu tratamento. Os factores decisivos para controlar a doença são o diagnóstico precoce e um tratamento adequado. O seu oftalmologista dispõe de meios para avaliar o seu risco de contrair glaucoma e pode avaliar, medicar e esclarecer o seu caso, prevenindo sempre que possível uma eventual perda de visão. Este texto oferece-lhe informações acerca do glaucoma, e das medidas que pode tomar para ajudar a controlar a doença e conservar a sua visão.
O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão progressiva do nervo óptico. O nervo óptico transmite ao cérebro as informações visuais que, depois de processadas, constituem aquilo que efectivamente "vemos". As verdadeiras causas do glaucoma não são totalmente conhecidas, mas o aumento da pressão no interior do olho (pressão intra-ocular - PIO) é, comprovadamente, um importante factor de risco. Quando a pressão no interior do olho se torna demasiada elevada, o nervo óptico sofre lesões irreversíveis, interrompendo progressivamente a transmissão de informação do olho para o cérebro. Daqui resulta uma redução progressiva do campo visual, que, na ausência de tratamento adequado, poderá conduzir à cegueira.
Quais as pessoas mais afectadas pelo Glaucoma?
O glaucoma afecta pessoas de qualquer raça, sexo ou nacionalidade. Muito embora qualquer um possa contrair glaucoma, algumas pessoas têm maior predisposição que outras. Estudos efectuados têm demonstrado que a presença de um ou mais dos seguintes critérios constitui um risco acrescido.
? Idade superior a 40 anos (quanto mais avançada a idade, maior o risco).
? História familiar de glaucoma.
? PIO anormalmente elevada.
? Raça negra.
? Diabetes.
? Miopia
? Utilização regular e prolongada de cortisona.
? Inflamação e trauma oculares.
Se apresentar algum destes factores de risco é importante fazer exames oftalmológicos periodicamente. A detecção e o tratamento precoces do glaucoma podem retardar a progressão da doença e ajudar a prevenir a cegueira.
Quais os sintomas do Glaucoma?
A maioria das pessoas não sabe que tem glaucoma até se verificarem alterações da visão, por vezes já avançadas e irreversíveis. No entanto, os oftalmologistas poderão detectar e iniciar o tratamento do glaucoma antes da maioria dos doentes manifestar qualquer sintoma. O glaucoma é uma doença que evolui geralmente de forma lenta ao longo de um período de tempo alargado, o que justifica que muitos doentes passem vários anos sem detectar qualquer sintoma. Os doentes com Glaucoma poderão referir uma diminuição gradual da visão periférica. Esta perda de visão é igualmente conhecida nos casos mais avançados como "visão tubular". Infelizmente, a perda de visão resultante de lesões no nervo óptico é irreversível.
Alteração do campo visual:
Simulação daquilo que um doente com glaucoma poderá efectivamente "ver". Este é p primeiro sintoma que a maioria dos doentes com glaucoma detecta, e poderá significar que o nervo óptico apresenta lesões.
Porque é importante a PIO?
O olho humano contém no seu interior fluídos que ajudam a manter uma determinada pressão no interior do olho. A isto chama-se pressão intra-ocular (PIO). Os médicos medem facilmente a PIO e utilizam-na como um instrumento importante no diagnóstico e tratamento do glaucoma . Os valores normais da PIO variam entre os 12 e os 22 mmHg (milímetros de mercúrio). A PIO constitui um dos principais factores de risco do glaucoma. Uma PIO elevada não significa necessariamente que se tenha glaucoma, assim como uma PIO normal não significa que não se tenha glaucoma. No entanto, o controlo da PIO é um dos principais objectivos do tratamento do glaucoma . Quando a PIO está controlada, o nervo óptico corre menos riscos de desenvolver lesões, pelo que a visão pode ser desta forma conservada.
Qual o tratamento do glaucoma?
Actualmente o tratamento do Glaucoma, dirige-se quase exclusivamente à redução da PIO. Utilizam-se, para o efeito, fármacos em gotas (colírios), que se instilam directamente sobre o globo ocular. Os primeiros colírios utilizados (pilocarpina, epinefrina), embora baixassem efectivamente a PIO, tinham muitos efeitos secundários, pelo que a sua utilização foi sendo abandonada e substituída por medicamentos tão ou mais poderosos que os anteriores e com muito menos efeitos secundários. Cabe ao seu oftalmologista, escolher os exames oftalmológicos e os medicamentos mais adequados para reduzir a sua PIO para valores aceitáveis e mantê-la controlada ao longo do tempo. A concretização deste objectivo não significa por si só, o controlo e a cura da doença.
Como instilar as gotas?
1. Incline a sua cabeça para trás. Puxe para baixo a pálpebra com um dedo limpo, até se formar uma "bolsa" entre a pálpebra e o seu olho. A gota de colírio deverá ser aqui colocada.
2. Aperte suavemente o frasco até à saída de uma gota de colírio de uma só vez.
3. Após instilar, pressione o canto do olho, junto ao nariz, com o dedo. Isto ajuda o colírio a não se espalhar pelo resto do corpo.
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