QUE HORIZONTES PARA OS ALUNOS CEGOS?
PLANO IDEOLÓGICO DA ACÇÃO
1. BRAILLE VERSUS COMPUTADOR
Este ponto, como introdutório que é, pretenderá clarificar uma base de desenvolvimento que assente - ou proponha - algum tipo de pressuposto que, só por si, justifique, numa análise simples, as vantagens das novas tecnologias. certo que, ouve-se, diz-se, sabe-se, que as novas tecnologias permitiram, mesmo aos cegos, dar um enorme salto qualitativo - e quantitativo - no que toca à informação, seja do ponto de vista da aquisição, seja da produção. E não estará tanto em causa a aquisição da informação mesma, mas a maneira de a produzir, de a fazer chegar aos outros, no caso, aos professores. Por que, se quanto ao acesso, e no que toca à sua captação, não terá havido introdução de elementos novos, já no campo da produção, é facto que tal aconteceu. ou seja: no primeiro caso, a aquisição é feita a partir do som e do tacto - voz, áudio, braille -, no segundo - pelo braille e pela escrita normal - aconteceu o computador que é, tão somente, um equipamento com uma facilidade de trabalho e versatilidade de utilização que desde logo o colocam como fonte de qualidade, de quantidade, de domínio, de iniciativa, de autonomia, em cada proposta pessoal, no caso o aluno cego, de propor informação.