Agora é lei. Todo recém-nascido em Minas Gerais vai passar por exame preventivo a alterações oculares antes mesmo de a mãe obter alta da maternidade. O Teste do Reflexo Vermelho, como é chamado, tornou-se obrigatório no Estado por meio da Lei nº 16.672, de 2007, publicada nesta semana.
O coordenador de Oftalmologia Social da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), Jules Ayoub, aponta o teste como uma medida de prevenção extremamente adequada e prática. "Os exames de investigação praticamente não têm custo e são relativamente de fácil realização e em um tempo bastante curto. Além disso, não precisa ser realizado exclusivamente por um especialista da área. O próprio pediatra pode fazer o exame após o parto", explicou.
O teste pode ser feito com o uso de uma lanterna. O profissional de saúde aponta a luz na direção da pupila do bebê e, caso não seja observado o reflexo vermelho, significa que existe um comprometimento do eixo visual daquela criança. Se a pessoa encontrar dificuldades para detectar a imagem devido à insuficiente abertura das pupilas, recomenda-se o uso de um colírio apropriado em cada olho. A conseqüente dilatação das pupilas facilita o exame.
Jules Ayoub também alerta que, uma vez identificada a alteração, os pais ou responsáveis devem estar cientes de que precisam levar o(a) filho(a) ao médico oftalmologista, momento em que deverá ser feito o exame oftalmológico completo para o diagnóstico do problema. Entretanto, não é apenas ao recém-nascido que o teste se aplica.
Crianças de todas as idades também podem ser submetidas ao exame, aumentando, desta maneira, a possibilidade de diagnóstico precoce de comprometimentos do eixo visual. Patologias como a catarata, lesões traumáticas de córnea em partes complicadas, leucomas, retinopatias, como a retinopatia da prematuridade, doenças inflamatórias congênitas, entre outros alteram o reflexo vermelho. Este é, portanto, um sinal de alerta importante ao exame precoce com o médico oftalmologista, possibilitando o início do tratamento em tempo hábil, o que contribui para um melhor prognóstico visual.
A catarata congênita, por exemplo, é responsável por grande parte dos casos de deficiência visual na infância. É uma das mais comuns anomalias dos olhos, sendo responsável por 10 a 39% de todas as causas de cegueira entre crianças.
Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/v2/noticia_ver.aspx?id=21373&data=
- Partilhe no Facebook
- no Twitter
- 2638 leituras